Em 2018, mais de 80.000 migrantes retornaram aos seus países de origem com o auxílio da Organização Internacional para Migrações (OIM).
Os retornados muitas vezes sofrem para se readaptar enquanto reconstroem suas vidas de volta ao país de origem. A pressão econômica, o estigma do “fracasso” e os fatores iniciais que o levaram a migrar comumente se tornam novos desafios, especialmente para os retornados que permaneceram fora de seus países por muitos anos.
Hoje (7), a Organização Internacional para Migrações (OIM) lança o “Manual da Reintegração: um guia prático para a concepção, implementação e o monitoramento da assistência à reintegração” (na tradução livre), um guia pensado para ajudar quem trabalha com assistência à reintegração a oferecer suporte aos migrantes que não podem ou não desejam permanecer no país de acolhida para que possam retornar aos seus países, seja via retorno voluntário ou via retorno organizado pelos governos locais e outros atores.
A Reintegração e o Desenvolvimento Sustentável
Nos últimos anos, houve um progresso significativo na oferta de assistência à reintegração, muito devido a uma melhor compreensão pelos legisladores, doadores e profissionais da assistência do quão crucial é o suporte à reintegração. Por esse motivo, a esse suporte é reconhecido atualmente como uma ferramenta que pode contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento sustentável (ODS).
Apesar disso, há poucas ferramentas globais disponíveis para guiar os profissionais da assistência humanitária no fornecimento de assistência à reintegração.
Através do Manual da Reintegração, produzido com o apoio financeiro do Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (DFID), a OIM busca preencher essa lacuna, compartilhando sua própria experiência e a de seus parceiros no fornecimento de assistência aos retornados em seus processos de reintegração.
“Tornou-se evidente que reintegração é um fenômeno multifacetado que precisa ser abordado de maneira holística”, explicou a diretora do Departamento de Gerenciamento de Migração da OIM, Renate Held.
“E isso só pode ser feito através de parcerias sólidas e práticas coordenadas entre as partes interessadas nos níveis internacional, nacional e local”, apontou Held.
Manual da Reintegração – uma abordagem integrada do assunto
Construído em diálogo com o guia “Abordagem Integrada à Reintegração ”, também da OIM, o Manual da Reintegração inclui módulos em níveis individual, comunitário e estrutural que focam nas dimensões econômicas, sociais e psicossociais da reintegração, assim como um módulo de monitoramento e avaliação.
Complementando a iniciativa, um capítulo adicional sobre a reintegração de crianças e suas famílias está sendo desenvolvido em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e estará disponível em 2020. Um treinamento on-line para auxiliar nos usos do guia também está em fase de desenvolvimento e será disponibilizado até o fim de 2019.
Clique aqui para acessar o Manual da Reintegração produzido pela OIM na íntegra (em inglês).
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