A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) parabeniza a Universidade Federal do Pará (UFPA) pela inclusão de um processo seletivo direcionado às pessoas refugiadas, imigrantes, asilados, apátridas, vítimas de tráfico humano e outros estrangeiros que estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
De acordo com a responsável pelas atividades do ACNUR no Pará, Janaína Galvão, o Processo Seletivo Especial (PSE) Migre está alinhado com a Estratégia de Educação 2030 do ACNUR, que “busca assegurar que pessoas refugiadas tenham acesso ao ensino superior e que suas necessidades específicas de aprendizado sejam trabalhadas por meio de soluções locais inovadoras”, afirmou.
Por meio desta iniciativa, segundo Galvão, a UFPA permite que “pessoas refugiadas tenham a oportunidade de estudar em uma instituição de ensino pública e de ponta, lado a lado com colegas brasileiros. Isso promove diretamente a integração local e a coexistência pacífica”, explicou.
Em junho deste ano, o ACNUR foi convidado pela UFPA para participar da discussão sobre a criação do edital para o Processo Seletivo Especial Migre.
Para a relatora que analisou e emitiu o parecer técnico sobre esse primeiro edital do concurso, Jane Beltrão, este processo seletivo “traz consigo a tentativa de afastar os receios e o ódio que a xenofobia, o preconceito, a discriminação e o racismo promovem”.
Como participar do Processo Seletivo Especial Migre
O concurso PSE MIGRE não terá exame específico, nem prova e prevê duas vagas para cada um dos 187 cursos oferecidos pela UFPA. Para participar, os candidatos precisarão comprovar que fazem parte deste grupo beneficiado.
A seleção funcionará com base na análise documental realizada por uma comissão especial nomeada pela UFPA. As pessoas que concluíram o ensino médio ou cursaram o ensino superior no Brasil não poderão candidatar-se às vagas.
Projetos de extensão
Outro assunto relevante a ser discutido é a inclusão de projetos de extensão que contribuam para a adaptação desses estudantes – como os que já são oferecidos para os estudantes quilombolas e indígenas – e da oferta de acompanhamento pedagógico, atendimento jurídico e serviços de saúde enquanto cursam a graduação.
Para Janaína Galvão, “a extensão é um dos principais meios de impacto na proteção e integração local de pessoas refugiadas”.
Você encontra o post ACNUR celebra abertura de vagas para refugiados na Universidade Federal do Pará diretamente na fonte ONU Brasil