O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estudam criar um observatório com a presença de líderes do movimento jovem brasileiro para monitorar o estabelecimento das metas da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) em relação à juventude.
As duas instituições analisam a possibilidade de produzir materiais informativos sobre saúde sexual, reprodutiva e direitos, incluindo informações sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e HIV, com linguagem acessível e dinâmica.
O projeto Agenda Jovem é uma iniciativa da Fiocruz que atua diretamente com redes, grupos e movimentos juvenis em vários estados do país. O coordenador do programa, André Sobrinho, explica que a mobilização de lideranças é extremamente importante para o sucesso das iniciativas.
“Queremos fomentar a pauta do direito à saúde e a defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) dentro do movimento jovem”, explicou, em reunião com o UNFPA, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (10).
Além do desenvolvimento de materiais para subsidiar as ações de promoção da saúde de jovens, o UNFPA e a Fiocruz estão fechando os detalhes da criação de um Observatório da Juventude, utilizando a rede de mobilização da própria Agenda Jovem.
“A ideia do Observatório da Juventude é monitorar as pautas relacionadas aos jovens com as quais o Brasil se comprometeu na Cúpula de Nairóbi, em novembro”, afirmou o pesquisador da fundação Marcos Nascimento.
Em Nairóbi, organizações da sociedade civil, integrantes de governos e membros do país inteiro se mobilizaram para refletir sobre os avanços conquistados nos últimos 25 anos e quais são os desafios que estão por vir.
Foi acordado que os esforços serão centrados na conquista de três zeros até 2030: zero necessidades de contracepção não atendidas, zero mortes maternas e zero violências e práticas nocivas contra mulheres e meninas.
O oficial de programa para Juventude e HIV do Fundo de População da ONU, Caio Oliveira, está otimista em relação à parceria. “O observatório será composto por diferentes representações da sociedade civil, academia e Fiocruz e terá um papel fundamental no acompanhamento da execução da agenda da CIPD e dos compromissos brasileiros assumidos na Cúpula de Nairóbi. Além disso, a produção de materiais vai ser muito importante para dar suporte ao nosso trabalho”, afirmou.
Você encontra o post Fundo de População da ONU e Fiocruz estudam criação de Observatório da Juventude diretamente na fonte ONU Brasil