Está no ar a segunda parte do documentário “Um Porto Chamado Grilagem”, sobre a construção de um complexo industrial portuário em frente à Ilha do Mel, no litoral do Paraná. O filme denuncia o histórico de grilagem e de ilegalidades públicas envolvendo o empreendimento desde o início da tentativa de instalação do porto a poucos metros da ilha que é protegida através de uma Estação Ecológica e um Parque Estadual .
A Parte 2 do documentário, produzido pela campanha #SalveAIlhadoMel e com o envolvimento também do Observatório de Justiça e Conservação (OJC), possui cerca de 8 minutos de duração e pode ser assistida no Youtube .
De acordo com os dados levantados pelo OJC, somente a primeira etapa das obras para construção do complexo custaria quase R$400 milhões aos cofres públicos e que, no processo, mais de 27 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica seriam derrubados ou prejudicados e comunidades tradicionais e indígenas que vivem há séculos na região, em área por onde passaria parte das obras, seriam expulsas. As obras incluem a abertura de uma estrada em área de floresta nativa e um canal de navegação de 50 metros de largura, ambas já em processo de licenciamento. Tudo isso, a poucos metros da Ilha do Mel, reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.
A primeira parte do documentário , lançada em novembro de 2019, também pode ser assistida no canal da OJC no Youtube. A campanha #SalveAIlhaDoMel levantou cerca de R$40 mil em financiamento coletivo para financiar o desenvolvimento de uma proposta que estimula o turismo como alternativa econômica para região. A proposta já foi encaminhada ao governo, que ainda não respondeu.
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