A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na terça-feira (11) o nome para a doença causada pelo novo coronavírus: COVID-19. Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o ato de nomear é fundamental para prevenir o uso de outros nomes que podem ser imprecisos ou gerar estigma.
“No âmbito das diretrizes acordadas entre a OMS, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), tivemos que encontrar um nome que não se referisse a uma localização geográfica, um animal, um indivíduo ou um grupo de pessoas e que também fosse pronunciável e relacionado à doença”, explicou o diretor-geral da OMS.
Até às 10h (horário de Brasília) de terça-feira, havia 42.708 casos confirmados de COVID-19 na China e 1.017 mortes causadas por esse vírus. Fora da China, há 393 casos em 24 países, com um óbito nas Filipinas.
Os países que registraram casos são: Alemanha, Austrália, Bélgica, Camboja, Canadá, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Rússia, Filipinas, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Malásia, Nepal, Reino Unido, China, Suécia, Singapura, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã.
Na América Latina e Caribe, foram notificados apenas casos suspeitos, nenhum confirmado. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem trabalhado com os Ministérios da Saúde dos países dessa sub-região, a fim de ajudá-los na preparação para lidar com possíveis importações de casos do COVID-19.
Em uma série de atividades de cooperação técnica, os especialistas da OPAS em laboratório, epidemiologia, manejo clínico, prevenção, controle de infecções e outras áreas estão apoiando autoridades de saúde pública nos países latino-americanos e caribenhos.
Na área de diagnóstico, a OPAS está fornecendo orientação e reagentes aos laboratórios nacionais de saúde pública, incluindo os Centros Nacionais de Influenza, a fim de que possam realizar testes laboratoriais para confirmar ou descartar a presença do novo coronavírus.
Recentemente, a OPAS organizou, junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde do Brasil, um treinamento para nove países sobre diagnóstico laboratorial do novo coronavírus. Participaram da capacitação especialistas de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
Durante a atividade, os participantes fizeram um exercício prático de detecção molecular do COVID-19 e receberam materiais essenciais para diagnóstico (primers e controles positivos), além de revisarem e discutirem sobre as principais evidências e protocolos disponíveis.
Nesta semana, a OPAS organizará na Cidade do México um treinamento nos mesmos moldes desse que foi realizado no Brasil. A atividade será feita em conjunto com o Ministério da Saúde do México e o Instituto de Diagnóstico e Referência Epidemiológica (InDRE).
Foram convidados para esta edição especialistas de todos os países da América Central (exceto o Panamá, que já fez a capacitação no Brasil), de Cuba e da República Dominicana. A Organização Pan-Americana da Saúde também tem promovido capacitações para implementação do diagnóstico laboratorial do COVID-19 no Caribe.
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