“Pensemos nas nossas instituições mais bem consolidadas, como universidades ou organismos multilaterais, que surgiram no século XX: Banco Mundial, Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização das Nações Unidas (ONU), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Quando a gente quis criar uma reserva da biosfera em uma região do Brasil, foi preciso justificar para a Unesco por que era importante que o planeta não fosse devorado pela mineração. Para essa instituição, é como se bastasse manter apenas alguns lugares como amostra grátis da Terra. Se sobrevivermos, vamos brigar pelos pedaços de planeta que a gente não comeu, e os nossos netos ou tataranetos — ou os netos de nossos tataranetos — vão poder passear para ver como era a Terra no passado. Essas agências e instituições foram configuradas e mantidas como estruturas dessa humanidade. E nós legitimamos sua perpetuação, aceitamos suas decisões, que muitas vezes são ruins e nos causam perdas, porque estão a serviço da humanidade que pensamos ser.
(…)
Tem uma montanha rochosa na região onde o rio Doce foi atingido pela lama da mineração. A aldeia Krenak fica na margem esquerda do rio, na direita tem uma serra. Aprendi que aquela serra tem nome, Takukrak, e personalidade. De manhã cedo, de lá do terreiro da aldeia, as pessoas olham para ela e sabem se o dia vai ser bom ou se é melhor ficar quieto. Quando ela está com uma cara do tipo “não estou para conversa hoje”, as pessoas já ficam atentas. Quando ela amanhece esplêndida, bonita, com nuvens claras sobrevoando a sua cabeça, toda enfeitada, o pessoal fala: “Pode fazer festa, dançar, pescar, pode fazer o que quiser”.
Tem um monte de gente que fala com montanhas. No Equador, na Colômbia, em algumas dessas regiões dos Andes, você encontra lugares onde as montanhas formam casais. Tem mãe, pai, filho, tem uma família de montanhas que troca afeto, faz trocas. E as pessoas que vivem nesses vales fazem festas para essas montanhas, dão comida, dão presentes, ganham presentes das montanhas. Por que essas narrativas não nos entusiasmam? Por que elas vão sendo esquecidas e apagadas em favor de uma narrativa globalizante, superficial, que quer contar a mesma história para a gente?”
Não
existe maneira melhor de apresentar Ailton Krenak do que destacar alguns
trechos de “Ideias
Para Adiar o Fim do Mundo”, seu livro recém-lançado, tão sucinto quanto
direto. Essa provocação, como ele mesmo reconhece.
E
é uma provocação de quem tem muito a dizer. E o faz sem precisar gastar
centenas de páginas em exercícios repetitivos de mera demonstração intelectual
suspeita. Ailton Krenak é um dos grandes ativistas e pensadores indígenas que o
Brasil tem.
E
a mineração está ligada umbilicalmente com a história do seu povo, os Krenak,
que habitam o Rio Doce na altura de Governador Valadares (MG), o rio que foi destruído
pelo rompimento da barragem da Vale/BHP/Samarco em 05 de novembro de 2015.
Mais
de 600km de negligência até o Oceano Atlântico. Até hoje, tanto o rio quanto o
mar seguem tingidos daquele laranja tóxico dos rejeitos de mineração. “Rejeito”
é uma palavra adequada: tudo que é rejeitado pelas grandes mineradoras acaba poluindo
o meio ambiente de forma permanente, predatória, violenta.
Para
os Krenak, o Watu, que é como chamam o Rio Doce, não morreu. Está em coma. Um
coma induzido pela Vale. A mesma Vale que levava o Rio Doce no nome. Mas
retirou. É realmente uma contradição que a segunda maior mineradora do mundo,
presente em todos os continentes, estrela da Bolsa de Valores, leve no nome o
mesmo rio que ela deixou em coma.
No
estágio atual do capitalismo não cabe esse tipo de relação. A única poesia que
a mineração permite é aquela que registra as sequelas vitalícias como a que
Drummond registrou em seus poemas, ciente da destruição de sua terra natal,
Itabira, a mesma da Vale, da montanha transformada em cratera.
Ailton
Krenak sabe muito bem do que fala. Do seu depoimento histórico na Assembleia Nacional
Constituinte de 1987, resultado de uma mobilização que garantiu a demarcação de
terras indígenas, o direito à consulta prévia e boa parte das conquistas existentes
até hoje. Mas a Constituição, tão atacada e modificada desde então, também
segue sendo ignorada e transformada ao sabor dos interesses de políticos criminosos.
No
governo Bolsonaro, os povos indígenas vivem uma nova série de ataques. E a
mineração está no centro disso. Tanto a tentativa de autorizar a mineração em
terras indígenas, movimento que explicamos
aqui, quanto o discurso que move milhares de garimpeiros a invadir terras
indígenas e cometer todo tipo de atrocidade com o aval e a condescendência do
Estado.
Para
Ailton Krenak, é simples: não existe democracia no Brasil. Nunca existiu. O
Congresso é uma farsa dominada pelas grandes corporações. E quem elegeu
Bolsonaro e se diz “surpreso” agora deveria trabalhar para retirá-lo do poder.
Sem concessões, e com ótimos motivos para tal, Ailton Krenak e os povos indígenas não têm tempo a perder. E a mineração é parte central disso. Confira na entrevista.
Lee la versión en español
Observatório
da Mineração – Como viver sem o Rio Doce? Como aceitar a morte do Watu? Que
impacto isso tem na vida, na cosmogonia de um povo? Você fala que os indígenas
viraram refugiados em seu próprio território.
Ailton Krenak – Para os Krenak, o Watu não está morto. Ele
sofreu um dano irreparável, mas está em coma. É uma pessoa em coma. Talvez isso
ponha a gente num lugar diferente de quem teve uma perda definitiva de um ente
querido. Ele é insubstituível porque nós não admitimos que ele está morto. É
por isso que estamos na margem esquerda do Rio Doce velando o corpo daquele
parente nosso, o Watu, que é o nosso avô. Não no sentido genealógico, da
mesma maneira que as montanhas sao nossas parentes, o Watu também é.
Talvez seja difícil para os outros ribeirinhos, pra você que
nasceu na divisa com Minas, aquela região que foi afetada da mesma maneira.
Para muitos é possível sair dali e ir para outro lugar. Os Krenak não vão
sair dali. Mesmo que a Vale vá bombardear a aldeia pra tirar os Krenak de lá
eles vão resistir. É algo muito difícil para quem não vive isso entender. Pode
achar que é só uma pirraça dos Krenak que estão ali se ferrando na beira do rio
e arrumando confusão. Pode ser essa a ideia que alguém tem.
Um povo que tem outra perspectiva de existir não trata o rio como recurso. É diferente dos fazendeiros que usam o rio com objetivo econômico. Não dá mais resultado, eles vão embora. Abrem fazenda no Mato Grosso, vão botar fogo na Amazônia. Essa marcha desesperada de colonos entrando para a Amazônia, para Rondônia, queimando tudo, derrubando, além de serem liderados por um doido, eles não têm apego nenhum porque eles vão andar Brasil afora depredando o país e o território enorme que é o Brasil.
Esse sentimento de perda tem diferentes sentidos para cada um,
esses coletivos e comunidades que viveram o rio e agora por alguma razão estão
órfãos dele, exilados dele.
Essa condição de exilados no próprio território afeta umas 200,
300 mil pessoas no médio Rio Doce pra baixo, tem muita gente
que vive desse voucher da Vale, que eles dão para as pessoas comprar comida, se
hospedar. Essa situação de refugiado não é exclusiva dos Krenak. Os Krenak
estão falando isso. Nós estamos todos há quase 4 anos com esse sentimento de
ter sido roubado de uma maneira acintosa na cara de todo mundo e quem não foi
afetado diretamente tá vivendo sua vida, tocando pra frente, e o rio não valia
nada pra muita gente. Assim como o São Francisco, o Paraopeba, qualquer
outro rio.
Observatório – Como é ver isso se repetir agora em 2019 na
barragem de Brumadinho, na relação com a terra, nas políticas do atual governo?
Krenak – Essas populações, como os Pataxó da Bahia que estão em
Brumadinho, os quilombolas, ribeirinhos, os povos indígenas e algumas outras
comunidades que sempre viveram colados na terra, não sabem imaginar outros
mundos que não seja esse mundo cotidiano com a terra no sentido de extrair
alimento, o sonho, o sentido da vida, essas pessoas ainda precisam da terra com
saúde. É por isso que se debatem para não sair desse lugar.
Como o Brasil nunca conseguiu resolver esse negócio da terra, nem pros sem-terra, nem para os povos indígenas, nem pra ninguém, nós estamos agora nessa crise absurda de as fronteiras naturais do país serem invadidas de maneira vergonhosa, o mundo inteiro contando pra gente como se fôssemos um bando de imbecis destruindo o planeta.
E fica com essa imagem de que somos todos incompetentes, incapazes
de lidar com esse território.
Essa coisa está muito mais escrachada. Não se esqueça que esse
povo vestiu uma camiseta da seleção brasileira e foi pedir golpe, prisão,
invasão, se enrolaram na bandeira americana. Não é só esse cara que está na presidência,
uma boa parte de todo mundo andou com esse sujeito.
Os últimos 10 anos de política pública é visto como uma ameaça ao lugar de classe dos trabalhadores. Emprego como o conhecemos não vai existir mais. O tipo de trabalhador que sai direto do campo para a fábrica já acabou. Nossa sociedade está em conflito e não sabe para onde vai.
Observatório –
Você fala muito em não valorizarmos o conhecimento indígena, popular,
tradicional…que esses saberes não são respeitados – o fato de conversarem com
as pedras, de analisarem a montanha – em detrimento de uma ideia equivocada de
civilização.
Krenak – Essa visão está sendo corrompida, devorada. Uma parte
da população do Brasil não se reconhece aqui, pensa que vive em Miami. Por isso
se enrola na bandeira americana, abraça o Trump, tem essa idolatria toda por
qualquer coisa estrangeira, entrega o pré-sal, entrega tudo porque não imagina
outra coisa.
Eles estranham o pensamento de uma cultura mais profunda que
imagina um rio como seu avô, uma montanha como seu parente. Como Drummond, por
exemplo, que morreu chorando envergonhado da miséria do povo de Itabira que
cresceu só para receber os ingleses com a estrada de ferro sugando as montanhas
e transformando o pico (do Cauê) num buraco.
A
obra do Drummond foi inteira contra essa mediocridade.
Eu não acho que essa multidão de gente estúpida queira aprender alguma coisa com as montanhas e os rios. Eles estão querendo mesmo ir embora para Miami. É uma pena que já não tenham ido todos.
Observatório – A
mineração também está na gênese da exploração da América Latina, o ouro no
Brasil, a prata na Bolívia, o minério de ferro agora…como lidamos com essa experiência?
Krenak – Isso é parte do jogo de dominação do mundo. Eduardo
Galeano mostra no livro “As Veias Abertas da América Latina” que isso tem a ver
com a maquinação do capitalismo quando ele estava se estruturando para comer o
planeta e buscou sangue novo no tal do “Novo Mundo”.
Vieram arrancar prata, ouro, açúcar, tabaco, mão de obra escrava,
pedras preciosas para fazer seus templos e catedrais na Europa. Quando
terminou esse período de dominação da Europa sobre o resto do mundo vieram as
democracias e não mudou nada para a gente. Somos uma plataforma
extrativista para o mundo. Primeiro para a Europa e depois o resto do mundo.
Até a China está comprando territórios inteiros na América do Sul, na América
Latina. Nós estamos sofrendo a terceira onda de invasão.
Teve invasão europeia, depois desse capitalismo global do final
do século passado e agora estamos sendo triturados por essa fúria do
capitalismo financeiro do primeiro mundo e não tem para onde correr não, é aqui
mesmo que vamos ficar. É por isso que os Krenak velam o corpo do rio na beira
do rio. Se tiver que brigar vamos brigar lá, não temos para onde correr não.
Observatório – Desde que Mario Juruna deixou o Congresso, em 87, um indígena não era eleito deputado federal. Somente em 2019, mais de 30 anos depois, a Joenia Wapichana (Rede-RR) foi eleita. A que se deve essa demora?
Krenak – Nos dois casos, tanto quando o Juruna chegou a ocupar
um lugar no Congresso como deputado federal, ele foi eleito pelo RJ, não foi eleito
pelo povo indígena. Até agora com a surpreendente eleição da nossa querida
Joenia Wapichana nós temos uma incidência da presença de sujeito indígena
como sujeito coletivo expresso nos dois que é uma extravagância dentro daquele
parlamento que só tem sujeito no sentido privado. Lá não tem nenhum
deputado representando qualquer coletivo, representam a si mesmo.
Aquele
não é um lugar de índio.
A Joenia e o Juruna são dois estranhos no ninho. Um ninho
inclusive onde tem muito pouca chance de sobreviver e fazer outra coisa além de
pontuar uma presença mostrando que no Brasil também tem povos indígenas. É para
isso que o Juruna passou por lá e a Joenia também.
Não tem nenhuma possibilidade de uma parlamentar alterar as
tendências da Câmara ou do Senado. Eles estão lá por outra coisa, não para
fazer política institucional, partidária. Essa política partidária está
morta.
Eu não acho que devia ter mais indígenas lá no Congresso não. Quem faz diferença lá é a bancada BBB (boi, bala e bíblia). São blocos de interesse, lobby, imagina se um parlamentar vai fazer diferença. Não temos chance não.
Observatório – O
governo tem demonstrado esse interesse em aprovar o PL do Jucá dos anos 90 e
abrir as terras indígenas para a mineração….que impacto isso pode ter?
Krenak
– A regulamentação daquele princípio que tá na Constituição de que condiciona a
consulta ao Congresso e uma série de outros procedimentos para autorizar a
mineração em TIS independe do fato real de que a Amazônia está sendo
depredada, invadida, destruída e de que esses governos corruptos estão fazendo
lobby no mundo inteiro para trazer as transnacionais para ocupar a Amazônia.
Essa é a questão.
A
disputa que temos hoje não se limita a um procedimento de regulamentar qualquer
preceito constitucional. Enquanto eles fingem que estão respeitando a questão
legal, o garimpo, a invasão das terras indígenas é um fato. O Congresso pode
ficar discutindo mais 10 anos, quando terminar o debate as Terras Indígenas foram
todas invadidas. Essa é a questão real. Essa ilha da fantasia que é Brasília é
um faz de conta de tudo, não tem nada acontecendo.
Quando
esse homem irresponsável (Bolsonaro) solta uma dessas frases irresponsáveis ele
despeja 10 mil, 30 mil garimpeiros dentro de uma terra indígena. Ele lidera
um exército de zumbis que vai para onde ele manda. Gente que não sabe ler o que
tá na Constituição.
Você pode pensar, “mas o Ailton está ignorando qualquer
regulação sobre a vida pública do país”. É a realidade que tá mostrando que a Amazônia
ta queimando, destruindo tudo enquanto fica um bando de gente na comissão de Direitos
Humanos ou Meio Ambiente no Congresso discutindo.
É uma armadilha ficarmos presos nos corredores fantasmas do Congresso enquanto na realidade aqui fora o pau tá quebrando. Nós não temos democracia, isso é bobagem. Esse negócio de democracia no Brasil é brincadeira. O estado de Direito real está agredido pela prática. Na prática eles governam do jeito que querem, não respeitam Constituição nenhuma não.
Observatório – Nossa
Constituição, da qual você fez parte da formulação, já foi “emendada” e atacada
diversas vezes. O que representa esses ataques constantes à Constituição
brasileira?
Krenak – Nelson Jobim quando era ministro do FHC foi deputado,
senador, virou ministro da justiça do Fernando Henrique. Ele foi a primeira
autoridade pública de alto escalão desses governos que pegou o capítulo dos
índios na Constituinte já em 1995 rasurou ele com uma resolução que criou
aquele marco que foi o
pretexto para criar o Marco Temporal. Ele relativizou a Constituição em 95 e
todo mundo fingiu que não viu.
Teve toda a tragédia da Raposa Serra do Sol, enquanto isso ele
virou ministro do Supremo, um superministro, vitalício, o prêmio que ele ganhou
do Sarney, do Jucá, dos caras que sempre foram donos de todo o garimpo da Amazônia
e continuam sendo. Estes sujeitos que entraram agora continuam sendo associados
daqueles que sempre foram os donos. O garimpo sempre teve dono e eles sempre
estiveram mandando no Brasil. Desde o garimpo de sentido precário de invasão
seja na Vale, Samarco e BHP.
Observatório –
Das 1.296 terras indígenas existentes no Brasil, no entanto, apenas 31% estão
demarcadas. Bolsonaro foi eleito prometendo não demarcar mais nenhuma terra
indígena. Agora, diante da crise de queimadas na Amazônia, pesquisa mostra que
mais de 90% da população considera a preservação importante. Por que há esse
descompasso entre o processo eleitoral e o que as pessoas realmente desejam?
Krenak – Eu não acho que eles (a turma do Bolsonaro) enganaram
os 57 milhões de votos que tiveram a favor. Eles eram o que essa gente queria.
Parece que só os caras que estão na quadrilha é que estão errados.
Esse bando de puxa-saco e milhões de pessoas são inocentes. Não são não, uai. São
corruptos também. São responsáveis também.
Que negócio é esse: você coloca um cara para destruir o país e
depois fica se fazendo de bobo, que foi vítima?
Esses milhões de pessoas que vestiram camisa amarela e foram pra
rua xingar, esculhambar e botar esses caras no governo tinha a obrigação de
tirar eles agora. Ele não fez nada sozinho não e ainda tem muito idiota por aí
que tá aplaudindo.
Observatório
– Em poucos meses de governo já tivemos manifestações consideráveis de povos
indígenas, pela educação, pela Amazônia. Como
resistir em um tempo de fascismo institucional que ameaça francamente os povos
indígenas, a natureza e, por consequência, todos nós?
Krenak – Essa resistência está crescendo. E nós demos uma sorte
imensa desse governo ser tão estúpido que provocou uma crise internacional e expõe
o risco que esse país seja ocupado por estrangeiros para destituir um governo
que ninguém aceita.
A gente começar a sofrer boicote, isolamento internacional e podemos
ter esse ultimato dizendo que se não mudar, as forças internacionais vão ocupar
isso aqui. Você tem dúvida de que existe esse risco? Às vezes tenho a impressão
de que é isso que o Trump tá querendo. Está manipulando esses trouxas no
governo para criar uma crise. O Brasil é muito grande e não é para iniciantes,
como diria o Tom Jobim.
Esses caras ficam achando que podem manipular um país desse
tamanho, estão querendo demais. Tem muitos interesses contraditórios. Essas
mobilizações da sociedade nos dão a esperança de que não vamos ficar calados
diante de tanto abuso, só isso. Mas talvez ainda seja muito pouco para pedir
impeachment e levar ao tribunal essas quadrilhas que estão abusando da
Constituição.
O post Ailton Krenak: “não existe democracia no Brasil e estamos sofrendo a terceira onda de invasão” apareceu primeiro em Observatório da Mineração .