A demanda pelos serviços do Centro e Rede de Tecnologia Climática (CTCN, na sigla em inglês) atingiu um recorde em 2019. O CTCN informou que os pedidos de assistência tecnológica apresentados pelos países em desenvolvimento aumentaram 240% nos últimos 12 meses .
Tendo em conta que os pedidos foram frequentemente apresentados em conjunto por vários países, o crescimento da demanda por suporte de tecnologia pode ser considerado ainda mais alto.
Em seu Relatório de Progresso de 2019, lançado no início de dezembro (2) na Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP25), em Madri, o CTCN apresentou tendências na demanda de tecnologia à medida que países em todo o mundo aumentam seus esforços de ação climática.
Entre esses países estão as Ilhas Cook, onde, como muitos pequenos estados insulares em desenvolvimento, o governo está trabalhando para identificar equipamentos, técnicas, conhecimentos práticos e habilidades necessárias para implementar sua Contribuição Nacionalmente Determinada (CND).
Para tal, o gabinete do primeiro-ministro do país, juntamente ao CTCN e a aliança entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Universidade Técnica da Dinamarca (DTU), estão conduzindo uma avaliação das necessidades tecnológicas nas Ilhas Cook para apoiar esse esforço.
Com base nesse processo, um roteiro das tecnologias prioritárias guiará o processo de transferência para uma resiliência climática reforçada e de desenvolvimento de baixo carbono na nação de 15 ilhas.
“Como anfitrião do Centro e Rede de Tecnologia Climática, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente se orgulha das soluções personalizadas e tangíveis fornecidas aos países em desenvolvimento, que apoiam a implementação de CNDs essenciais”, disse Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA.
Estabelecido pela Conferência das Partes, o CTCN conecta os objetivos tecnológicos dos países à expertise em nível internacional, fornecendo intervenções direcionadas que ajudam a criar ações transformadoras sobre a mudança climática.
O CTCN oferece suporte em um amplo espectro de necessidades tecnológicas, desde a identificação de prioridades, realização de estudos de viabilidade e pilotagem de tecnologias, até a criação de ambientes de políticas e regulamentações facilitadoras que auxiliam a expansão e o financiamento. O Centro recebeu 240 pedidos de 93 países.
“Para atender a essa demanda crescente, tomamos várias medidas para ampliar nosso suporte este ano. Concluímos nossa 100ª intervenção de assistência técnica, adicionamos nosso 500º membro da Rede e, por meio de nossos co-anfitriões credenciados, o PNUMA e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), submetemos nossa 25ª proposta de prontidão para consideração pelo Fundo Verde do Clima. Outras novas parcerias vitais serão anunciadas na COP25”, observou Rose Mwebaza, diretora do CTCN.
Cinquenta e dois por cento dos pedidos recebidos pelo CTCN visam à mitigação, enquanto 27% à adaptação, com uma forte ênfase na agricultura e na silvicultura. Vinte e um por cento dos pedidos afetam tanto a adaptação quanto a mitigação.
Juntos, o CTCN e o Comitê Executivo de Tecnologia formam a o Mecanismo Tecnológico da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC).
Sobre o CTCN
O Centro e Rede de Tecnologia Climática promove a transferência de tecnologias e a aceleração da transição para um desenvolvimento de baixo carbono, de eficiência energética e resiliente ao clima. O CTCN é o braço de implementação do Mecanismo de Tecnologia da UNFCCC e é hospedado e gerenciado pelo PNUMA e pela UNIDO.
Sobre o PNUMA
O PNUMA é a principal voz global em questões ambientais. Ele fornece liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a melhorar sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.
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