O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (12) as indicações da Presidência da República para embaixadores do Brasil na Venezuela, na Guiana, em Omã e em Trinidad e Tobago. Os quatro indicados já haviam sido sabatinados e aprovados pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) também nesta terça.
Venezuela
A indicação da diplomata Glivânia Maria de Oliveira para o posto de embaixadora do Brasil na Venezuela (MSF 86/2023) foi aprovada com 41 votos favoráveis e um contrário, e houve 2 abstenções. A aprovação da indicação se deu em meio à preocupação com a tentativa da Venezuela de incorporar o território de Essequibo, que hoje pertence à Guiana, e com a falta de embaixadores brasileiros no país vizinho — na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Venezuela e fechou o escritório de representação em Caracas.
Em sua sabatina, Glivânia Maria de Oliveira dividiu a mesa da CRE com a indicada à embaixada na Guiana, a diplomata Maria Cristina de Castro Martins. Questionada pelos senadores sobre possível conflito entre os dois países, Glivânia afirmou que vê a situação com preocupação, mas que está atenta a uma reunião entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, para discutir a disputa territorial.
— Precisamos construir pontes. […] Dia 14 está previsto esse encontro, e esse fato é muito importante. Nós vimos um cenário que tem momentos de maior tensão, de busca de caminhos — salientou.
Glivânia Maria de Oliveira ocupa atualmente, no Ministério das Relações Exteriores, a função de diretora do Instituto Rio Branco. Ela serviu nas embaixadas em Varsóvia (Polônia), Londres (Reino Unido) e Assunção (Paraguai), tendo chefiado o Consulado-Geral em Boston (EUA) e a embaixada no Panamá.
Guiana
Com 49 votos favoráveis, um contrário e 2 abstenções, também foi aprovado em Plenário o nome da diplomata Maria Cristina de Castro Martins para embaixadora do Brasil na Guiana. A indicação (MSF 76/2023) também salientou a demanda de uma solução pacífica para a disputa territorial com a Venezuela.
Em sua sabatina, a indicada apontou a questão de Essequibo como principal contencioso da política externa da Guiana. Entre as prioridades apontadas para a missão no país vizinho, Maria Cristina destacou oportunidades na promoção do comércio de investimentos.
— A descoberta de hidrocarbonetos abre oportunidades para empresários brasileiros nessa área — apontou.
Graduada em arquitetura e urbanismo, Maria Cristina de Castro Martins ingressou na carreira diplomática em 1994. No Ministério das Relações Exteriores, atuou como assessora da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos, de 2021 a 2022, e atualmente está lotada no Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica.
Omã
Com 41 votos a favor, 6 contrários e uma abstenção, o diplomata Alfredo Cesar Martinho Leoni foi aprovado para o cargo de embaixador no Sultanato de Omã, conforme indicação (MSF 38/2023) relatada pelo senador Chico Rodrigues (PSB-RR). Leoni nasceu em Bauru (SP) em 1956 e ingressou na carreira diplomática em 1980. Já foi embaixador no Paquistão, no Afeganistão e no Tajiquistão e representou o Brasil na embaixada na Polônia até 2018.
Durante a sabatina na CRE, Alfredo Leoni afirmou que a presença da indústria mineradora brasileira, que atua no país asiático desde 2011, foi fundamental para a ampliação do mercado para o Brasil no Oriente Médio. Ele também apontou que uma de suas prioridades será garantir o avanço das exportações de minérios e de aves.
Trinidad e Tobago
Por fim, com 49 votos favoráveis, 3 contrários e 2 abstenções, foi aprovada a indicação (MSF 75/2023) da diplomata Maria Elisa Teófilo de Luna para embaixadora em Trinidad e Tobago. Também sabatinada nesta terça-feira, Maria Elisa esclareceu que pretende equilibrar a balança comercial com o Brasil, hoje amplamente superavitária para Trinidad e Tobago, e sugeriu avançar na exportação de frango, carne e produtos agropecuários.
Maria Elisa Teófilo de Luna ingressou no Instituto Rio Branco em 1980. Entre 2010 e 2015, a diplomata exerceu a função de embaixadora na capital do Senegal, Dacar. Maria Elisa também foi embaixadora em Acra, capital de Gana, de 2017 a 2022. Atualmente, atua como assessora no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Venezuela
A indicação da diplomata Glivânia Maria de Oliveira para o posto de embaixadora do Brasil na Venezuela (MSF 86/2023) foi aprovada com 41 votos favoráveis e um contrário, e houve 2 abstenções. A aprovação da indicação se deu em meio à preocupação com a tentativa da Venezuela de incorporar o território de Essequibo, que hoje pertence à Guiana, e com a falta de embaixadores brasileiros no país vizinho — na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Venezuela e fechou o escritório de representação em Caracas.
Em sua sabatina, Glivânia Maria de Oliveira dividiu a mesa da CRE com a indicada à embaixada na Guiana, a diplomata Maria Cristina de Castro Martins. Questionada pelos senadores sobre possível conflito entre os dois países, Glivânia afirmou que vê a situação com preocupação, mas que está atenta a uma reunião entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, para discutir a disputa territorial.
— Precisamos construir pontes. […] Dia 14 está previsto esse encontro, e esse fato é muito importante. Nós vimos um cenário que tem momentos de maior tensão, de busca de caminhos — salientou.
Glivânia Maria de Oliveira ocupa atualmente, no Ministério das Relações Exteriores, a função de diretora do Instituto Rio Branco. Ela serviu nas embaixadas em Varsóvia (Polônia), Londres (Reino Unido) e Assunção (Paraguai), tendo chefiado o Consulado-Geral em Boston (EUA) e a embaixada no Panamá.
Guiana
Com 49 votos favoráveis, um contrário e 2 abstenções, também foi aprovado em Plenário o nome da diplomata Maria Cristina de Castro Martins para embaixadora do Brasil na Guiana. A indicação (MSF 76/2023) também salientou a demanda de uma solução pacífica para a disputa territorial com a Venezuela.
Em sua sabatina, a indicada apontou a questão de Essequibo como principal contencioso da política externa da Guiana. Entre as prioridades apontadas para a missão no país vizinho, Maria Cristina destacou oportunidades na promoção do comércio de investimentos.
— A descoberta de hidrocarbonetos abre oportunidades para empresários brasileiros nessa área — apontou.
Graduada em arquitetura e urbanismo, Maria Cristina de Castro Martins ingressou na carreira diplomática em 1994. No Ministério das Relações Exteriores, atuou como assessora da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos, de 2021 a 2022, e atualmente está lotada no Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica.
Omã
Com 41 votos a favor, 6 contrários e uma abstenção, o diplomata Alfredo Cesar Martinho Leoni foi aprovado para o cargo de embaixador no Sultanato de Omã, conforme indicação (MSF 38/2023) relatada pelo senador Chico Rodrigues (PSB-RR). Leoni nasceu em Bauru (SP) em 1956 e ingressou na carreira diplomática em 1980. Já foi embaixador no Paquistão, no Afeganistão e no Tajiquistão e representou o Brasil na embaixada na Polônia até 2018.
Durante a sabatina na CRE, Alfredo Leoni afirmou que a presença da indústria mineradora brasileira, que atua no país asiático desde 2011, foi fundamental para a ampliação do mercado para o Brasil no Oriente Médio. Ele também apontou que uma de suas prioridades será garantir o avanço das exportações de minérios e de aves.
Trinidad e Tobago
Por fim, com 49 votos favoráveis, 3 contrários e 2 abstenções, foi aprovada a indicação (MSF 75/2023) da diplomata Maria Elisa Teófilo de Luna para embaixadora em Trinidad e Tobago. Também sabatinada nesta terça-feira, Maria Elisa esclareceu que pretende equilibrar a balança comercial com o Brasil, hoje amplamente superavitária para Trinidad e Tobago, e sugeriu avançar na exportação de frango, carne e produtos agropecuários.
Maria Elisa Teófilo de Luna ingressou no Instituto Rio Branco em 1980. Entre 2010 e 2015, a diplomata exerceu a função de embaixadora na capital do Senegal, Dacar. Maria Elisa também foi embaixadora em Acra, capital de Gana, de 2017 a 2022. Atualmente, atua como assessora no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Fonte: Agência Senado
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