Depois da II Cúpula Latino-Americana de Redes Comunitárias (CLRC) aproveitamos para conhecer outras duas redes comunitárias, com os nossos anfitriões da Colnodo , que contribui na construção de diversas redes comunitárias pela Colômbia.
Nosso caso de estudo dessa vez foi a rede comunitária Rede INC (Índios, Negros e Campesinos) na região do Vale do Cauca no município de Buenos Aires. Essa é uma região com muitos conflitos devido a presença de Paramilitares e narcotraficantes, e a nossa presença nessa região foi algo muito delicado.
Dentre muitas opções, acabamos decidindo em ter um encontro com a comunidade de pares da América Latina (os pares participantes do projeto Community Network Learning Grants da APC) , junto de interessados das comunidades que fazem parte da RedINC na cidade de Popayan pela proximidade e para que todos se sentissem seguros, com uma vista a comunidade no interior de Buenos Aires no último dia do encontro.
A programação seguiu e começamos as atividades com a fenomenal metodologia da educação popular conduzido pelo coletivo de Redes AC. Foi muito interessante ver pessoas com diferentes realidades de comunidades tradicionais dessa longinquá zona rural da Colômbia se aproximando e se apropriando das tecnologias de telecomunicação de maneira tão integrada e fluida.
Uma atividade com altermundi mostrando todas as funcionalidades do nosso querido librerouter , desde o alinhamento até as dicas e truques para ter uma rede mesh bem configurada e resiliente em uma rede comunitária.
Ainda tiveram presentes da cooperativa Tosepan mostrando os caminhos para construir uma cooperativa para as comunidades escoarem seus produtos e se organizar financeiramente. E também o pessoal de TIC do México para compartilhar os desafios de proteção elétrica dos equipamentos de GSM.
Novamente a atividade de coding dojo foi um sucesso, trabalhar com essa metodologia é muito impactante uma vez que se tira o foco da palestra de uma única pessoa falando e tentando “transmitir conhecimento” as pessoas se colocam em diferentes posições para aprender e isso é muito poderoso.
No final uma visita a comunidade, mesmo correndo certos riscos por ser uma região de conflito, uma parte do grupo decidiu embarcar nessa viagem e conhecer o território dessas pessoas maravilhosas que compartilhamos tempo e conhecimento. Foi incrível conhecer esse território tão cheio de histórias, algumas trágicas, mas com muita vontade de dar a volta por cima e encontra a paz, através da tecnologia e do conhecimento.
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