A barragem que contém a maré foi danificada no começo de outubro. Desde o começo da semana, os índices de salinidade da água baixaram
Imagem Ilustrativa
Depois de quase um mês dos moradores recebendo água salgada nas torneiras, os níveis de salinidade voltaram aos parâmetros normais nesta semana. Na segunda-feira (2), a primeira análise satisfatória apontou 295 miligramas de sal por litro de água. Antes da barragem, por onde a maré chega, os níveis de sal eram de 5.875 mg/l, o que mostra uma contenção de cerca de 94% do sal.
O nível de salinidade considerado apropriado para o consumo humano é de 250 mg/l. Nesta quinta-feira (5), às 11h, a análise apontou 205 mg/l. No dia 15 de outubro, a salinidade atingiu o pico de 3.725 mg/l.
A água salgada foi causada por um dano em uma estrutura da barragem, que contém a maré, no dia 13 de outubro. Segundo o Semasa (Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura), os consumidores ainda poderão perceber sal na água por até dois dias, em virtude desta água já estar na rede, em reservatórios ou caixas d´água.
Os trabalhos de recuperação da barragem continuam, com mergulhadores especializados. Placas metálicas e sacos de areia com argamassa estão sendo colocadas no fundo do rio.
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Água dos pontos de distribuição é própria para consumo
Uma preocupação do morador é a qualidade da água nos pontos espalhados pelo município. O Semasa garante que toda água distribuída atende aos critérios estabelecidos pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente).
Segundo a autarquia, em nenhuma análise foi constatada contaminação por coliformes. A pedido e com supervisão do engenheiro químico do Semasa, José Adriano Kielling, o Semasa contratou laboratórios para atestar a qualidade. “Podemos garantir à população que água segue todos os padrões de potabilidade e é totalmente segura para o consumo”, garante.
A água que abastece os pontos de distribuição é coletada em dois poços subterrâneos, na Praia Brava. “Por serem aquíferos, água com movimento, não há risco de contaminação”, explica Kielling.
Os poços também passaram por análises e o laudo, elaborado por um geólogo, atesta que estão de acordo com as normas do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), do Ministério de Minas e Energia.
Após a coleta dos poços, a água passa por tratamento de cloro, no mesmo local, em cumprimento à portaria do Ministério da Saúde, de 2011, já que será armazenada para consumo humano, como forma de assepsia e prevenção. Os caminhões-pipa e as caixas d´água são esterilizados.
Pontos de distribuição de água continuam nos próximos dias
Nos próximos dias, o Semasa continua com 44 pontos de distribuição de água potável. Hospitais, asilo, o complexo prisional e outras instituições públicas são mantidas com caminhões-pipa.
Além disso, nesta quinta-feira (5), caminhões-pipa circularão pelos bairros para distribuir água para consumidores que têm dificuldade de locomoção até os pontos fixos. A retirada da água poderá ser feita com galões ou outros recipientes, sem limite por pessoa.
Emissão das faturas está suspensa
Desde o dia 16 de outubro, a emissão das faturas de água está suspensa. O consumidor que recebeu a fatura em casa ou emitiu pelo site ou totem de autoatendimento, deve desconsiderar a cobrança.
Após a conclusão dos trabalhos na barragem e a normalização dos índices de sal, o Semasa vai realizar os cálculos de desconto e definir os novos prazos de vencimento. Um projeto de lei da Prefeitura deve ser encaminhado à Câmara de Vereadores, autorizando o desconto nos dias em que o fornecimento de água foi fora dos padrões de potabilidade. Para conceder isenções tarifárias públicas é obrigatório, por lei, ter autorização do legislativo.
Ressarcimentos de peças danificadas pela salinidade
Para o ressarcimento de danos causados pela salinidade, o consumidor deve procurar o atendimento do Semasa. No caso de resistências de chuveiros, o cliente deve enviar foto da peça estragada, mostrando claramente o dano, ou trazê-la presencialmente, para que a equipe do Semasa registre as imagens. Também são necessárias fotos ou cópias da nota fiscal da compra da nova resistência, com número e data legíveis e dos documentos pessoais do consumidor, incluindo o número do CPF.
No caso de outros equipamentos comprometidos, como chuveiros, também é preciso trazer laudo técnico que indique que o dano ocorrido foi causado diretamente pela água salgada. O custo de elaboração do laudo pode ser incluído no cálculo da indenização.
Como regra geral, o ressarcimento é feito por meio de desconto na fatura de água.
Fonte: ND Mais.
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