Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) concentraram índices abaixo da média histórica e também inferiores a 2019. Municípios que não recebem água do Sistema Cantareira são mais prejudicados.
O Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) divulgou um alerta emergencial nesta quinta-feira (29) diante do pouco volume de chuva registrado em outubro e no acumulado do ano de 2020. O mês só teve 34% do volume considerado na média histórica, e o consórcio determinou estado de restrição do consumo de água na região de Campinas (SP).
A medida se deve à estiagem prolongada, que já havia motivado uma nota de alerta para possibilidade de falta de água no início de outubro. No mês, houve alta nas temperaturas e aumento no consumo de água em cerca de 20%, informou o órgão.
“[O] ‘Projeto superando a Estiagem’, coordenado pelo Consórcio PCJ e parceiros, vem a público externar a gravidade da atualidade e a necessidade de não ampliação do consumo de água pela comunidade, independentemente das temperaturas e possíveis chuvas esporádicas que ocorram.”, informou a entidade.
“O momento é de consumo restritivo, ou seja, consumir ‘somente o imprescindível e o suficiente’.”, completa o Consórcio.
Sendo assim, o estado de restrição vai perdurar até que mais chuvas ocorram na região.
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Entenda a dificuldade para captar água
As companhias de saneamento já estavam com mais dificuldade em captar água para tratamento e disponibilizar para a população “diante da queda da disponibilidade hídrica, devido ao evento climático extremo do qual estamos vivenciando” este ano, e ainda tiveram que lidar com o aumento inesperado do consumo, explicou a instituição.
O alerta divulgado no início do mês de outubro melhorou a condição de alguns municípios, mas, no geral, a região contava com chuvas que não vieram. As cidades que podem regularizar as suas captações junto ao Sistema Cantareira – 22 ao todo – estão em uma condição mais segura, segundo o PCJ. Mas, esse sistema também está entrando na faixa de alerta.
“Os demais 44 Municípios das Bacias PCJ, não atendidos pelo Sistema Cantareira, estão aplicando as Orientações de Enfrentamento da Estiagem propostas pelo Consórcio PCJ, com medidas a serem tomadas em função do atendimento do abastecimento de água, divididas em graus de “Baixa, Média e Alta” dificuldades de atendimento.”, informou o órgão.
Por que a situação está crítica?
O consórcio listou alguns pontos que descrevem a situação crítica dos mananciais por conta da estiagem e da alta no consumo de água. Veja abaixo:
- O volume de chuva no acumulado do ano até outubro de 2020 na região do Sistema Cantareira está 20% abaixo em relação a 2019.
- O volume reservado no Sistema Cantareira era maior no ano passado do que neste ano.
- Isso porque choveu mais no ano passado, e a reserva de 2019 possibilitou um maior volume descarregado para as bacias PCJ em 2020.
- Foram descarregados do Cantareira para as Bacias PCJ 130,49mm no acumulado do ano de 2020, contra 107,56mm no mesmo período do ano passado.
- Mesmo assim, a vazão do rio Atibaia – que abastece quase toda a cidade de Campinas, por exemplo – está apenas 8% acima, e o Rio Piracicaba apresenta uma vazão 19% inferior ao ano 2019.
- Em ambos os pontos de controle, as vazões estão inferiores à média histórica.
A redução das chuvas este ano também é resultado do fenômeno La Niña, que, segundo o Consórcio PCJ, “esfria as águas do Oceano Pacífico, causando diminuição de chuvas no Sul e Sudeste brasileiros”.
Fonte: G1.
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