Em 2024, é impossível discutir o cenário social e econômico do país sem mencionar a explosão das BETs e outros jogos de apostas. Segundo um relatório da XP Investimentos , essas atividades já movimentam 1% do PIB e comprometem 20% do orçamento livre das famílias mais pobres. Já a consultoria PWC estima que as apostas já representam 1,38% do orçamento médio familiar desses estratos de menor renda, um aumento de cinco vezes em relação a cinco anos atrás, quando era de 0,27%.
Com o sucesso das marcas de apostas, surgiu também uma nova realidade, um tipo de epidemia ainda silenciosa, oculta nas telas dos celulares de inúmeros brasileiros, o vício em jogos de apostas. Mas quais são as estratégias psicológicas que essas empresas utilizam para viciar seus usuários? Qual é o impacto dos jogos de tigrinho e das apostas esportivas no psicológico dos indivíduos? Quais são os riscos envolvidos?
Para discutir essas questões, o Pauta convidou Altay de Souza. Doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (USP) e graduando em Estatística pelo IME-USP, Altay também é pesquisador do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP e do Centro de Comunicação e Ciências Cognitivas da ECA-USP. Muitos dos nossos ouvintes de hoje podem conhecê-lo pelo podcast de ciência Naruhodo, onde ele é co-apresentador.
Fonte
O post “Azar ou vício: vivemos uma epidemia de apostas online? – com Altay de Souza” foi publicado em 01/09/2024 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Agência Pública