Oito em cada dez brasileiros admitem já ter acreditado em conteúdos falsos. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva . Ainda assim, segundo o levantamento, 62% das pessoas disseram confiar na própria capacidade de diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo. Mas essa realidade parece estar mudando aos poucos, com os avanços das tecnologias de produção de vídeos gerados por inteligência artificial (IA). Quem não acreditou – ou conhece alguém que tenha acreditado – no canguru de apoio emocional tentando entrar no avião?
Para analisar esse momento e pensar em alternativas que assegurem o direito à informação real, o entrevistado do Pauta Pública desta semana é Ergon Cugler, pesquisador sobre políticas públicas, desinformação, conspiracionsimos, IA e Big Techs. Ele também avalia o Projeto de Lei (PL) 2338/2023, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe o Marco Legal da Inteligência Artificial no Brasil. Para Cugler, é fundamental ter uma legislação regulatória que também leve em conta os riscos de aplicação de cada IA. “[se tiver] risco de aumentar a desigualdade ou colocar vidas em perigo, por exemplo, ela não pode operar”, diz.
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O post “Quem decide o que é real? – com Ergon Cugler” foi publicado em 13/06/2025 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Agência Pública