Cetesb utiliza drone com câmera térmica para localizar e auxiliar no resgate de capivara ferida

Uma operação conjunta realizada em Itapetininga, interior de São Paulo, na segunda quinzena de agosto, contou com o apoio da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que empregou um drone equipado com câmera térmica para localizar um bando de capivaras e auxiliar no resgate de um animal ferido por um anel metálico preso ao corpo. A ação reuniu representantes de diferentes órgãos públicos e ativistas da causa animal.

Mobilização interinstitucional

A situação veio à tona após moradores identificarem nas redes sociais um exemplar do grupo de capivaras que habita os arredores da cidade com um objeto metálico preso ao corpo, provocando ferimentos. Apesar da repercussão nas mídias sociais, com diversos registros em fotos e vídeos, as autoridades estaduais e municipais não foram acionadas de imediato para adotar as medidas necessárias.

Diante do caso, a vereadora Delegada Juliana Nunes mobilizou a Polícia Militar Ambiental, técnicos da Cetesb e ativistas da causa animal para localizar o bando durante o período noturno – horário em que as capivaras costumam sair em busca de alimento.

Tecnologia a serviço do meio ambiente

O uso da câmera térmica se mostrou fundamental para o sucesso da operação. Durante o sobrevoo, o drone da Cetesb identificou a localização exata do bando, que estava concentrado em uma área próxima a um barramento do Ribeirão dos Cavalos. A tecnologia permitiu mapear o habitat dos animais e orientar a equipe em terra.

Conscientização sobre fauna urbana

O caso evidencia a importância da comunicação eficaz entre a população e os órgãos competentes em situações que envolvem fauna silvestre em áreas urbanas. Embora as redes sociais tenham sido importantes para dar visibilidade ao problema, a demora no acionamento das autoridades poderia ter agravado o estado da capivara ferida.

Durante a operação, também foram registrados outros animais nativos ao longo do Ribeirão dos Cavalos, reforçando a riqueza da biodiversidade local e a necessidade de preservar os habitats naturais que coexistem com a área urbana de Itapetininga.

A ação é considerada um exemplo de cooperação bem-sucedida entre poder público, sociedade civil e tecnologia aplicada à conservação ambiental, estabelecendo um modelo que pode servir de referência para situações semelhantes no futuro.