A escalada da tensão no Oriente Médio e a importância da preservação de sítios históricos e culturais foram tema de um encontro do embaixador do Irã com a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) , Audrey Azoulay.
A agência da ONU, com sede em Paris, recebeu a visita do representante iraniano junto à UNESCO, Ahmad Jalali, nesta segunda-feira (6). Em nota, Azoulay destacou a universalidade de patrimônios culturais e naturais como vetores para a paz e o diálogo entre os povos.
A reunião ocorreu dias após uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre 52 alvos do Irã que poderiam ser alvejados em caso de retaliação à morte do líder militar máximo do país, Qasem Soleimani.
O general iraniano foi morto num ataque norte-americano ao aeroporto de Bagdá, na semana passada.
Em nota, divulgada após o encontro, a diretora-geral da UNESCO relembrou a Convenção para Proteção de Propriedade Cultural em Caso de Conflito Armado, que data de 1972.
Ela também citou a Convenção para Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural. Com base nos dois documentos, Azoulay ressaltou que os mesmos foram ratificados pelos Estados Unidos e pelo Irã.
A Convenção, de 1972, estipula entre outros pontos que cada Estado “responsabiliza-se por não tomar medidas deliberadas que possam danificar diretamente ou indiretamente a herança natural e cultural (…) situada em territórios que são parte da Convenção”.
A chefe da UNESCO também mencionou os termos da Resolução do Conselho de Segurança 2347, adotada por unanimidade, que condena atos de destruição de patrimônios culturais.
Para ela, os patrimônios culturais e naturais são vetores para paz e diálogo entre os povos. E a comunidade internacional tem o dever de protegê-los e preservá-los para as futuras gerações.
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