Pessoas queridas do meu coração, desculpem não escrever muito, mas estou sem internet por causa da reforma da casa, que está quase no fim (a reforma, não a casa!). Falta só terminar o escri, o nosso banheiro, a garagem, e fazer uns retoques finais, e a casa vai ficar nos trinques. O pedreiro promete que isso acontecerá na segunda.
Hoje (faz menos de duas horas) inauguramos a geladeira nova! Trocamos a nossa Electrolux 262 litros de quase doze anos (compramos quando chegamos em Fortaleza) por uma Consul de 342 litros. É a maior geladeira que Silvinho e eu já tivemos juntos. Afinal, pra só um casal, a outra dava certinho. Ela está funcionando direito, só que tem várias coisas quebradas por dentro. Se alguém quiser comprar, vamos vender por R$ 250 (o resto a gente deu tudo; a geladeira, vamos tentar vender).
Enquanto o maridão e eu colocávamos os alimentos e bebidas da geladeira velha pra nova, e constatamos que havia uma prateleira demais na porta (tiramos, ou caberiam poucas garrafas mais altas), Silvinho, sempre espirituoso e agora de melhor humor com o quase fim da reforma de quase dois meses e 40 mil reais (20 mil a mão de obra, a outra metade para material de construção, tinta, muita tinta, e alguns móveis e eletros novos), disse: “Tá ouvindo? É a geladeira velhinha rindo lá embaixo”.
A reforma é um bom jeito de acabar o ano. A gente realmente precisava reformar a casa há tempos, e tudo ganhou mais urgência quando um pedaço do forro do nosso escri por centímetros não caiu em cima das nossas cabeças, em fevereiro de 2020. Começamos uma reforma na época (na realidade, contratamos uma firma de engenharia que não fez muito mais além de esburacar as paredes de toda a casa, mas foi importante pra constatar que a casinha tinha conserto, não estava em estado terminal), e tivemos que parar em seguida, por conta da pandemia. Quem acompanhou minhas lives e aulas nesses dois anos viu um pedacinho do cenário de guerra.
Esses últimos dois anos foram péssimos. O Brasil nunca esteve pior. Minha amada mãe, que morava conosco, morreu em março, de câncer. Em matéria de trabalho, continuei dando aulas remotas, lógico, mas fiz pouco do que tinha que fazer, principalmente em matéria de publicações. Parece que fui abatida por um grande desânimo. Sei que não sou a única!
Tenho esperança que 2022 seja melhor. Pelo menos a partir de outubro estaremos felizes e animados, prontos pra reconstruir o país, que vem sendo completamente destruído pelo genocida. A gente só precisa sobreviver até lá. “Só”! Como se fosse fácil.
Agora vamos cuidar da ceia de hoje. Por enquanto só temos a sobremesa, que preparamos ontem à noite: mousse de chocolate. Vamos fazer carbonada, que é bastante simples (é um cozido que leva milho, abóbora, cebola, cenoura, batata doce, alho poró, tomate, frango e um pouco de carne suína). Espero que seja tudo tranquilo, sem rojões.
Vamos entrar em 2022 melhor que em 2021, acredito, mas certamente pior que em 2023, que será o ano da mudança, da reconstrução, da esperança, de tomar de volta o nosso país. Que vocês tenham uma linda virada de ano, cercados de amor. Vamos todos continuar lutando! Tudo de bom pra vocês, e obrigada por todo o apoio e carinho que vocês me proporcionaram nos momentos mais difíceis!
O post “FELIZ 2022, UM ESQUENTA PARA O ANO DA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL” foi publicado em 31st December 2021 e pode ser visto originalmente na fonte Escreva Lola Escreva