Dados de satélites organizados pela Sala Mundial de Situação Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) confirmam que os incêndios na Austrália nos últimos dois meses de 2019 e nas primeiras seis semanas de 2020 estavam longe do normal.
2019 foi o segundo ano mais quente já registrado desde 1880, e a Austrália teve suas temperaturas mais quentes em dezembro de 2019.
“O aumento da temperatura continua criando recordes. A década passada foi a mais quente já registrada. Os cientistas nos dizem que a temperatura do oceano está subindo a uma velocidade equivalente a cinco bombas de Hiroshima por segundo. Um milhão de espécies estão em risco de extinção a curto prazo. Nosso planeta está queimando”, diz o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
“A tendência é muito clara: 37 dos últimos 40 anos foram os mais quentes registrados desde 1880 e os seis anos mais quentes registrados foram os últimos seis”, diz Pascal Peduzzi, Diretor do Banco de Dados de Informações Globais de Recursos do PNUMA em Genebra. “Para aqueles que pensam que a Austrália está sempre queimando, os gráficos a seguir mostram claramente que esses incêndios foram excepcionais.”
“Este serviço, acessível via a Sala Mundial de Situação Ambiental do PNUMA, é fornecido para todos os países nos níveis nacional e provincial. Ele identifica tendências na atividade de incêndios florestais desde 2003, quando os dados se tornaram disponíveis e o monitoramento começou. Observamos os dados de satélite sobre incêndios florestais em todo o mundo de 2009 até os dias atuais. Analisamos os dados dos incêndios florestais por mês, por tipo de cobertura da terra, por área protegida, por província e por nação para produzir produtos de informação”, acrescenta Peduzzi.
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