“Que a sua luta é a nossa bandeira, em cada segundo mostrando pro mundo a força que tem a mulher brasileira”, cantou o samba-enredo da Inocentes de Belford Roxo no sábado, 22 de fevereiro de 2020, enquanto milhares de pessoas celebravam o Carnaval no Rio de Janeiro (RJ) .
O samba foi uma homenagem ao poder e à força das mulheres por meio da jornada inspiradora da jogadora de futebol Marta Vieira da Silva, Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres e defensora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Por 40 minutos, em meio a cores brilhantes e muita dança, a trajetória de Marta, marcada por enfrentamento de desafios, superação de barreiras de gênero e por inspiração a outras mulheres e meninas, foi contada no Sambódromo.
Carros alegóricos e fantasias representaram marcos em sua vida, desde a infância jogando futebol nas ruas de sua cidade no Nordeste, passando para o Rio de Janeiro para seguir uma carreira no futebol e depois jogando na Suécia e, finalmente, nos Estados Unidos, onde vive atualmente.
Seu papel nas Nações Unidas, como Embaixadora da Boa Vontade para a ONU Mulheres e defensora nomeada pelo secretário-geral da ONU para os ODS, foi o tema de seu carro alegórico, onde aplaudiu o público com sua mãe, Teresa Vieira, e sua treinadora na Seleção Brasileira, Pia Sundhage.
O carro alegórico foi precedido por um grupo de cerca de 80 pessoas em trajes azuis, a cor da ONU, lideradas por dezesseis meninas do programa “Uma vitória leva à Outra” da ONU Mulheres e do Comitê Olímpico Internacional (COI). Elas representavam as gerações mais jovens que veem em Marta um forte modelo que as inspira a continuar lutando por mudanças.
Considerada a melhor jogadora de futebol de todos os tempos, eleita a melhor jogadora do mundo pela FIFA seis vezes e tendo conquistado a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, no ano passado, Marta também se tornou a artilheira das Copas do Mundo da FIFA. Essa conquista única, que a diferencia como ícone do esporte, apenas a aproxima das meninas que se inspiram em sua história.
No dia do desfile, enquanto as meninas do projeto estavam tocando e ensaiando a letra do samba-enredo, Marta apareceu de surpresa. A maioria delas achou difícil conter as lágrimas, mas não perdeu a oportunidade de dizer o que ela significa para elas. A futebolista Kathely Rosa, de 19 anos, resumiu: “eu lutei contra as mesmas barreiras que você conseguiu superar. Eu me vejo na sua história. Você é uma inspiração para mim.”
Marta, que diz que seus papéis na ONU são o maior reconhecimento de sua jornada, conhece seu poder de liderar o caminho para outras meninas seguirem. “Gosto de ter a responsabilidade de trazer esta geração comigo”, disse ela, reconhecendo também como a participação em um desfile de escola de samba ajuda o público em geral a se relacionar com o trabalho da ONU.
“Nem todo mundo obtém informações da mesma maneira. Quando a mensagem do ODS 5 sobre igualdade de gênero se torna um samba, cria um enorme impacto social”, refletiu Gabriela Mesquita, de 16.
Rebeca dos Anjos, de 14, concordou com ela: “o Carnaval é algo que todo mundo adora no Brasil. É muito importante que os temas pelos quais lutamos todos os dias conquistem esse tipo de espaço”.
Marta enfatizou o impacto da celebração. “Estamos aqui, juntos, para romper barreiras, mostrar que a igualdade de gênero faz a diferença no mundo e que somos livres para escolher o que queremos fazer!”, disse ela.
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