As empresas brasileiras reconhecem que devem se responsabilizar para encontrar soluções aos desafios que chegam com a pandemia de COVID-19, e dizem estar satisfeitas com o que estão fazendo.
Por outro lado, menos da metade disse estar conduzindo ações educativas e sociais, como doações financeiras e/ou de equipamentos e materiais, e apenas uma em cada dez disse estar atuando em parceria com os órgãos governamentais.
É o que mostra o relatório “COVID-19 – Como as Empresas Estão Enfrentando a Pandemia ”, produzido pela Rede Brasil do Pacto Global e pela agência global de comunicação Edelman, com 86 empresas – 84% signatárias do Pacto Global –, no período de 2 a 9 de abril de 2020.
“Desde a primeira semana da crise no Brasil verificamos uma grande mobilização do setor empresarial, uma vontade de ajudar, fazer alguma coisa. Também percebemos uma preocupação com a cadeia de valor, geralmente formada por empresas menores que seriam mais impactadas com os efeitos econômicos da pandemia”, diz Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global.
“Hoje, mais de um mês depois, é evidente a evolução dessas discussões, que ganham mais maturidade com as articulações e um melhor entendimento das necessidades e com a incorporação de preocupações relacionadas à retomada da economia.”
A seguir os principais destaques do relatório:
Ponto de vista das empresas
97% dos respondentes nas empresas disseram concordar que as marcas têm obrigação de contribuir para a solução dos desafios que chegam com a pandemia;
94% disseram concordar que as empresas têm responsabilidade em ajudar o governo na crise;
88% disseram concordar que não atuar para ajudar durante a crise da COVID-19 pode prejudicar a reputação da empresa;
63% disseram concordar que os consumidores irão recompensar a empresa que adotar medidas para ajudar na crise da COVID-19, comprando ou divulgando seus produtos e/ou serviços.
Funcionários em primeiro lugar
87% dos respondentes nas empresas disseram concordar que as empresas são responsáveis pelo bem-estar físico e financeiro de seus funcionários, mesmo que elas enfrentem problemas financeiros durante a pandemia;
72% afirmaram ter políticas para manter os empregos;
42% afirmaram que sua empresa está conduzindo ações educativas e sociais, como doações financeiras e/ou de equipamentos;
9% afirmaram que sua empresa está atuando junto a órgãos governamentais.
Comunicação
37% disseram acreditar que as empresas correm o risco de serem julgadas como oportunistas se comunicarem suas ações para ajudar na crise.
Recomendações da Rede Brasil do Pacto Global
Proteja seus funcionários: Zelar pela saúde e pelo bem-estar dos funcionários é visto como dever dos empregadores. As empresas não devem medir esforços para que isso aconteça.
Atue além da empresa: As empresas têm um papel vital para desempenhar na crise e é esperado que elas atuem também pelo bem de seus públicos externos e sociedade em geral. Aja de acordo com a sua realidade. Toda atitude, independentemente do porte e da capacidade da empresa, será bem-vinda. Use recursos existentes e muita criatividade para fazer a diferença.
Não aja sozinho: Há força na colaboração. Para ajudar as pessoas durante a crise, é necessário unir forças, principalmente com o governo.
Se posicione e comunique suas ações: Não é momento de ser low profile. As marcas devem comunicar o seu papel no enfrentamento da crise, pois isso gera conforto às pessoas. Ao ir a público, as lideranças devem falar de forma empática e com base em fatos.
Assista ao webinar de apresentação do estudo:
Fonte
O post “Empresas brasileiras reconhecem que não atuar durante crise pode prejudicar reputação” foi publicado em 29th April 2020 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte ONU Brasil