Tricampeão de Fórmula 1 e Patrono do Esporte Brasileiro, Ayrton Senna da Silva foi homenageado pelo Senado em sessão especial nesta sexta-feira (10) em lembrança a seus 30 anos de falecimento. Além de lembrarem as conquistas esportivas de Senna, os oradores chamaram atenção para o exemplo de dedicação do homenageado e para o trabalho do Instituto Ayrton Senna em apoio à educação brasileira.
A sessão especial foi sugerida pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) — que também presidiu o evento — com apoio de outros senadores. No requerimento (RQS 223/2024), os parlamentares afirmam que a morte de Ayrton Senna — em 1º de maio de 1994, aos 34 anos, após acidente no circuito de Ímola, na Itália — foi “um dos dias mais tristes da história do nosso país” e acrescentam que “Senna é, até hoje, inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo e um exemplo para jovens e adultos”.
Marcos Pontes sublinhou que o gesto do Senado representa a homenagem do Brasil inteiro a um grande esportista, cuja morte representou uma “perda global”. Para ele, além de símbolo de patriotismo e influenciador cultural, o atleta imprimiu seu maior legado por meio do Instituto Ayrton Senna.
— É uma das maiores organizações voltadas para a melhoria da educação no país. (…) Educação é o que muda, é o que transforma o país.
Solidariedade
A sessão foi precedida de um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, vários pronunciamentos lembraram a tragédia e pediram solidariedade à população gaúcha. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) lembrou o exemplo de solidariedade do piloto ao associá-lo ao momento atual.
— Se ele estivesse no nosso meio e houvesse uma corrida domingo (…), ele ia desfilar com a bandeira do Rio Grande do Sul.
O secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Victor Renato Junqueira Lacerda, também enalteceu o Instituto Ayrton Senna como o legado maior do “ícone do automobilismo”. Ele lembrou-se de seu tempo de criança, quando a família se reunia em torno da transmissão de Fórmula 1 com a presença de Senna.
— Que, enquanto Poder do Estado, a gente possa ter um olhar sensível e desenvolver projetos que possam fomentar as diversas modalidades esportivas, inclusive o automobilismo.
Altair Kadiz, que há 38 anos coleciona artigos e peças sobre Senna, lembrou a “dedicação, patriotismo e valores” do piloto e também destacou o poder de transformação social por meio do esporte.
— Ayrton Senna foi muito mais do que um campeão nas pistas: ele foi um exemplo de perseverança, ética e dedicação dentro e fora do automobilismo. Seu compromisso incansável em alcançar excelência e sua profunda crença na capacidade de superação continuam a inspirar.
Por sua vez, Renato Constantino, presidente da Federação de Automobilismo do Distrito Federal, sublinhou a condição de Senna como “cidadão do mundo” e inspiração para novos pilotos.
— Nestes trinta anos, ainda não conseguimos colocar um piloto com o desempenho que Senna demonstrou. Seus recordes ainda continuam sendo buscados.
Ética
O executivo Marcelo Bella, que atuou como preparador físico de Senna, lembrou-se dos diálogos em que o piloto ressaltava seu objetivo de “vencer com ética, dentro da pista”.
— Ayrton Senna não morreu. Os heróis não morrem, apenas mudam de planeta. Ele deixou para nós seu principal legado: o pertencimento e a forma como os brasileiros têm orgulho de ser brasileiros.
Para Leonardo Senna, as vitórias de seu irmão na Fórmula 1 garantiram “fortes emoções que alegraram os domingos de uma geração”.
— Sua humildade e generosidade eram traços característicos. (…) Aquele que tinha orgulho de ser brasileiro e tantas vezes empunhou nossa bandeira após a vitória.
Também o vice-presidente do Instituto Ayrton Senna, Ewerton Fulini, citou as histórias de sucesso da entidade como “ponte para vitórias” e associou o exemplo inspirador de Senna à vontade de mudar a realidade do país.
— Ayrton nasceu com o sonho de um país onde as crianças tivessem mais oportunidades de desenvolver o seu potencial. Como ele mesmo dizia, se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que a gente tem que começar, através da educação.
O deputado federal Julio César Ribeiro (Republicanos-DF) disse esperar que o Brasil forme “mais Ayrtons Sennas” nas pistas.
Herói da Pátria
No ano passado, Senna foi declarado Patrono do Esporte Brasileiro. A Lei 14.559, de 2023, sancionada pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, é resultado do projeto de lei (PL) 2.793/2019, da Câmara dos Deputados. A Comissão de Educação (CE) analisou a matéria em dezembro de 2022 e aprovou o relatório do então senador Dário Berger (SC).
Outro projeto — também de autoria de Pontes — inscreve o nome do piloto no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria (PL 789/2024). A matéria recebeu relatório favorável do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e aguarda votação na Comissão de Esporte (CEsp).
Em mensagem de vídeo, o jornalista esportivo Reginaldo Leme — que lembrou o dia em que foi apresentado a Senna, então em início de carreira — foi um dos que manifestaram apoio ao projeto. Também em mensagens de vídeo, o jornalista Alexandre Garcia opinou que o Brasil precisa de pessoas que “projetem o país positivamente” como fez Senna; a atleta Maurren Maggi afirmou seguir o exemplo de vida e de determinação do homenageado; para o piloto Felipe Massa, o legado de Senna levou respeito aos automobilistas brasileiros; o artista Alan Mosca, autor da pintura do capacete de Senna, classificou o piloto como “herói brasileiro”; e Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, lembrou o exemplo de amor e dedicação deixado por seu irmão.
A sessão especial foi sugerida pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) — que também presidiu o evento — com apoio de outros senadores. No requerimento (RQS 223/2024), os parlamentares afirmam que a morte de Ayrton Senna — em 1º de maio de 1994, aos 34 anos, após acidente no circuito de Ímola, na Itália — foi “um dos dias mais tristes da história do nosso país” e acrescentam que “Senna é, até hoje, inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo e um exemplo para jovens e adultos”.
Marcos Pontes sublinhou que o gesto do Senado representa a homenagem do Brasil inteiro a um grande esportista, cuja morte representou uma “perda global”. Para ele, além de símbolo de patriotismo e influenciador cultural, o atleta imprimiu seu maior legado por meio do Instituto Ayrton Senna.
— É uma das maiores organizações voltadas para a melhoria da educação no país. (…) Educação é o que muda, é o que transforma o país.
Solidariedade
A sessão foi precedida de um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, vários pronunciamentos lembraram a tragédia e pediram solidariedade à população gaúcha. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) lembrou o exemplo de solidariedade do piloto ao associá-lo ao momento atual.
— Se ele estivesse no nosso meio e houvesse uma corrida domingo (…), ele ia desfilar com a bandeira do Rio Grande do Sul.
O secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Victor Renato Junqueira Lacerda, também enalteceu o Instituto Ayrton Senna como o legado maior do “ícone do automobilismo”. Ele lembrou-se de seu tempo de criança, quando a família se reunia em torno da transmissão de Fórmula 1 com a presença de Senna.
— Que, enquanto Poder do Estado, a gente possa ter um olhar sensível e desenvolver projetos que possam fomentar as diversas modalidades esportivas, inclusive o automobilismo.
Altair Kadiz, que há 38 anos coleciona artigos e peças sobre Senna, lembrou a “dedicação, patriotismo e valores” do piloto e também destacou o poder de transformação social por meio do esporte.
— Ayrton Senna foi muito mais do que um campeão nas pistas: ele foi um exemplo de perseverança, ética e dedicação dentro e fora do automobilismo. Seu compromisso incansável em alcançar excelência e sua profunda crença na capacidade de superação continuam a inspirar.
Por sua vez, Renato Constantino, presidente da Federação de Automobilismo do Distrito Federal, sublinhou a condição de Senna como “cidadão do mundo” e inspiração para novos pilotos.
— Nestes trinta anos, ainda não conseguimos colocar um piloto com o desempenho que Senna demonstrou. Seus recordes ainda continuam sendo buscados.
Ética
O executivo Marcelo Bella, que atuou como preparador físico de Senna, lembrou-se dos diálogos em que o piloto ressaltava seu objetivo de “vencer com ética, dentro da pista”.
— Ayrton Senna não morreu. Os heróis não morrem, apenas mudam de planeta. Ele deixou para nós seu principal legado: o pertencimento e a forma como os brasileiros têm orgulho de ser brasileiros.
Para Leonardo Senna, as vitórias de seu irmão na Fórmula 1 garantiram “fortes emoções que alegraram os domingos de uma geração”.
— Sua humildade e generosidade eram traços característicos. (…) Aquele que tinha orgulho de ser brasileiro e tantas vezes empunhou nossa bandeira após a vitória.
Também o vice-presidente do Instituto Ayrton Senna, Ewerton Fulini, citou as histórias de sucesso da entidade como “ponte para vitórias” e associou o exemplo inspirador de Senna à vontade de mudar a realidade do país.
— Ayrton nasceu com o sonho de um país onde as crianças tivessem mais oportunidades de desenvolver o seu potencial. Como ele mesmo dizia, se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que a gente tem que começar, através da educação.
O deputado federal Julio César Ribeiro (Republicanos-DF) disse esperar que o Brasil forme “mais Ayrtons Sennas” nas pistas.
Herói da Pátria
No ano passado, Senna foi declarado Patrono do Esporte Brasileiro. A Lei 14.559, de 2023, sancionada pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, é resultado do projeto de lei (PL) 2.793/2019, da Câmara dos Deputados. A Comissão de Educação (CE) analisou a matéria em dezembro de 2022 e aprovou o relatório do então senador Dário Berger (SC).
Outro projeto — também de autoria de Pontes — inscreve o nome do piloto no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria (PL 789/2024). A matéria recebeu relatório favorável do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e aguarda votação na Comissão de Esporte (CEsp).
Em mensagem de vídeo, o jornalista esportivo Reginaldo Leme — que lembrou o dia em que foi apresentado a Senna, então em início de carreira — foi um dos que manifestaram apoio ao projeto. Também em mensagens de vídeo, o jornalista Alexandre Garcia opinou que o Brasil precisa de pessoas que “projetem o país positivamente” como fez Senna; a atleta Maurren Maggi afirmou seguir o exemplo de vida e de determinação do homenageado; para o piloto Felipe Massa, o legado de Senna levou respeito aos automobilistas brasileiros; o artista Alan Mosca, autor da pintura do capacete de Senna, classificou o piloto como “herói brasileiro”; e Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, lembrou o exemplo de amor e dedicação deixado por seu irmão.
Fonte: Agência Senado
O post “Em sessão especial, oradores enaltecem legado de Ayrton Senna após 30 anos” foi publicado em 10/05/2024 e pode ser visto original e