O ano é 2018, com o recém finalizado processo eleitoral dos níveis federal e estaduais, a participação das mulheres no cotidiano político ainda reflete a fragilidade da igualdade de gênero no cenário brasileiro, representando apenas 10% do legislativo eleito, mesmo representando pouco mais de 50% da população brasileira. As mulheres ainda possuem uma remuneração 30% inferior do que ao dos homens, chegando a 40% menor no caso de mulheres negras considerando a remuneração dos homens brancos. Apenas alguns dados básicos, amenos, considerando que o Brasil é o 90º colocado quanto a desigualdade de gênero, sendo o 5º pais no ranking de feminicídio.
Necessária a discussão sobre ações efetivas em que viabilizem a maior participação das mulheres no cotidiano político brasileiro, bem como a promoção da igualdade no ambiente corporativo, neste cenário, a Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, ao longo das atividades do Programa de Especialização em Desenvolvimento Sustentável e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promove a discussão alinhada a Agenda 2030, da iniciativa “Cidade 50 – 50”, com a participação de representantes da ONU Mulheres, fomentando as discussões da Igualdade de Gênero (ODS-5) dentro da perspectiva do Desenvolvimento Local (municipal ou regional), sendo um importante momento de reflexão, em uma turma com universo de 100 indivíduos, com 56 destes sendo de mulheres que lutam diariamente em seus territórios locais em prol do desenvolvimento humano de forma digna e igualitária.
Como homem, me cabe a responsabilidade de não replicação de comportamentos patriarcais (em vigília diária de comportamentos cultural e socialmente arraigados) e dar publicidade das discussões realizadas pelas mulheres brasileiras.
Pensar localmente, agir localmente.
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