A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) , em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio de Janeiro (SENAC-RJ); a cozinheira Paola Carosella; e a ONG Casa Poema, lançaram na terça-feira (12) o processo de seleção para a primeira turma, no Rio de Janeiro, do projeto Cozinha&Voz, voltado para a formação profissional de assistentes de cozinha.
A seleção da primeira turma, que reunirá um grupo de 20 transexuais, ocorrerá nos dias 12 e 13 de novembro no MPT e as aulas serão ministradas entre o final de novembro e o começo de dezembro no Centro Politécnico do SENAC-RJ.
Sobre o projeto Cozinha&Voz
O Cozinha&Voz faz parte de uma iniciativa mais ampla: o Projeto de Promoção do Trabalho Decente para Pessoas em Situação de Vulnerabilidade. Desenvolvido conjuntamente pela OIT e pelo MPT, o projeto visa promover a empregabilidade de pessoas em grupos de risco que sofrem as mais diversas discriminações e preconceitos (racial, social, de gênero ou orientação sexual), com o objetivo de incluí-las no mercado de trabalho decente e seguro.
O Cozinha&Voz baseia-se em dois componentes.
O componente Cozinha conta com a coordenação técnica da cozinheira Paola Carosella e com o apoio de Neide Rigo e Fernanda Cunha.
Já o componente Voz, coordenado pela atriz e poeta Elisa Lucinda e pela atriz e diretora Geovana Pires, é composto por uma oficina de uma semana, em que alunas e alunos, por meio da poesia, criam novas ferramentas para a comunicação no trabalho, acessam sonhos e constroem novos caminhos.
O Projeto mobiliza ainda empresas para garantir a empregabilidade dos participantes formados pelo curso.
De São Paulo para todo o Brasil
A primeira turma do Cozinha&Voz foi organizada com 25 pessoas transexuais, em São Paulo, em outubro de 2017.
Nos anos seguintes, o projeto avançou pelo Brasil e foram organizadas novas turmas em: Salvador, para 24 jovens negras e negros na comunidade do Calabar; Goiânia, para 35 pessoas transexuais; Campo Grande, para mulheres em situação de violência doméstica e em privação de liberdade; outra em São Paulo, para 96 pessoas transexuais; e em Porto Velho, para 38 homens e mulheres transexuais e mulheres em situação de violência.
Em cada local, e com cada grupo, são realizadas atividades e cursos específicos, como rodas de conversa sobre legislação, saúde, retificação de documentos, direitos trabalhistas, elaboração de currículos, dança, arte, música, fotografia, entre outros.
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