O Observatório do Clima manifesta sua solidariedade à Global Sumud Flotilla, o conjunto de dezenas de barcos que navegam pelo Mediterrâneo para tentar furar o bloqueio marítimo ilegal de Israel a Gaza e entregar ajuda humanitária às vítimas do genocídio.
A flotilha, que tem uma delegação de brasileiros, sofreu nesta semana dois ataques com drones no porto de Túnis, na Tunísia, onde a missão faz parada técnica.
Na segunda-feira (9/9), um dispositivo incendiário foi lançado no barco Família Madeira, o principal da missão.
Viajam na embarcação a ativista climática sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, além da ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e outros ativistas. Ontem (10/9), outro ataque a drone atingiu o barco Alma, também atracado em Túnis. Não houve feridos. Os ativistas denunciam sabotagem e acusam Israel, que não comentou os ataques.
É fundamental que os governos dos 40 países cujos cidadãos participam do movimento humanitário garantam a segurança dos ativistas.
A missão humanitária da Flotilha de Liberdade foi criada em 2008. Em 2010, nove ativistas foram mortos e 50 feridos em uma missão composta por sete embarcações, que também buscava levar ajuda humanitária à região.
Em junho deste ano, a flotilha fez outra tentativa de levar alimentos e medicamentos a Gaza e foi atacada pela marinha israelense em águas internacionais.
Além de Thiago Ávila, estão na missão atual os ativistas brasileiros Bruno Gilga (porta-voz da delegação brasileira), a deputada federal Luizianne Lins, a vereadora de Campinas Mariana Conti e os ativistas Ariadne Telles, Carina Faggiani, Gabrielle Tolotti, Giovanna Vial, João Aguiar, Lisiane Proença, Lucas Gusmão, Magno Carvalho, Mohamad El Kadri e Victor Peixoto.
O número de mortos no enclave Palestino desde 2023 já passa dos 60 mil. Quase um terço das vítimas são crianças. Segundo a Unicef, a fome generalizada coloca mais de 320 mil crianças em risco de desnutrição aguda. Além disso, o número de jornalistas assassinados em campo já passa de 270.
O Observatório do Clima, que já pediu ao presidente Lula que determine a suspensão imediata da exportação de petróleo para Israel, reafirma sua solidariedade aos ativistas e aos movimentos pelo fim do genocídio e do cerco a Gaza.
Não há justiça climática sem direitos humanos. Não é possível falar em multilateralismo quando uma nação é massacrada impunemente, diante dos olhos de toda a humanidade.
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O post “Nota de solidariedade à flotilha rumo a Gaza” foi publicado em 10/09/2025 e pode ser visto originalmente na fonte Observatório do Clima