A principal conferência anticorrupção do mundo foi realizada em dezembro em Abu Dhabi com um apelo para se avançar nos esforços para prevenir e combater esse crime de forma a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) .
“Ao entrarmos na Década de Ação para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, devemos nos unir contra a corrupção para impedir o esgotamento de recursos causado por fluxos financeiros ilícitos”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em sua mensagem à oitava sessão da Conferência dos Estados-Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção.
“A corrupção ameaça o bem-estar de nossas sociedades, o futuro de nossos filhos e a saúde de nosso planeta. Ela deve ser combatida por todos, para todos.”
O diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, enfatizou o papel da corrupção na facilitação da criminalidade e de outras ameaças, chamando a corrupção de “o sinistro facilitador de alguns dos piores problemas que enfrentamos”.
Ele disse: “ao prevenir e conter a corrupção, podemos reduzir sua contribuição para a instabilidade”. “Podemos impedir que a corrupção prolongue os conflitos e tire a paz. Podemos controlar os fluxos financeiros ilícitos e devolver os recursos para onde são necessários. Ao interromper o abuso da confiança pública para obter ganhos pessoais, podemos restaurar a confiança necessária e investir em nosso futuro.”
A Convenção contra a Corrupção, com 186 Estados-partes, é o único instrumento anticorrupção universal juridicamente vinculativo. A cada dois anos, os Estados-partes reúnem-se para analisar a aplicação da Convenção e debater a melhor forma de os países combaterem esse crime.
O encontro, que teve duração de uma semana, reuniu mais de 1.300 participantes de países do mundo todo. Foram analisadas em torno de 15 propostas de resolução. Entre os temas a serem discutidos na oitava sessão estão a prevenção, a recuperação de ativos e a cooperação internacional, bem como os preparativos para a sessão extraordinária da Assembleia Geral contra a corrupção, a ser realizada em 2021.
“O trabalho que começamos em Abu Dhabi vai manter os holofotes internacionais na corrupção até o próximo ano e para além dele, preparando para a primeira Sessão Especial da Assembleia Geral contra a corrupção em 2021”, disse Fedotov. “O momento oferece uma chance genuína de chegar a um acordo sobre novas abordagens e buscar soluções inovadoras para as ameaças de corrupção enfrentadas por todos os nossos países.”
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