O Senado aprovou nesta quarta-feira (20) o projeto que institui o ano de 2024 como o Ano Nacional Fernando Sabino (PL 2.626/2023). De autoria da deputada Bia Kicis (PL-DF), o projeto foi relatado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e segue agora para a sanção da Presidência da República. Saulo Diniz e Domingos Sabino, sobrinhos do escritor, acompanharam a aprovação da matéria no Plenário. Presidente do Instituto Fernando Sabino e filho do escritor, Bernardo Sabino também acompanhou a votação.
Segundo Pacheco, o projeto é uma pauta do Brasil, mas essencialmente mineira. Segundo o texto, a critério da autoridade competente, poderá ser emitido selo comemorativo referente ao centenário de nascimento do escritor Fernando Sabino. O texto original previa o ano de 2023 para a comemoração. No entanto, o relator alterou o ano para 2024, já que a matéria chegou ao Senado no final de 2023. Em outubro do ano que vem, a morte do escritor mineiro vai completar 20 anos.
Pacheco disse que Fernando Sabino é um dos autores mais lidos e admirados da história do país, tendo incentivado pessoas de todas as idades a criarem o gosto pela leitura. Para o senador, Sabino era um mestre da prosa, escrevendo com uma “simplicidade eloquente” para revelar a complexidade das relações humanas. O relator também lembrou que o escritor fez carreira no serviço público, com uma atuação ética e dedicada.
— Fernando Sabino merece ser celebrado por sua inestimável contribuição às letras e ao serviço público. Ele não foi apenas um escritor de renome, mas um cidadão exemplar. Seu legado permanece vivo, sendo um verdadeiro tesouro nacional — registrou Pacheco.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fernando Sabino está entre os cinco maiores escritores brasileiros. Como presidente do Conselho Editorial do Senado, Randolfe sugeriu a republicação das crônicas do escritor, como parte das comemorações. Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) também elogiaram a trajetória de Sabino. Malta disse que “Fernando Sabino não se discute” e citou como exemplo de grande obra, o livro intitulado O grande mentecapto, publicado em 1979
Carreira
Fernando Tavares Sabino nasceu em outubro de 1923, em Belo Horizonte (MG). Quando jovem, foi detentor de vários recordes como nadador, tendo se tornado campeão sul-americano de nado de costas em 1939. Estudou direito e trabalhou como jornalista e editor. Seu primeiro livro, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro (RJ), quando ele tinha apenas dezoito anos. Em sua carreira, publicou cerca de 50 obras.
O encontro marcado, O homem nu e O menino no espelho estão entre suas obras mais conhecidas. Em 1991, publicou Zélia, uma paixão, uma biografia da ministra da Economia do governo Fernando Collor. Ele recebeu duas vezes o prêmio Jabuti: em 1980, com O grande mentecapto, e em 2002, com Livro Aberto. Também foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo conjunto da obra, em 1999. Ele morreu no Rio de Janeiro, em 2004, aos 80 anos.
Segundo Pacheco, o projeto é uma pauta do Brasil, mas essencialmente mineira. Segundo o texto, a critério da autoridade competente, poderá ser emitido selo comemorativo referente ao centenário de nascimento do escritor Fernando Sabino. O texto original previa o ano de 2023 para a comemoração. No entanto, o relator alterou o ano para 2024, já que a matéria chegou ao Senado no final de 2023. Em outubro do ano que vem, a morte do escritor mineiro vai completar 20 anos.
Pacheco disse que Fernando Sabino é um dos autores mais lidos e admirados da história do país, tendo incentivado pessoas de todas as idades a criarem o gosto pela leitura. Para o senador, Sabino era um mestre da prosa, escrevendo com uma “simplicidade eloquente” para revelar a complexidade das relações humanas. O relator também lembrou que o escritor fez carreira no serviço público, com uma atuação ética e dedicada.
— Fernando Sabino merece ser celebrado por sua inestimável contribuição às letras e ao serviço público. Ele não foi apenas um escritor de renome, mas um cidadão exemplar. Seu legado permanece vivo, sendo um verdadeiro tesouro nacional — registrou Pacheco.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fernando Sabino está entre os cinco maiores escritores brasileiros. Como presidente do Conselho Editorial do Senado, Randolfe sugeriu a republicação das crônicas do escritor, como parte das comemorações. Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) também elogiaram a trajetória de Sabino. Malta disse que “Fernando Sabino não se discute” e citou como exemplo de grande obra, o livro intitulado O grande mentecapto, publicado em 1979
Carreira
Fernando Tavares Sabino nasceu em outubro de 1923, em Belo Horizonte (MG). Quando jovem, foi detentor de vários recordes como nadador, tendo se tornado campeão sul-americano de nado de costas em 1939. Estudou direito e trabalhou como jornalista e editor. Seu primeiro livro, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro (RJ), quando ele tinha apenas dezoito anos. Em sua carreira, publicou cerca de 50 obras.
O encontro marcado, O homem nu e O menino no espelho estão entre suas obras mais conhecidas. Em 1991, publicou Zélia, uma paixão, uma biografia da ministra da Economia do governo Fernando Collor. Ele recebeu duas vezes o prêmio Jabuti: em 1980, com O grande mentecapto, e em 2002, com Livro Aberto. Também foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo conjunto da obra, em 1999. Ele morreu no Rio de Janeiro, em 2004, aos 80 anos.
Fonte: Agência Senado
O post “Projeto que define 2024 como Ano Nacional Fernando Sabino vai a sanção” foi publicado em 20/12/2023 e pode ser visto original e