BNDES Destina R$ 20,3 Milhões para Restauração na Bacia do Xingu com Iniciativa Floresta Viva
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Energisa, a Norte Energia e o Fundo Vale, selecionou quatro projetos na bacia hidrográfica do Xingu, nos estados do Pará e de Mato Grosso, para destinar R$ 20,3 milhões em recursos não reembolsáveis para restauração de áreas degradadas e fortalecimento de cadeias produtivas da restauração, por meio da iniciativa Floresta Viva.
Os projetos selecionados são: ‘Na trilha da Floresta Viva’, que promove a restauração ecológica socioprodutiva na Bacia do Xingu, da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX). ‘Xingu Sustentável’ é outro projeto que gera renda com cacau orgânico e promove a restauração ecológica do Médio Xingu, realizado pela Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu (CEPOTX). O projeto “Sempre Vivas, Sempre Verdes” foca na restauração ecológica e inclusão socioprodutiva na Resex Verde, coordenado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). Por fim, ‘Resset Assurini’ está sob a gestão da Fundação de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável Guamá.
As iniciativas restaurarão 700 hectares de áreas degradadas. Além disso, mobilizarão e fortalecerão grupos de coletores de sementes, estruturarão viveiros, criarão uma agroindústria para o beneficiamento de cacau e fomentarão a pesquisa científica.
O acompanhamento da execução das atividades previstas nos projetos tem gestão do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Essa organização da sociedade civil de interesse público (oscip) também coordenou o processo de seleção dos projetos. Um edital lançado em setembro de 2023 fez isso.
”O apoio a projetos de restauração ecológica na Bacia do Rio Xingu, por meio da iniciativa Floresta Viva, reforça o compromisso do BNDES no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Estamos reconstruindo a floresta com preservação da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas, o Banco contribui para o bem-estar das populações que vivem na floresta, com a geração de empregos e do fortalecimento das comunidades locais”, afirmou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
“Restaurar uma área de 700 hectares na Bacia do Xingu é agir no presente para garantir um futuro sustentável e viável para a população da Amazônia e de todo o Brasil. O que acontece na Amazônia reverbera para o resto do país. E o Funbio se une ao BNDES na iniciativa Floresta Viva para continuar em sua missão de aportar recursos estratégicos para a conservação da biodiversidade em todos os biomas brasileiros”, diz Manoel Serrão, superintendente de Programas do Funbio.
Corredor de Diversidade Socioambiental do Xingu
A bacia do Rio Xingu abrange cerca de 53 milhões de hectares e 50 municípios nos estados do Pará e de Mato Grosso. O rio percorre áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, criando um corredor de sociobiodiversidade que conecta biomas. No entanto, ele enfrenta desmatamento, tendo perdido 730 mil hectares entre 2019 e 2022.
Floresta Viva
O Floresta Viva apoia a restauração ecológica com espécies nativas, alinhando-se aos ODS da ONU e contribuindo para as metas globais contra as mudanças climáticas. Além disso, a iniciativa visa investir R$ 693 milhões em 7 anos, com 50% dos recursos do Fundo Socioambiental do BNDES e 50% de Instituições Apoiadoras. Como resultado, a meta é restaurar de 25.000 a 35.000 hectares, retirando de 8 a 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera.
Fonte: Agência de Notícias BNDES
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