O Conselho de Segurança da ONU enfatizou nesta quinta-feira (9) a necessidade de resolver o impasse político em curso no Haiti entre o presidente Jovenel Moïse e um crescente movimento de oposição.
Os membros do Conselho de Segurança emitiram um comunicado descrevendo a necessidade imediata de as partes se envolverem em um diálogo inclusivo e aberto para formar um governo que responda às necessidades da população.
Além da instabilidade política, o Haiti também enfrentou escassez de combustível, escândalos de corrupção e outros desafios, levando cidadãos a protestar nas ruas.
“Os membros do Conselho de Segurança recordaram a necessidade de o governo do Haiti abordar as causas subjacentes da instabilidade e da pobreza no país. Eles pediram a todas as partes interessadas que se abstenham de violência e resolvam diferenças através de meios pacíficos”, afirmou o comunicado.
Eles enfatizaram ainda a necessidade urgente de lidar com a deterioração das condições humanitárias no país, com o apoio da ONU e da comunidade internacional.
Projeções recentes do escritório de assuntos humanitários da ONU, OCHA, mostram que o número de haitianos que não têm o suficiente para comer deve ultrapassar 4 milhões este ano, ante 3,7 milhões em 2019.
O Conselho de Segurança também pediu ações para combater os recentes picos de violência, acrescentando que os responsáveis devem ser responsabilizados.
Eles fizeram referência especial ao massacre de novembro de 2018 de civis no bairro de La Saline, na capital, Porto Príncipe, e ao assassinato de cerca de 15 pessoas um ano depois, em confrontos armados no distrito de Bel-Air.
Os membros do Conselho também instaram as partes interessadas haitianas a continuarem a aproveitar o recém-criado Escritório Integrado da ONU no país, que trabalha para fortalecer a estabilidade política e a boa governança.
O escritório, conhecido pelo acrônimo francês BINUH, entrou em operação em outubro, após o fim de 15 anos de operações de manutenção da paz da ONU no Haiti.
No próximo sábado, o país lembra 10 anos desde que um terremoto devastador destruiu a capital e matou mais de 200 mil pessoas, incluindo 102 funcionários da ONU.
Foi um dos dez terremotos mais mortais da história da humanidade, de acordo com um relatório recente do OCHA.
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