Essa foi uma semana pra conferir o que anda acontecendo em Itu quando o assunto é ela: a gloriosa H2O
Na última quinta feira, alguns hackativistas da Baia Hacker, junto com os alunos do curso de Biologia do CEUNSP, participamos de uma visita técnica à Fazenda Capoava, onde pudemos conhecer um projeto de reflorestamento que pretende plantar cerca de 400. 000 mudas florestais nativas nas imediações.
Boa parte dessas mudas já estão no chão, algumas com até 2 anos de idade e já criando um belo sombramento de solo.
A técnica utilizada pela empresa Bioflora foi o Reflorestamento linear com espaçamento 2X3 m, diversidade de duzentas e poucas espécies de Mata Atlântica, controle de insetos e gramíneas invasoras com uso de agroquímicos e uso de máquinas nas áreas mais planas.
Nas famosas “stone lines” do Prof. Ab Saber, que cruzam uma parte da fazenda, o jeito foi plantar com matraca mesmo (um plantador manual). Uma dificuldade a mais nesse trecho do reflorestamento, foram as cascavéis nas pedras, segundo os membros da equipe executora do plantio.
Algumas técnicas agroecológicas também foram utilizadas no plantio como Adubação Verde (muito feijão guandu florido e jataís) e cobertura do solo com a palha da roçada.
O projeto conta com o apoio técnico da ESALQ e as despesas de implantação estão sendo custeado pelos proprietários das fazendas envolvidas.
O reflorestamento permanente realizado ali está acoplado à outras frentes de reflorestamento, estes visando uso e comercialização de espécies madeireiras como o Angico.
Outra novidade acoplada ao empreendimento é um proposta de criação de um condomínio de alto padrão em uma grande faixa de uma das fazendas. Na concepção dos idealizadores o parcelamento seria de 10.000 m² e cada proprietário teria uma área florestada nos fundos para uso privado.
Todas essas intenções precisam ser analisadas no viés tanto do Plano Diretor Municipal quanto das legislações Estaduais (APA C.C.J.) e Federais (Código Florestal).
Toda essa região abriga atributos históricos, cênicos e paisagísticos sensacionais e os interesses envolvendo o Manancial do Ribeirão Piraí (o principal atributo a ser preservado) vão de projetos de barragem para abastecimento regional à iniciativas de reinvenção florestal, exploratórias ou não!… Muita água pra rolar?
E a quinta atual abriu com o início do evento Lab de Águas promovido pela Brasil Kirin e Aoka Labs. Uma das atividades da agenda foi uma visita à casa da minha mãe onde implantamos uma captação de água da chuva com sistema de filtragem e tratamento de água.
Foi legal poder demonstrar isso para os grupos. O grande desafio foi manejar a fauna doméstica presente que nunca tinha estado em contato com tanta gente. Algo como 12 pessoas e um monte de bichos num quintal pequenininho viram milhões.
Nós que não somos tantos, também podemos fazer conversas de água quando quisermos, afinal sempre haverá mais uma Lab-Aldeia Mitotes pros purão de coração!
Pra água continuar circulando!
PS: Ontem o prefeito de Itu declarou intervenção na concessionária Águas de Itu. Mais do mesmo, é método já na privataria à qual estamos acostumados. Mas nem merece estragar nosso mundo-bolha comentando estes assuntos.
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