O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, recebeu o presidente da Croácia, Zoran Milanović, nesta segunda-feira (3). Eles conversaram no Salão Nobre sobre uma série de temas como proteção do meio ambiente, democracia, combate à fome e até futebol. Mais cedo, Milanović, que está em visita oficial ao Brasil até 6 de junho, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Durante a visita ao Congresso, Pacheco destacou o esforço do Brasil no combate ao desmatamento ilegal e destacou que a legislação ambiental do país é avançada. O presidente do Senado afirmou que espera que o Brasil possa apresentar números positivos nessa área ao mundo durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém, entre 10 e 21 de novembro de 2025.
— Diferentemente do que algumas notícias apontam, o Brasil tem boas leis ambientais, leis que protegem os nossos biomas, inclusive a Floresta Amazônica. Mas, de fato, temos um problema de criminosos que promovem o desmatamento ilegal — disse o presidente do Senado.
Uma informação que chamou a atenção do croata foi quanto a existência de fome em um país como o Brasil, conhecido por ser um dos grandes produtores de alimentos do mundo.
— Há pessoas que sofrem com fome no Brasil? Este país é um paraíso verde — questionou Milanović.
Em resposta, Pacheco apontou que a fome e a miséria são problemas crônicos de décadas no país, mas que iniciativas como o Bolsa Família têm ajudado a reduzir a subnutrição de brasileiros.
— O governo, junto com o Congresso, estabeleceu um programa de renda mínima chamado Bolsa Família. Foi uma marca do primeiro governo do presidente Lula e se manteve ao logo do tempo, mas temos a certeza de que não é o suficiente. Precisamos fazer crescer a nossa economia e gerar riqueza e oportunidades de trabalho para a nossa população. Não é possível que um país tão rico tenha tanta gente com fome — argumentou o presidente do Senado.
Pacheco também citou uma série de iniciativas do Congresso na última década para assegurar o equilíbrio fiscal do país como as reformas tributária, da previdência e trabalhista.
— É um Congresso reformista, que nos últimos 10 anos vem estabelecendo legislações importantes — disse.
Acordos bilaterais
O presidente do Senado também afirmou que o Congresso vai se empenhar em aprovar acordos de cooperação bilateral assinados entre Croácia e Brasil. Na visita a Lula, os presidentes falaram sobre temas como comércio e oportunidades de cooperação nas áreas de educação, cultura, energia e ciência, tecnologia e inovação.
— Aquilo que for evoluir entre os governos terá total simpatia do Congresso Nacional para a ratificação dos acordos celebrados — frisou.
Ao falar sobre autodeterminação dos povos e a importância da democracia, Milanović afirmou que a União Europeia e a Croácia tem uma visão mútua de respeito às diferentes configurações democráticas.
— O ponto-chave é que democracia é fundamental — assinalou.
Sobre o tema, Pacheco recordou que a democracia brasileira foi alvo de ataques recentes como o 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas, mas reforçou que a resposta do Executivo, Legislativo e Judiciário demonstra que o país vive uma estabilidade institucional.
— Peço que Vossa Excelência leve a mensagem da estabilização da nossa democracia, recentemente atacada. O Brasil se mostrou forte — avaliou.
Futebol
Em um momento de descontração, o tema futebol tomou conta da conversa. Paixão compartilhada por ambos os países, o assunto veio à tona quando Milanović recordou que a seleção de futebol croata perdeu para a seleção brasileira na Copa de 2014 por 3 a 1, mas “aprendeu a lição” e eliminou o Brasil nos pênaltis (4 a 2) no mundial de 2022.
Em meio a sorrisos, senadores e presentes citaram craques dos dois países como Pelé, Zico e Modrić. O presidente da Croácia finalizou:
— Nenhum foi maior do que Pelé — disse ao recordar que a despedida do atleta foi em 1971 em um jogo contra a Iugoslávia no estádio do Maracanã.
Acompanharam a visita os senadores Randolfe Rodrigues (S/Partido-AP), Eduardo Gomes (PL-RO), Janaína Farias (PT-CE) e Chico Rodrigues (PSB-RR).
Missão no Brasil
Milanović é o chefe de Estado croata, mas não o chefe de governo. O país europeu adota o sistema parlamentarista.
Além de Brasília, a agenda do presidente da Croácia no Brasil inclui passagens por Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a primeira vez que um presidente croata visita o Brasil desde a independência do país europeu em relação à extinta Iugoslávia, em 1991.
O Brasil reconheceu a independência da Croácia em 24 de janeiro de 1992 e as relações diplomáticas foram formalmente estabelecidas em 23 de dezembro do mesmo ano. A Croácia mantém embaixada em Brasília desde 1997, e o Brasil abriu embaixada em Zagreb em 2006.
Segundo o Itamaraty, em 2023, o comércio de comércio entre Brasil e Croácia totalizou US$ 91,5 milhões, com US$ 46,7 milhões de saldo para o lado brasileiro.
Durante a visita ao Congresso, Pacheco destacou o esforço do Brasil no combate ao desmatamento ilegal e destacou que a legislação ambiental do país é avançada. O presidente do Senado afirmou que espera que o Brasil possa apresentar números positivos nessa área ao mundo durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém, entre 10 e 21 de novembro de 2025.
— Diferentemente do que algumas notícias apontam, o Brasil tem boas leis ambientais, leis que protegem os nossos biomas, inclusive a Floresta Amazônica. Mas, de fato, temos um problema de criminosos que promovem o desmatamento ilegal — disse o presidente do Senado.
Uma informação que chamou a atenção do croata foi quanto a existência de fome em um país como o Brasil, conhecido por ser um dos grandes produtores de alimentos do mundo.
— Há pessoas que sofrem com fome no Brasil? Este país é um paraíso verde — questionou Milanović.
Em resposta, Pacheco apontou que a fome e a miséria são problemas crônicos de décadas no país, mas que iniciativas como o Bolsa Família têm ajudado a reduzir a subnutrição de brasileiros.
— O governo, junto com o Congresso, estabeleceu um programa de renda mínima chamado Bolsa Família. Foi uma marca do primeiro governo do presidente Lula e se manteve ao logo do tempo, mas temos a certeza de que não é o suficiente. Precisamos fazer crescer a nossa economia e gerar riqueza e oportunidades de trabalho para a nossa população. Não é possível que um país tão rico tenha tanta gente com fome — argumentou o presidente do Senado.
Pacheco também citou uma série de iniciativas do Congresso na última década para assegurar o equilíbrio fiscal do país como as reformas tributária, da previdência e trabalhista.
— É um Congresso reformista, que nos últimos 10 anos vem estabelecendo legislações importantes — disse.
Acordos bilaterais
O presidente do Senado também afirmou que o Congresso vai se empenhar em aprovar acordos de cooperação bilateral assinados entre Croácia e Brasil. Na visita a Lula, os presidentes falaram sobre temas como comércio e oportunidades de cooperação nas áreas de educação, cultura, energia e ciência, tecnologia e inovação.
— Aquilo que for evoluir entre os governos terá total simpatia do Congresso Nacional para a ratificação dos acordos celebrados — frisou.
Ao falar sobre autodeterminação dos povos e a importância da democracia, Milanović afirmou que a União Europeia e a Croácia tem uma visão mútua de respeito às diferentes configurações democráticas.
— O ponto-chave é que democracia é fundamental — assinalou.
Sobre o tema, Pacheco recordou que a democracia brasileira foi alvo de ataques recentes como o 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas, mas reforçou que a resposta do Executivo, Legislativo e Judiciário demonstra que o país vive uma estabilidade institucional.
— Peço que Vossa Excelência leve a mensagem da estabilização da nossa democracia, recentemente atacada. O Brasil se mostrou forte — avaliou.
Futebol
Em um momento de descontração, o tema futebol tomou conta da conversa. Paixão compartilhada por ambos os países, o assunto veio à tona quando Milanović recordou que a seleção de futebol croata perdeu para a seleção brasileira na Copa de 2014 por 3 a 1, mas “aprendeu a lição” e eliminou o Brasil nos pênaltis (4 a 2) no mundial de 2022.
Em meio a sorrisos, senadores e presentes citaram craques dos dois países como Pelé, Zico e Modrić. O presidente da Croácia finalizou:
— Nenhum foi maior do que Pelé — disse ao recordar que a despedida do atleta foi em 1971 em um jogo contra a Iugoslávia no estádio do Maracanã.
Acompanharam a visita os senadores Randolfe Rodrigues (S/Partido-AP), Eduardo Gomes (PL-RO), Janaína Farias (PT-CE) e Chico Rodrigues (PSB-RR).
Missão no Brasil
Milanović é o chefe de Estado croata, mas não o chefe de governo. O país europeu adota o sistema parlamentarista.
Além de Brasília, a agenda do presidente da Croácia no Brasil inclui passagens por Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a primeira vez que um presidente croata visita o Brasil desde a independência do país europeu em relação à extinta Iugoslávia, em 1991.
O Brasil reconheceu a independência da Croácia em 24 de janeiro de 1992 e as relações diplomáticas foram formalmente estabelecidas em 23 de dezembro do mesmo ano. A Croácia mantém embaixada em Brasília desde 1997, e o Brasil abriu embaixada em Zagreb em 2006.
Segundo o Itamaraty, em 2023, o comércio de comércio entre Brasil e Croácia totalizou US$ 91,5 milhões, com US$ 46,7 milhões de saldo para o lado brasileiro.
Fonte: Agência Senado
O post “Pacheco e presidente da Croácia falam de democracia, meio ambiente e futebol” foi publicado em 03/06/2024 e pode ser visto original e