Em comemoração ao Dia Mundial dos Legumes (10 de fevereiro), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destaca seu valor e seus benefícios para a saúde humana e lembra como seu consumo pode ajudar a alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O que são legumes?
Os legumes são as sementes comestíveis de plantas leguminosas cultivadas para alimentação. Feijões secos, lentilhas e ervilhas são algumas das mais conhecidas e consumidas.
Eles não incluem aquelas colhidas ainda verdes, como as ervilhas ou feijões verdes, tampouco as culturas usadas principalmente para extração de petróleo como a soja e o amendoim ou legumes que são usados exclusivamente para fins de semeadura, como é o caso da semente de trevo e da alfafa.
Os legumes são altamente nutritivos, ricos em fibras solúveis e têm baixo teor de gordura. Assim, podem diminuir o colesterol e ajudar a controlar o açúcar no sangue. Devido a essas qualidades, elas são recomendadas pelas organizações de saúde para o tratamento de doenças como diabetes e problemas cardíacos. Também foi demonstrado que os legumes ajudam a combater a obesidade.
Impulsionadores da segurança alimentar
Para os agricultores, os legumes são uma cultura importante porque esta pode tanto ser vendida quanto consumida, o que ajuda as famílias a manter a segurança alimentar.
As leguminosas também ajudam na estabilidade econômica, quando secas, elas podem ser armazenadas por um longo tempo. Eles também ajudam a ampliar a diversidade de dietas, especialmente nos países em desenvolvimento.
“Os sistemas locais e nacionais de alimentos precisam ser fortalecidos para se adaptarem à crise climática e estarem mais bem equipados para fornecer dietas diversas aos consumidores em comunidades com insegurança alimentar”, diz James Lomax, especialista em sistemas alimentares do PNUMA.
“O aumento da diversidade na fazenda, incluindo a diversidade de legumes, ajuda os agricultores a diversificar seus riscos, fornecer mercados para colheitas de alimentos, quebrar sua dependência de commodities e aumentar a biodiversidade e a resiliência.”
Plantas com benefícios ambientais e climáticos
As propriedades de fixação de nitrogênio dos legumes melhoram a fertilidade do solo, o que aumenta e prolonga a produtividade das terras agrícolas. Ao usar legumes para interplantação e cultivos de cobertura, os agricultores também podem promover a biodiversidade agrícola e do solo, e afastar pragas e doenças nocivas.
“Uma das vantagens da fixação biológica de nitrogênio é que ela fornece uma forma natural de liberação lenta do suprimento de nitrogênio, que atende às necessidades das culturas”, diz Mahesh Pradhan, especialista do PNUMA.
Os legumes também podem contribuir para a mitigação das mudanças climáticas, reduzindo a dependência dos fertilizantes sintéticos usados para introduzir nitrogênio artificialmente no solo. Os gases de efeito estufa são liberados durante a fabricação e aplicação desses fertilizantes e seu uso excessivo pode ser prejudicial ao meio ambiente.
Os legumes fazem parte da rica variedade de fontes de alimentos e biodiversidade do planeta.
“Os legumes fazem parte da diversidade biológica agrícola, integralmente ligada ao combate às mudanças climáticas e fundamental para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, diz Marieta Sakalian, especialista em ecossistemas do PNUMA. “Um planeta diverso e saudável é a base do bem-estar humano, da segurança e do desenvolvimento sustentável”.
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