A crise hidrica em SP agrava-se com a falta de chuva e preocupaçōes com saúde pública e meio ambiente se intensificam.
A recente falta de chuva que domina todo o estado de São Paulo tem causado uma queda acentuada no nível dos mananciais que abastecem a capital e outras cidades, ampliando o racionamento de água e levantando sérias preocupações quanto à saúde da população. A situação já é crítica e pode se agravar nos próximos anos, caso persista a estiagem prevista para 2025 e 2026.
Com seis dos sete principais sistemas de água mais secos do que no ano passado, os reservatórios enfrentam uma diferença de 256 milhões de metros cúbicos de água – suficiente para abastecer São Paulo por quase cinco meses. Apesar da situação atual ser melhor que nos anos de 2022 e 2021, o cenário é alarmante.
No dia 23 de agosto, grandes incêndios bloquearam estradas que dão acesso a municípios na região de Ribeirão Preto. O governo, sob a liderança de Tarcísio de Freitas, criou um gabinete de crise para enfrentar os incêndios florestais. Entretanto, após chuvas na capital, a previsão é de um novo período de seca.
Cidades do interior como Bauru estão enfrentando rodízios de racionamento de água há mais de três meses. A região, que revezava o abastecimento a cada 72 horas, não vê perspectivas de normalização nos próximos 45 dias. Piracicaba também sentiu os efeitos da estiagem, resultando na redução da captação de água para tratamento.
Qual a projeção para o futuro hídrico?
O professor Antonio Carlos Zuffo, da Unicamp, alerta que a falta de chuva pode se intensificar em 2025. A expectativa é que o fenômeno La Niña ocorra, trazendo mais estiagem para o Sudeste e Sul do Brasil, dificultando a recuperação dos reservatórios. Por isso, segundo Zuffo, a construção de novos reservatórios seria crucial para mitigar os efeitos de futuras secas.
Impactos da seca na saúde e meio ambiente
A seca na represa Guarapiranga, por exemplo, está agravando a poluição da água e do ambiente ao redor. Moradores locais relatam que a poluição e o acúmulo de lixo têm aumentado. O fenômeno La Niña, se confirmado, poderá piorar a situação em 2025, fazendo com que os níveis dos mananciais caiam ainda mais.
Medidas do governo para enfrentar a estiagem
Para tentar minimizar os efeitos da estiagem, o governo Tarcísio iniciou a perfuração de poços artesianos e, além disso, retomou as obras de reservatórios próximos a Campinas. Com isso, a previsão é que essas medidas ampliem a oferta de água e ajudem a enfrentar a crise.
Como a população está sendo afetada?
Além do racionamento de água em cidades como Bauru, há uma preocupação crescente com a saúde pública devido à concentração de poluentes nos rios e represas. A morte de dezenas de toneladas de peixes em Piracicaba ilustra o impacto ambiental da seca.
- Na capital, a represa Guarapiranga está visivelmente mais seca.
- A construção de novos reservatórios é vista como uma solução a longo prazo.
- Medidas emergenciais incluem perfuração de poços artesianos e contratos para retomar obras de barragens.
Enquanto o futuro hídrico do estado enfrenta incertezas, medidas preventivas e de mitigação são necessárias para assegurar a sustentabilidade e segurança da população. As ações do governo são passos importantes, mas a consciência e economização da água por parte dos cidadãos também são fundamentais.
Fonte: O Antagonista
O post São Paulo em risco de grande crise hídrica apareceu primeiro em Tratamento de Água .
Fonte
O post “São Paulo em risco de grande crise hídrica” foi publicado em 30/08/2024 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Tratamento de Água