Depois de inúmeros estudos e descobertas relativas ao tratamento da epilepsia, o uso medicinal da maconha já não é mais questionado pela ciência. Mas ainda há muito a se descobrir sobre as potencialidades da erva: ansiedade, depressão, Parkinson e Alzheimer são algumas das doenças que podem ser curadas ou mitigadas com a Cannabis.
Porém as últimas décadas foram marcadas por proibicionismo com motivações políticas em que o racismo e o conservadorismo têm papel central, alavancando a violência e estigmatização contra pessoas de regiões mais vulneráveis, impulsionando o super encarceramento e, como consequência, o crime organizado.
Em “As flores do bem, a ciência e a história da libertação da maconha”, publicado pela editora Fósforo, Sidarta Ribeiro se propõe a combater a desinformação, trazendo a história da planta milenar que quase se confunde com a história da humanidade. Um panorama cultural da influência do cultivo da cannabis em diversos povos que contém também depoimentos pessoais com rigor científico.
Neurocientista, biólogo e pós-doutor em neurofisiologia pela Universidade Duke, Sidarta é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e membro do grupo de pesquisa de saúde mental do Centro de Estudos Estratégicos (CEE) Fiocruz. Publicou, entre outros livros, “O oráculo da noite” em 2019 e “Sonho manifesto: dez exercícios urgentes de otimismo apocalíptico” em 2022, ambos pela Companhia das Letras.
Nessa conversa com Andrea Dip e Mariama Correia, que substitui Clarissa Levy em suas férias, Sidarta comenta também sobre o debate da descriminalização da maconha no Brasil e os avanços e desafios para que o Brasil avance nessa questão, acompanhando um movimento mundial de repensar as políticas de enfrentamento às drogas.
Fonte
O post “As flores do bem – com Sidarta Ribeiro” foi publicado em 03/11/2023 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Agência Pública