Uma ligeira queda da noite para o dia no número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus é bem-vinda, mas “nada para comemorar”, disse uma importante autoridade de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) , na quinta-feira (6).
Michael Ryan, liderança do Programa de Emergências em Saúde da OMS, se pronunciou em Genebra após a confirmação de 28.060 casos de infecção pelo coronavírus na China e 564 mortes – com 225 casos em 24 outros países, onde uma morte foi registrada, nas Filipinas.
“Embora estejamos satisfeitos que o número geral de casos confirmados relatados pela China diminuiu, e também agradecidos (…) é muito difícil fazer qualquer prognóstico relacionado a isso. Ainda estamos no meio de um surto intenso e precisamos ter muito cuidado ao fazer previsões”, acrescentou.
Vírus ainda em estudo
Ainda cauteloso sobre a doença respiratória (2019-nCoV), declarada em 31 de dezembro na cidade de Wuhan, região central da China, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reiterou que pouco se sabia sobre o novo vírus, além do fato de ser mais perigoso para idosos e pessoas com condições de saúde subjacentes, como diabetes e hipertensão.
As pessoas devem continuar praticando medidas básicas de higiene, disse ele, lavando as mãos regularmente e espirrando ou tossindo na dobra do braço, se necessário.
“Não sabemos a origem do surto, qual é o seu reservatório natural e não entendemos adequadamente a transmissibilidade ou a gravidade. Precisamos de respostas para todos essas questões”, afirmou Tedros.
Sem vacinação e tratamento até o momento
Embora o modelo genético do vírus tenha sido concluído, não há vacinação para prevenir a infecção e nenhum tratamento, disse a liderança da OMS a jornalistas.
“Para ser franco, estamos lutando boxe sombra, precisamos trazer esse vírus para a luz para que possamos atacá-lo adequadamente”, afirmou Tedros.
Em uma tentativa de entender mais sobre a epidemia, a agência da ONU está convocando um fórum global de pesquisa e inovação em sua sede na cidade suíça nos dias 11 e 12 de fevereiro.
Espera-se que especialistas participem virtualmente e pessoalmente de todo o mundo, inclusive da China, confirmou a OMS.
Os participantes discutirão várias áreas de pesquisa, incluindo a identificação da fonte do vírus, além do compartilhamento de amostras biológicas e sequências genéticas, informou a agência em comunicado.
“Compreender a doença, seus reservatórios, transmissão e gravidade clínica e, em seguida, desenvolver contramedidas eficazes é fundamental para o controle do surto, reduzir mortes e minimizar o impacto econômico”, disse Soumya Swaminathan, diretora-geral adjunta de programas da OMS.
Isso também irá acelerar o desenvolvimento e a avaliação de testes diagnósticos, vacinas e medicamentos eficazes, estabelecendo mecanismos para acesso a populações vulneráveis a preços acessíveis e facilitando o envolvimento da comunidade.
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