O documento considera que, “até que esteja disponível hidrogênio verde suficiente, outras cores de hidrogênio também podem ser usadas, em particular, hidrogênio de baixo carbono de resíduos ou gás natural em conexão com CCS”.
E pontua que ainda faltam especificações para o hidrogênio azul, bem como os critérios em relação às suas emissões, mas que o governo trabalhará nisso.
A ideia do país é garantir a segurança de fornecimento no primeiro momento de alavancagem do mercado de hidrogênio por meio da complementaridade entre as rotas e, assim, alcançar a meta de neutralidade climática até 2045.
“Com a atualização da Estratégia Nacional de Hidrogênio, estamos estabelecendo a estrutura para uma nova fase no crescimento do mercado de hidrogênio”, declarou Robert Habeck, ministro da Economia e Ação Climática.
Maior parte será importada
A atualização da estratégia também duplica a meta para capacidade doméstica de produção de hidrogênio verde até 2030, de 5 gigawatts (GW) para 10 GW. Ainda assim, o país terá que importar até 70% do hidrogênio para atender sua demanda interna – o que incluiria o hidrogênio verde produzido no Brasil.
Por aqui, a Agência de Cooperação Alemã GIZ já anunciou um projeto para construção de uma planta piloto de hidrogênio verde e derivados a partir de resíduos da criação de suínos, no Paraná.
“Pelo menos 50-70% terão de ser importados”, disse Jochen Flasbarth, secretário de Estado do Ministério de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (BMZ) da Alemanha.
Segundo ele, a Alemanha irá focar no “cinturão solar” do mundo, ou seja, países com maior potencial de geração de energia eólica e solar para produção de hidrogênio verde.
Um dos pontos da estratégia é fortalecer a importação de hidrogênio de outros países por meio de instrumentos de financiamento como o Banco Europeu de Hidrogênio
Atualmente, a Alemanha tem parcerias nesta agenda com Brasil e países africanos como Marrocos, Namíbia, Tunísia, Argélia, e África do Sul.
Os países do Norte da África, especialmente, aparecem como potenciais grandes fornecedores de hidrogênio verde para a Europa.
Infraestrutura de transporte
Além do potencial de geração de energia renovável, eles possuem uma vantagem competitiva por conta da localização geográfica próxima ao continente europeu, o que possibilita a utilização dos gasodutos intercontinentais já existentes para a distribuição de hidrogênio, e a construção de novos gasodutos dedicados que poderiam se conectar à malha europeia.
A estratégia alemã prevê o desenvolvimento de 1.800 km de infraestrutura de hidrogênio até 2027/2028, e a adição de cerca de 4.500 km de gasodutos dedicados em toda a Europa (European Hydrogen Backbone).
Apesar disso, de acordo com o documento, a importação de hidrogênio e derivados será em grande parte feita por navios, pelo menos até 2030. E depois disso, os pipelines ganhariam destaque.
Neste curto prazo, o hidrogênio seria transportado via amônia, enquanto as importações via metanol sintético, LOHC (Liquid Organic Hydrogen Carrier) e hidrogênio líquido poderiam desempenhar um papel no médio e longo prazo, segundo a estratégia.
Fonte: epbr
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