O Relatório de Qualidade das Águas Costeiras da CETESB aponta, em 2022, que 52% das áreas analisadas foram classificadas com qualidade Boa, todas localizadas no Litoral Norte. As áreas classificadas com qualidade Regular foram 29% e Ruim foram 19%, todas situadas na Baixada Santista. Nos últimos cinco anos, não foi registrada nenhuma área com qualidade Péssima. Em 2022, não foi apontada a classificação Ótima.
Com relação aos sedimentos, repetiu-se a mesma situação constatada nos anos anteriores. As variáveis que indicaram a presença de matéria orgânica e nutrientes nos canais do estuário santista foram as que apresentaram teores mais elevados, embora para todo o litoral paulista tenha sido observada conformidade em relação aos valores de referência em mais de 70% para os nutrientes, Nitrogênio e Fósforo, e para matéria orgânica, Carbono Orgânico Total.
O Relatório apresenta o IETC – Índice de Estado Trófico Costeiro, que avalia o nível de eutrofização, ou seja, o excesso de nutrientes que leva ao crescimento exagerado de microalgas, o que pode ocasionar um desequilíbrio no ambiente aquático. Nesta avaliação, foi possível observar que o cenário apresentou sensível melhora, com uma diminuição das áreas consideradas eutrofizadas, principalmente na região da Baixada Santista.
As variáveis que apresentaram mais alterações em relação aos padrões legais de qualidade, foram o Carbono Orgânico Total, Fósforo Total e Oxigênio Dissolvido, com porcentagens entre 30 e 20% de não atendimento. Outros parâmetros que também mostraram alterações foram a Clorofila-a e os Enterococos, bactéria fecal. De um modo geral as águas estuarinas apresentaram mais alterações na sua qualidade do que as marinhas.
O relatório conclui que tem sido observada a manutenção de certos padrões de comportamento ao longo dos anos, como a ocorrência de áreas com melhor qualidade das águas no Litoral Norte, provavelmente pela menor pressão de atividades do homem na região, além da menor influência das contribuições continentais que são mais importantes em áreas estuarinas.
Da mesma forma, as principais alterações na qualidade das águas costeiras se referem ao excesso de nutrientes e matéria orgânica e ao baixo teor de oxigênio, na maioria dos casos relacionada à presença de esgotos domésticos.
O Relatório de Qualidade de Águas Costeiras
A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo está divulgando o seu mais recente Relatório de Qualidade das Águas Costeiras, com os resultados semestrais obtidos durante o ano de 2022, a partir das amostragens realizadas em 70 pontos distribuídos em 21 áreas ao longo do litoral paulista.
Publicado, anualmente, desde 2010, para se chegar a avaliação dos eventuais impactos na qualidade das águas e dos sedimentos próximos à costa, foram analisados um conjunto de mais de 30 parâmetros, tais como oxigênio dissolvido, quantidade de nutrientes e matéria orgânica, assim como outras substâncias como metais pesados.
O principal objetivo foi o de verificar a sua qualidade para diversos usos previstos, como a proteção da vida aquática e maricultura, entre outros.
Acesse o Relatório de Qualidade de Águas Costeiras
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O post “Relatório de Qualidade de Águas Costeiras indica metade das áreas com qualidade Boa” foi publicado em 07/08/2023 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo