PRESS RELEASE
Recurso lançado nesta quarta-feira (4/6) pelo Observatório do Clima facilita a pesquisa de emissões de gases de efeito estufa por biomas, estados e municípios nas últimas três décadas – de 1990 a 2023. A funcionalidade já está disponível no site do SEEG , o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do OC. Basta escolher o tipo de localidade para visualizar online uma análise automatizada, com textos, gráficos e tabelas.
“Entender por quais fontes os gases estufa são liberados na atmosfera é o primeiro passo para que gestores públicos, empresas e pesquisadores possam ajudar a direcionar ações mais eficazes contra o aquecimento global e evitar os piores cenários”, afirma David Tsai, coordenador do SEEG. “A nova ferramenta ajudará também a levar conhecimento para escolas e as pessoas, ampliando a compreensão do desafio climático.”
O SEEG foi a primeira iniciativa nacional de produção de estimativas anuais para toda a economia. Lançado em 2012 e incorporado ao Observatório do Clima em 2013, é uma das maiores bases de dados nacionais sobre emissões de gases estufa do planeta, compreendendo as emissões brasileiras de cinco setores: Agropecuária, Energia, Mudança de Uso da Terra, Processos Industriais e Resíduos.
Em 2021, representantes do governo de São Paulo firmaram a primeira parceria para utilização dos dados do SEEG no desenvolvimento de políticas públicas. Dois anos depois, outros seis estados passaram a usar as estimativas para lidar com suas fontes de emissão: Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraíba e Rio de Janeiro.
Amanda Rodrigues, coordenadora de mudanças do clima da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, diz que os dados do SEEG têm sido fundamentais para o fortalecimento da política climática do estado do Rio de Janeiro. “Em especial, para o Plano de Descarbonização, que chamamos de Rio Clima-Mitigação. Ele está em fase de elaboração e utilizará o inventário do SEEG na construção dos cenários de descarbonização. As estimativas também embasam o Programa Ambiente Resiliente, por meio do qual municípios do estado receberão apoio na estruturação dos seus planos climáticos.”
Hans Ungar Neto, diretor de programas e projetos da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, ressalta que o trabalho com o SEEG tem dado ao estado uma base sólida para se entender melhor o perfil das emissões e formular políticas públicas. “Assim, podemos planejar com mais precisão a transição para uma economia de baixo carbono, alinhada aos desafios atuais e futuros. Os dados são confiáveis, aplicáveis e moduláveis, extremamente importantes para elaboração e avanço nos instrumentos da política de mitigação da mudança do clima”.
Renata Araújo, superintendente de qualidade ambiental e mudanças climáticas da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, considera o novo recurso um avanço para a gestão da informação climática no Brasil. “Em Minas Gerais, o SEEG é uma ferramenta de suporte técnico-científico fundamental no fortalecimento das políticas públicas de mitigação das mudanças climáticas. A disponibilidade desses dados, sempre atualizados, transparentes e geograficamente desagregados, tem sido indispensável para subsidiar o monitoramento do nosso plano de ação climática.”
Carina Dolabella, chefe da Assessoria de Mudanças Climáticas da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, o primeiro estado a firmar parceria com o SEEG, ressalta que as informações permitiram o desenvolvimento do plano de ação climática de São Paulo e, agora, contribuirão com sua revisão. “Esses dados vão ser integrados à revisão do nosso plano de ação climática e na estruturação do nosso sistema de monitoramento, relato e verificação, que envolve diversas instituições. As fichas de territórios contribuem para isso, ao permitir uma leitura mais acessível e focada nos territórios.”
A metodologia do SEEG foi publicada em 2018 no periódico Scientific Data, do grupo Nature, e segue as diretrizes do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Atuam nos levantamentos pesquisadores do IPAM (Mudança de Uso da Terra), Imaflora (Agropecuária), IEMA (Energia e Processos Industriais) e ICLEI (Resíduos). O SEEG é apoiado financeiramente por Climate and Land Use Alliance, Instituto Clima e Sociedade e Global Methane Hub.
Sobre o Observatório do Clima (OC) – Fundado em 2002, é a principal rede da sociedade civil brasileira sobre a agenda climática, com 133 integrantes, entre ONGs ambientalistas, institutos de pesquisa e movimentos sociais. Seu objetivo é ajudar a construir um Brasil descarbonizado, igualitário, próspero e sustentável, na luta contra a crise climática. O OC publica desde 2013 o SEEG, a estimativa anual das emissões de gases de efeito estufa no país.
Informações para imprensa
Solange A. Barreira – Observatório do Clima
+ 55 11 9 8108-7272
O post Ferramenta facilita consulta de emissões por biomas, estados e municípios apareceu primeiro em OC | Observatório do Clima .
O post “Ferramenta facilita consulta de emissões por biomas, estados e municípios” foi publicado em 04/06/2025 e pode ser visto originalmente na fonte OC | Observatório do Clima