No último dia 25, a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná (SEDEST) e o Instituto Água e Terra (IAT), promoveram uma discussão sobre as condições e programas de preservação dos rios do Estado
Com a moderação de José Luiz Scroccaro, Diretor geral de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, o diálogo contou com Natasha Cecilia Hessel de Goes, Gerente de Outorga no IAT; Julio Cesar Gonchorosky, Diretor de Meio Ambiente e Ação Social na SANEPAR; e Roald Andretta, Coordenador Técnico da Superintendência das Bacias Hidrográficas e Pesca da SEDEST.
O IAT vem trabalhando em parceria com a SANEPAR, ajudando nas alternativas e outorgas. Mesmo em pandemia, as fiscalizações e monitoramentos continuam para que os rios que abastecem a população sejam preservados.
Há também por parte do IAT, as verificações de usuários de outorgas, principalmente na Bacia do Miringuava que está sendo bastante afetada pela escassez hídrica. Por conta disso, foram feitas restrições de uso para alguns usuários, mas Natasha informou que em alguns casos os próprios usuário fizeram restrições na sua própria produção. Há também, por parto do IAT, uma preocupação com a preservação das áreas agrícolas, visto que é um fator importante para o estado do Paraná.
“O IAT tem trabalhado muito na parte de monitoramento dos recursos hídricos. Mantemos no site do Instituto as atualizações dos níveis das águas dos principais rios do estado, onde temos toda a rede de monitoramento de nível e de qualidade de água. Este trabalho faz parte do Plano Nacional de Qualidade de Águas e é feito em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)”, declarou Natasha.
A SANEPAR também tem feito ações junto à população, como a redução de consumo da água e o próprio rodízio. O estado do Paraná tem diversos mananciais, mas é preciso uma melhor estratégia quando se pensa em conservação desses recursos, sejam eles superficiais ou subterrâneos.
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Abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba
Atualmente, 20% do abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba vem da Bacia Hidrográfica do Rio Passaúna, 60% das Bacias Hidrográficas de Piraquara I, Piraquara II e Itaí. O reservatório da barragem de Miringuava, na região de São José dos Pinhais está em fase de finalização, e também já está sendo construindo um novo reservatório na região de Fazenda Rio Grande.
Segundo Júlio, a dependência da Serra do Mar para o abastecimento público da região vai aumentar de 60 para 70%.
“Se não tomarmos uma decisão efetiva para conservar a Serra do Mar, nós vamos ter sérios problemas. Temos que aumentar o grau de conservação da Serra e ter uma política séria sobre isso. Temos que ampliar as unidades de conservação que existem, sejam parques federais ou estaduais, e também criar outras unidades de conservação integral a fim garantir os mananciais da Serra. Caso isso não ocorra, a situação será muito difícil, e a curto prazo”, comentou Júlio.
Estima-se que para trazer água do Rio Açungui até Curitiba, são cerca de 40km de distância, que equivale a uma obra estimada em torno de meio bilhão de reais. Pensando em conservação, com um investimento muito menor que este, já seria possível preservar a Serra do mar.
O evento também contou com a presença do Roald Andretta, que explanou o conjunto pesca + conservação. Segundo Roald, para 2020 estavam programados 24 eventos, mas a pandemia acabou limitando estas ações. Em 2019 eventos voluntárias foram implantadas no litoral do Paraná, como a distribuição de árvores nativas e educação ambiental.
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Renata Mafra
Produtora de conteúdo
renata@tratamentodeagua.com.br
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O post “Diálogo sobre a Conservação dos rios no estado do Paraná” foi publicado em 27th November 2020 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte