UNOPS e MPT equipam laboratórios para resposta à COVID-19 no Amapá

O UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em infraestrutura, compras e gestão de projetos, e o Ministério Público do Trabalho no Amapá equiparam dois laboratórios da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) que atuam no apoio da resposta à pandemia de COVID-19.

O Laboratório da Engenharia Civil passa a ter capacidade de produzir, para doação, até 100 protetores faciais por semana. Já o Laboratório de Análises Biomoleculares, quando estiver em funcionamento com sua capacidade máxima, deve chegar a analisar 200 testes RT-PCR que detectam COVID-19 por dia.

Foram compradas ainda três impressoras 3D para a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amapá produzir protetores faciais.

Para o Laboratório da Engenharia Civil, o UNOPS comprou impressoras 3D, impressoras de corte a laser, computadores e outros materiais que estão sendo utilizados para a produção de protetores faciais.

Também em 3D, estão sendo produzidos adaptadores de máscaras de mergulho que servem para pacientes que necessitam receber oxigênio, evitando que o ar seja contaminado pelo vírus.

A produção envolve estudantes de diversos cursos como das Engenharias Civil e Elétrica e Computação. Para os próximos meses, a expectativa é que sejam produzidos 1,7 mil protetores faciais que serão distribuídos para colegas em situação de vulnerabilidade com vistas a volta às aulas.

Já para o Laboratório de Análises Biomoleculares, os recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho foram investidos em cabine de segurança biológica, centrífugas, geladeira, freezers mobiliários e outros equipamentos.

De acordo com o professor do curso de Medicina da UNIFAP, Emerson Castilho, isso aumenta o nível de segurança da equipe que pode analisar as amostras por testes RT-PCR, considerados padrão para detecção do coronavírus. O laboratório agora passará pelas devidas aprovações antes de começar seu funcionamento.

Além do processamento dos testes localmente, o laboratório servirá para pesquisa sobre a situação epidemiológica real na região metropolitana do Amapá.

Segundo Castilho, devem ser realizados testes em residências de pessoas que não necessariamente apresentam sintomas, o que permitirá mapear até a população assintomática.

Após se dedicar à resposta à pandemia, o laboratório ainda ficará disponível para pesquisas de outras patologias ou diferentes tipos de contaminação, como a ambiental.

A Procuradora do Trabalho e Coordenadora da Procuradoria do Trabalho no Município de Macapá de Macapá, Alice Almeida Leite, afirmou que a estruturação do Laboratório de Análises Biomoleculares e a aquisição de equipamentos e materiais para confecção de EPIs pelo Laboratório de Engenharia Civil atendem a duas finalidades de interesse público: enfrentar a pandemia e fomentar a geração de conhecimento.

De acordo com Leite, a elaboração desses projetos pela equipe de professores e técnicos da UNIFAP e a sua concretização com o apoio do MPT e do UNOPS demonstram que a atuação articulada de instituições nacionais e internacionais, voltada à efetivação do interesse público, tem o potencial de transformar realidades e promover o progresso e a justiça social.

“Trabalhamos para melhorar a vida das pessoas e apostamos na inovação para isso, é uma alegria ter o MPT conosco nessa jornada”, disse a representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela.