Três municípios no Brasil, Guatemala e Honduras foram reconhecidos como Ca mpeões contra a Malária nas Américas 2019 por seus esforços para a redução de casos da doença.
Os prêmios foram entregues nesta quarta-feira (6) pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e seus parceiros, em marco ao Dia da Malária nas Américas.
“Estes trabalhos são inovadores não apenas para a malária, mas para outras doenças e condições que podem se beneficiar de sua experiência, ferramentas e plataformas”, disse o subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa, durante a cerimônia de premiação.
A malária é uma doença potencialmente fatal, causada por parasitos transmitidos às pessoas por meio da picada de mosquitos infectados. Aproximadamente metade da população mundial está em risco de contrair malária, principalmente aqueles que vivem em países de baixa renda.
Doença nas Américas
Nas Américas, 132 milhões de pessoas vivem em áreas em risco de transmissão da doença. Segundo especialistas da OPAS, são necessárias ações urgentes para redirecionar a resposta global contra a malária e a responsabilidade pelo desafio recai sobre os países mais afetados.
Entre os parceiros da OPAS/OMS que participam da entrega deste reconhecimento estão a Fundação das Nações Unidas; a Escola de Saúde Pública do Instituto Milken, da Universidade de George Washington; o Centro de Programas de Comunicação da Escola de Saúde Pública Bloomberg, da Universidade Johns Hopkins; o Consórcio de Saúde Global da Escola Stempel de Saúde Pública e Serviço Social; a Universidade Internacional da Flórida; e Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene.
Confira as três experiências premiadas
São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, Brasil, reduziu pela metade a alta incidência de malária, implementando ações de diagnóstico e tratamento precoces, controle de vetores e mapeamento de casos em tempo real.
A iniciativa mostra que a implementação adequada de ferramentas e intervenções contra a malária, com alianças importantes e otimização do escopo na atenção primária, podem reverter a incidência da doença em ambientes complexos e posicionar as comunidades em direção à eliminação.
Para saber mais sobre a experiência desse município, clique aqui (em espanhol).
La Gomera, na Guatemala, conseguiu por meio de intervenções-chave – como fortalecimento do acesso ao diagnóstico rápido, tratamento supervisionado, detecção reativa de casos e desenvolvimento sustentado da capacidade – reduzir os casos de malária em 50% no ano de 2018.
La Gomera é um exemplo de como é possível passar de “sempre fazendo a mesma coisa” para uma abordagem baseada na solução de problemas diretamente nos focos de transmissão. A colaboração com outros parceiros que não são do setor da saúde, como igrejas, mídia e indústria açucareira, também foi fundamental para alcançar essa conquista.
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Puerto Lempira, em Honduras, conseguiu diminuir os casos de malária em 92% graças ao trabalho de uma rede de 167 voluntários capacitados e ao uso de tecnologias como geolocalização para identificar surtos da doença, bem como ao estabelecer estratégias de prevenção e controle, como a distribuição de mosquiteiros, fumigação residual dentro das residências e investigação rápida de casos.
Puerto Lempira é um exemplo de como investimentos sustentados em intervenções-chave, comprometimento e capacitação de parceiros voluntários, e o uso apropriado da tecnologia podem pavimentar o caminho para a eliminação da malária.
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