É notável que o debate sobre a nutrição das populações está cada vez mais presente nas discussões globais sobre a fome. E entre as questões mais discutidas está a importância da nutrição adequada nos primeiros mil dias de vida das crianças – fase em que o acesso a micronutrientes é crucial para o desenvolvimento físico e cognitivo do indivíduo.
A falta desses nutrientes é responsável por problemas que, muitas vezes, a pessoa carregará para o resto da vida, como sistema imunológico deficiente, baixo desempenho escolar, desnutrição, predisposição ao desenvolvimento de doenças não-comunicadas (que não são transmissíveis diretamente de uma pessoa a outra), entre outros.
Diante desse cenário, e com o objetivo de debater alternativas para solucionar ou minimizar o problema da deficiência de micronutrientes associada à má nutrição, a DSM e o Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) promovem o seminário “Micronutrientes: contribuindo para a infância no Brasil”.
O evento acontece em 7 de novembro, no Mercure Brasília Líder Hotel. Os interessados em participar devem realizar inscrição prévia aqui .
Estado de Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo
O relatório das Nações Unidas “Estado de Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2018 ” aponta que o Brasil está entre os 51 países mais suscetíveis à prevalência da desnutrição com cerca de 5,2 milhões de pessoas desnutridas em 2017.
Por outro lado, outro dado alarmante aponta que cerca de 55,7% da população brasileira encontra-se com excesso de peso (pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2018, VIGITEL). Essas deficiências nutricionais são consideradas problemas de saúde pública, com impactos econômicos e sociais relevantes.
Segundo Maurício Adade, presidente da DSM para a América Latina, “Os efeitos da má-nutrição são claros: de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a falta de micronutrientes custa 3,5 trilhões de dólares por ano à economia global”, citou.
Ele pontua: “Esses dados mostram que as empresas de todos os tamanhos e segmentos, em conjunto com governos, universidades e com os demais setores da sociedade, devem se envolver nesse problema e agir o quanto antes para gerar impacto positivo no mundo”.
O diretor do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos, Daniel Balaban, afirmou que “é extremamente importante promover discussões sobre as melhores práticas nutricionais para que assim possamos fazer parte e apoiar o estabelecimento de políticas públicas que auxiliem a população brasileira na tomada de decisões sobre a sua alimentação”.
Diálogos para o alcance de boas práticas
O seminário “Micronutrientes: contribuindo para a infância no Brasil” também visa promover o diálogo e o compartilhamento de informações a respeito dos potenciais benefícios do enriquecimento de alimentos, em especial em um contexto de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar e nutricional direcionadas ao público infantil.
Para alcançar esse objetivo, o seminário reunirá especialista em políticas públicas de alimentação e nutrição, representantes do governo brasileiro, acadêmicos, pesquisadores, nutricionistas, compradores de alimentos, empresas produtoras de alimentos enriquecidos, entre outros.
Além do presidente da DSM para a América Latina e representantes do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos, entre as instituições confirmadas no evento estão: os ministérios da Saúde e da Cidadania do Brasil; a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); o governo do Distrito Federal; representantes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); o Instituto Kayros; e as frentes parlamentares de Segurança Alimentar e Nutricional, da Alimentação e Saúde, e de Defesa da Saúde Nutricional Suplementar.
Cenário da má-nutrição infantil
O Centro de Excelência cita que, atualmente, 151 milhões de crianças menores de cinco anos apresentam estatura abaixo do valor desejável para a idade em função da subnutrição no mundo.
Ao mesmo tempo, há a pandemia global da obesidade, cujos índices atingem cerca de 19,8%, segundo relatório publicado na revista EAT Lancet.
Para chegar nessa estimativa, o documento avaliou as medidas antropométricas de peso e estatura e o Índice de Massa Corporal (IMC) de cerca de 130 milhões de pessoas com mais de cinco anos de idade (31,5 milhões de pessoas entre os cinco e os 19 anos; e 97,4 milhões com mais de 20 anos), no período de 1975 a 2016.
Visando contornar esse cenário, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) alimenta e nutre uma média de 90 milhões de pessoas em mais de 80 países todos os anos. A DSM é uma parceira relevante do Programa, sendo a maior fornecedora de auxílio alimentar contra a fome no mundo desde 2007.
Fortificação de alimentos no combate à desnutrição e à fome
As vitaminas e outros ingredientes que a DSM fornece à indústria, por exemplo, são utilizadas para fortificar os alimentos por meio de políticas públicas desenvolvidas em diversos países.
Trata-se de um setor que alcança 350 milhões de pessoas na América Latina (53% da população), considerando fortificação de leite (para crianças de até 12 anos), arroz, farinha, ácido fólico+ ferro, e margarinas, que são enriquecidas por alguma suplementação adicional ou fortificação mandatória (quando há determinação para algum alimento).
No Brasil, esse número é de mais de 130 milhões de pessoas beneficiadas por programas de fortificação de alimentos.
Já na Costa Rica, por exemplo, onde o consumo per capita de arroz é de aproximadamente 150g por dia (o que significa 30% da ingestão calórica de uma pessoa ao dia), todo o arroz para consumo humano é enriquecido com ácido fólico, vitaminas E, b1, b2, b12, selênio e zinco.
Desde a introdução do programa de enriquecimento de alimentos, que incluiu o arroz, a anemia no país diminuiu 71% entre crianças de um a seis anos de idade.
Sobre a DSM
A Royal DSM é uma empresa global de ciências e atuante nas áreas de Nutrição, Saúde e Vida Sustentável.
A DSM está impulsionando a prosperidade econômica, o progresso ambiental e os avanços sociais para criar valor sustentável para todas as partes interessadas: clientes, funcionários, acionistas e sociedade em geral.
A empresa fornece soluções inovadoras de negócios para nutrição humana; nutrição animal; cuidados pessoais e aroma; dispositivos médicos; produtos e aplicações verdes; e novas formas de mobilidade e conectividade.
A DSM e suas empresas associadas têm receita líquida anual de cerca de 10 bilhões de euros, contando com uma rede de aproximadamente 23.000 funcionários.
Ela foi fundada em 1902 e está registrada na Euronext Amsterdam.
Clique aqui para mais informações sobre a DSM .
Sobre o Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos
O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) é um fórum global para diálogo de políticas e aprendizagem Sul-Sul sobre programas de alimentação escolar e segurança alimentar e nutricional.
O Centro de Excelência é o resultado de uma parceria entre o PMA e o governo brasileiro. Foi criado em 2011 para apoiar governos na África, Ásia e América Latina no desenvolvimento de soluções sustentáveis contra a fome.
O Centro provê aconselhamento sobre políticas e programas; assistência técnica; oportunidades; e reúne nações do hemisfério sul e as ajuda a desenvolver suas próprias soluções para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, que visa alcançar um mundo sem fome até 2030.
Clique aqui para mais informações sobre o Centro.
Informações para a imprensa
- Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos
Fabiana Pullen – 61.2193-8513 – fabiana.pullen@wpf.org
- Ideal H+K Strategies – www.idealhks.com
Bárbara Gaspar – 11. 4873-7629 – barbara.gaspar@idealhks.com
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Rodrigo Fonseca – 11. 99691-8264 – rodrigo.fonseca@idealhks.com
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