No dia 11 de abril de 2014 uma foto do doleiro Alberto Youssef com um aparelho de grampo na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), estampou as páginas de jornais e sites de notícias em todo o país. Nela, Youssef aparecia vestido com uma bata de manga comprida, barbudo, segurando um equipamento nas duas mãos, por trás do vidro que separa os presos das visitas.
“Cela de Alberto Youssef tinha escuta clandestina, acusam doleiro e seu advogado”, manchetou a Revista Veja ao publicar em primeira mão o registro feito do celular do defensor do doleiro, Luiz Gustavo Flores.
A Operação Lava Jato estava em sua fase inicial e naquele momento, Youssef, apontado como o cabeça de um esquema de lavagem de dinheiro na Petrobras, ainda não tinha firmado o acordo de delação premiada que levou à prisão de políticos e empresários, assinado em setembro daquele ano.
O doleiro foi detido na data em que a operação foi deflagrada, junto com outras 16 pessoas, em 17 de março de 2014. Segundo detalhou o agente federal Dalmey Fernando Werlang à Revista Piauí, naquele mesmo dia a escuta foi instalada por ele na cela de Youssef . Após onze dias na prisão, Youssef encontrou o aparelho.
Mais de 10 anos depois, em 20 de novembro de 2024, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, reconheceu a existência do grampo ilegal na cela de Youssef, “inclusive valendo-se de equipamento e petrechos pertencentes ao patrimônio da União Federal”. Em sua decisão, o magistrado deu publicidade aos depoimentos e documentos sobre o caso e os enviou à Procuradoria-Geral da República, Advocacia-Geral da União, dentre outras seis instituições.
Acusado de ter operado no esquema de lavagem de dinheiro junto a Alberto Youssef, Carlos Habib Chater disse que estava com Youssef quando este encontrou o aparelho de grampo na cela de número 5 da superintendência da PF em Curitiba. Chater era o dono do posto da Torre, em Brasília, que deu origem à Lava Jato e também foi preso no mesmo dia.
A reportagem da Agência Pública esteve com Carlos Chater um mês antes da decisão no STF, no dia 21 de outubro, por volta das 15 horas, em um café no térreo do shopping Venâncio, localizado no entorno do Posto da Torre. Chater, que está com 55 anos de idade, estava vestido com uma camiseta básica preta, calça jeans cinza claro, meias coloridas e um all star salmão claro. Ele está com o cabelo grisalho, mas aparenta um ar juvenil.
Em mais de duas horas de entrevista, ele contou como os presos da Lava Jato desconfiaram que estavam sendo monitorados, falou sobre a pressão que eles sofreram para fazer o acordo de delação premiada e o que mudou em sua vida após passar 17 meses na Casa de Custódia São José dos Pinhais (CCSJP), em Cristal (PR).
Rodízio de presos na cela de Youssef
Desde o primeiro dia de prisão na superintendência da PF em Curitiba, segundo Carlos Chater, os presos da Lava Jato desconfiavam que poderiam estar sendo monitorados. “A gente sempre cochichava nas celas todas”, recorda.
A desconfiança não era apenas relativa a um monitoramento na cela: segundo o autodenominado ex-doleiro, ele disse ter sido monitorado muito antes das autorizações legais. “Eu tenho certeza que a Polícia Federal me monitorou ilegalmente por muito tempo antes”.
Segundo ele, um rodízio de presos na cela onde estava Alberto Youssef fez com que a desconfiança aumentasse. “Era assim: quem sempre estava na cela [onde colocaram o grampo] era o Youssef. Então o Youssef era o peão que nunca saía dessa cela e todos eram movimentados para a cela do Youssef, mas o ‘rei’ era o Youssef. Eu saía, aí quem estava na minha cela ia para a do Youssef. Era feito um rodízio”, destacou Chater.
“Essa movimentação era muito estranha e eles estavam lidando com gente que sempre ficou com pulga atrás da orelha. E o Youssef, muito malandro, subiu…porque lá tem um teto aqui, mas tinha um segundo teto”, detalhou, gesticulando. “E tinha um buraco que era de umas luminárias e o Youssef botou a mão, puxou o equipamento e aí veio o equipamento todo”, acrescentou.
Chater contou que foi ouvido na primeira sindicância aberta para apurar o caso – denunciado à época pelos advogados de Alberto Youssef. “Eu fui chamado, todo mundo foi chamado, mas quem estava fazendo a sindicância era um policial federal. A gente pensou que não ia dar em nada, que essa história já tinha ‘morrido’”, ressaltou.
Agora, os documentos que recentemente vieram à tona, após decisão do ministro Dias Toffoli, revelam como a força-tarefa da Lava Jato agiu para ocultar os fatos envolvendo a escuta ilegal, e que poderiam ter invalidado a operação em sua fase inicial.
Duas sindicâncias foram abertas para apurar o caso. A primeira foi instaurada em 15 de abril de 2014 e conduzida pela superintendência da corporação no Paraná que comandava a Lava Jato junto à procuradoria do Ministério Público Federal no estado. Ela concluiu que o aparelho estava inoperante e teria sido colocado no local com autorização judicial, quando o traficante Fernandinho Beira-Mar ficou preso na mesma cela. Era mentira, segundo revelaram fatos posteriores.
Uma outra investigação foi instaurada, um ano depois, em 6 de maio de 2015, pela Corregedoria-Geral da Polícia Federal, em Brasília. Esta apuração desmontou a tese da primeira sindicância.
A perícia encontrou as mais de 260 horas de gravação no computador do agente da PF Dalmey Fernando Werlang, que admitiu ter instalado o equipamento na cela de Youssef. Apesar de concluir pela existência da escuta ilegal, a sindicância não conseguiu apontar os mandantes e a investigação foi arquivada pelo MPF.
A defesa de Alberto Youssef só conseguiu ter acesso ao conteúdo das gravações recentemente, no último 4 de julho. Após apuração do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os advogados foram informados de que um HD com os áudios captados estava guardado na Secretaria Judiciária da 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada no auge da Lava Jato pelo hoje senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).
Com o material em mãos, os advogados do doleiro entraram com pedido no STF para anular o acordo de delação premiada feito por Youssef – o terceiro firmado pela força-tarefa da Lava Jato, após o operador de câmbio Luccas Pace Júnior e o do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que faleceu em 2022.
“Uma espécie de tortura”
Carlos Chater avalia que se Paulo Roberto Costa não tivesse firmado o acordo de delação premiada, Youssef também não teria falado e a Lava Jato não teria tomado as proporções que tomou. E, para isso, as pressões sofridas naqueles primeiros dias de detenção em Curitiba – incluindo o grampo – foram fundamentais.
Ele alega que Paulo Roberto Costa teria sofrido “tortura”, até decidir colaborar – em especial, Chater narrou como teria sido o dia em que Paulo Roberto Costa foi levado para uma solitária.
“Eles pegaram o Paulo Roberto às seis horas da manhã na Polícia Federal. Ele estava dormindo, acordaram ele”, contou, acrescentando: “Tiraram ele da cela, encostaram ele na parede com o rosto colado na parede. Colocaram aquele cinto na cintura, prenderam os braços dele e as mãos no cinto, com as algemas. Colocaram as algemas nas pernas e transportaram esse senhor, provavelmente, num camburão atrás. Ele chorava copiosamente. O choro dele dava para ouvir aqui em Brasília. E levaram ele para uma prisão onde deixaram ele em uma cela sozinho –– isso ele contou quando voltou depois de uma semana”.
Segundo Chater, Paulo Roberto Costa relatou ainda que tinha que puxar uma cordinha para receber a comida. “Me parece que ele ficou um, dois dias sem colchão para dormir. Uma coisa meio lá de trás, uma coisa louca”, destacou. Ao ser questionado se Costa teria passado por um tipo de tortura, Chater respondeu. “Tortura, pronto. Medieval”.
“Esse senhor voltou depois de uma semana muito magro mesmo. Eu vou exagerar, talvez uns 20 quilos mais magro. Ele, lógico, pirou. Mas ele voltou porque ele lá dentro falou que ia fazer a delação. Ele só voltou depois que eles ‘quebraram a espinha dele’, vamos dizer assim, e aí ele topou fazer a delação”, observa Chater.
“Quando ele [Paulo Roberto] diz que vai fazer [a delação] e ele chega na polícia federal completamente arrasado, o Alberto diz ‘eu também quero, já que ele vai fazer não tem porquê eu não fazer e me beneficiar’. E aí a coisa começou a tomar esse rumo”, destacou Carlos Chater.
Dia da prisão
No dia em que foi preso, Chater lembrou que estava acordado, como de costume, às três horas da manhã. “Ouvi os cachorros latindo diferente. E eu morava numa casa, meio que numa chácara, no Lago Norte. Era vizinho do Collor [ex-senador Fernando Collor]. E aí eu ouvi um som de sirene, mas eu imaginei que fosse uma ambulância, lá atrás. Passou um pouco de tempo – minha casa é térrea, onde eu morava – e eu ouvi ‘pá, pá, pá’, batendo no meu quarto, na varanda do quarto: ‘Polícia Federal’ já levantei e falei ‘deu ruim’”, contou.
“Quando eu abri a porta eu vi que tinha muita gente, com arma na mão, aquele estardalhaço. Devia ter umas 30 pessoas na minha casa; eu vi um movimento de helicóptero. Eles mexem em tudo, o que eles conseguem. Como a minha casa era muito grande, assim, o espaço, o delegado falou ‘Carlos, eu não sei nem por onde começar’”.
Já fazia algum tempo que estava desconfiado, pois a PF já o tinha chamado para prestar esclarecimentos sobre uma transferência feita à uma empresa indicada por Alberto Youssef. “Uma semana antes eu já tinha falado pro Alberto [Youssef] ‘tô sentindo que tem alguma coisa errada’”.
Pressão para delatar
Chater reconhece que era mais que um parceiro comercial de Alberto Youssef: diz que eram amigos. Conheceram-se entre 2004 e 2005, por meio de um amigo em comum e chegaram a ter casas vizinhas no litoral de Santa Catarina. “Somos amigos, era uma relação pessoal, falo com ele até hoje, às vezes”.
“Quando eu vi que Youssef era um cara que tinha liquidez, eu falei ‘bom, eu tenho oportunidade de comprar combustível mais barato, se eu tiver grana na mão’. Foi a fome com a vontade de comer porque o Youssef sempre precisava de dinheiro vivo. Chater defendeu que a prática não configura lavagem de dinheiro “porque era uma devolução de empréstimo”. “Que lavagem é essa? Não existe lavagem. Eu devolvia o dinheiro. Eu não cobrava nada por isso. Quem vai lavar sem cobrar nada?“.
Porém diferente de Youssef, ele nunca aceitou fazer delação. Chater conta que também sofreu muita pressão na PF para fechar o acordo de colaboração. Segundo ele, nos 45 dias que ficou preso em Curitiba, “era retirado da cela quase diariamente para fazer a delação”. Ele disse que os federais ameaçavam prender seus familiares – “pai, mãe, irmã e esposa” – de “mandá-lo para prisão comum”ou “o acusar de narcotráfico”.
A pressão era para que delatasse agentes públicos e políticos, de acordo com ele. “Eles falavam muito em agentes públicos, antes mesmo de políticos. A sanha deles era para agentes públicos. Não sei o que eles queriam dizer com agentes públicos. Depois, políticos, principalmente do PT”. Segundo ele, policiais diziam: “olha Carlos, eu tenho como liberar você em uma semana, mas eu preciso que você me dê alguns nomes, porque aí eu falo com o Sérgio Moro e você sai em uma semana”, contou.
A pressão também vinha da sua família, que queria vê-lo livre. Mas ele decidiu não delatar “porque não conseguiria conviver com isso”. “Isso é uma questão pessoal, porque eu fui criado assim. Entende? De onde eu vim, como, por onde eu passei… Muito novo eu saí da guerra [do Líbano] e vi algumas coisas… Eu não conseguiria, mesmo que eu tivesse alguma coisa para entregar. Por isso, o cantar da sereia, de sair com uma semana [da cadeia], aquilo não me falou nada. Mesmo sabendo que eu tinha um longo caminho para percorrer quando eu percebi que a arapuca já estava montada para mim”, justificou.
“Um homem melhor”
Segundo Carlos Chater, quando a PF percebeu que ele realmente não firmaria o acordo de delação premiada, ele foi enviado para uma prisão comum, onde ficou por 17 meses. “Cumpriram o que prometeram, me mandaram para a prisão comum, mas eu não achei ruim. Eu achava até melhor porque eu tinha rotina. Na federal entrava e saía gente o tempo todo”.
Condenado no âmbito da Lava Jato por crimes contra o sistema financeiro e associação criminosa, ele ficou 19 meses preso no regime fechado, sendo 45 dias na superintendência da PF em Curitiba e o restante no CDP de São José dos Pinhais. Ele ainda cumpriu 12 meses no semiaberto. “Eu me tornei uma pessoa melhor”, ressaltou.
“Na prisão eu não tinha com o que me preocupar, eu fazia exercício e lia muito, eu conseguia dormir, dormia bem”. Segundo ele, no período que ficou detido também mudou de convicções. “Entrei mais ao centro, saí mais à esquerda”.
Na prisão, passou por ao menos três revistas em que precisou ficar nu no pátio. “Passei por essa situação, de sair pelado, com a cueca na mão, ficar sentado no pátio, chovendo”, recorda. Ele disse que também presenciou uma rebelião na penitenciária.
Outras detenções
A prisão na Lava Jato foi a terceira de Carlos Habib Chater e a mais longeva. Chater lembra que quando foi preso em março de 2014, achou que seria como das outras vezes, “que ficaria no máximo dois dias detido”. As duas prisões anteriores foram em flagrante, segundo ele.
A primeira ocorreu nos anos 90 quando ele exercia admitidamente a profissão de doleiro. Na época, por causa da inflação, apesar da ilegalidade, o serviço do doleiro era uma prática comum; entre os clientes da sua empresa estavam policiais civis e federais, juízes, desembargadores e pessoas da alta cúpula do governo federal. O presidente Fernando Collor legalizou as casas de câmbio e a partir de então, seu negócio passou a operar com a autorização do Banco Central – ele chegou a contratar Cid Moreira como garoto-propaganda da sua empresa.
Após perder a concessão do Banco Central, ele foi acusado de fazer operações ilegais de câmbio, mas ficou preso por apenas dois dias, junto com o pai, Habib Salim El Chater. “Era uma outra época. Eu estava preso, eu saía da cela, telefonava pros meus clientes e fazia negócio de câmbio dentro da Polícia Federal, no corredor das celas”, recorda.
Foi nos negócios da família, liderados pelo pai, que Chater começou a trabalhar, aos 8 anos de idade. Aos 21, já tinha a Habib Câmbio e Turismo.
A segunda prisão de Carlos Chater aconteceu em 2008, no aeroporto de Brasília quando ele tentou viajar para o Líbano com 12,2 mil dólares. Ele ficou preso duas noites e três dias, acusado de evasão de divisas. Chater disse que seu voo tinha uma conexão em São Paulo e justificou à polícia que faria a declaração do dinheiro na capital paulista. Ele contou que, na ocasião, ficou preso na PF em Brasília junto com Fernandinho Beira-Mar.
“Quando eu fui preso em 2008, eu estava indo para o Líbano com o Salomão [cujo nome de batismo é Sleiman Nassim El Kobrossy]. A gente estava indo para colocar máquinas de vídeo-bingo. Teve uma época da minha vida que eu tive alguns bingos em Brasília, Goiânia e Anápolis. E aí começaram a fechar os bingos e na época eu falei, ‘vou pro Líbano. Vou levar umas máquinas pro Líbano’. E o Salomão conseguiu um esquema de eu mandar as máquinas por navio e entrar meio que…porque lá era meio proibido. Numa dessas viagens eu fui preso com aqueles doze mil dólares. Eu fui preso e ele também. Porque na mala dele tinham umas placas de vídeo-bingo”, afirmou.
Suspeitas de envolvimento com narcotráfico
Carlos Chater contou que anos depois fez uma operação financeira para Salomão , que também lhe causou problemas com a PF. Segundo ele, o amigo pediu que o então doleiro resgatasse um dinheiro no Brasil e o repassasse em espécie. De acordo com Chater, a pessoa que o amigo indicou para buscar o dinheiro no Posto da Torre tinha envolvimento com o tráfico, conforme apontou a PF posteriormente. “Eu não fazia ideia quem era esse homem, não o conhecia”, defendeu-se.
“Salomão me ligou e falou ‘Carlos, eu preciso trazer uma grana da Europa’. Falei ‘ok’, era o que eu fazia. ‘Quanto é?’ Cento e poucos mil euros, eu imagino. Estava na Holanda a grana dele. Eu peguei a grana, e falei, ‘em tantos dias eu te pago aqui no Brasil’. Quando eu estava com a grana dele, ou um pedaço, não me lembro, ele falou ‘Carlos, eu estou indo para o Líbano. Quando você tiver o dinheiro, você me liga, eu vou pedir para alguém passar e pegar’. Quando eu ligo para ele, ele falou ‘vai te procurar um cara chamado Renê’, que era conhecido do Salomão”, contou.
Segundo Chater, ele apenas pagou o cheque ao Renê que estava sendo monitorado por suspeita de tráfico de drogas. “Eu nunca lidei com tráfico. Tanto é que eles não conseguiram me acusar, ficaram meses”, se defendeu.
Em outubro de 2014 Renê foi condenado por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas a 14 anos de reclusão e Chater por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico a 5 anos e seis meses de prisão. Essa foi a primeira condenação da operação.
Lava Jato X Corrupção
Apesar de ter ficado preso e ser o primeiro alvo da Lava Jato, Carlos Chater tem uma visão surpreendente sobre a Força-Tarefa: ele diz que a operação foi importante para o país, no que diz respeito ao combate à corrupção, mas que, segundo ele, deu errado por conta das ilegalidades.
“A Lava Jato só comprovou o que todo mundo já sabia. Ela desnudou o que todo mundo já sabia que existia. Ela foi importante. Agora, a forma como ela foi conduzida, por um cara desqualificado, é que manchou tudo o que foi feito”.
Ele diz que, apesar de ter sido “prejudicado por ela”, não pode fechar os olhos para a corrupção nas estatais. “Esse loteamento das estatais para levantar uma grana para os partidos políticos precisa acabar”, defendeu.
“Então, ela [Lava Jato] foi importante. Claro que ela foi importante! Ninguém quer esse nível de corrupção que existe no Brasil”, concluiu.
Fonte
O post ““A gente cochichava”: dono de posto da Lava Jato fala sobre grampo ilegal na cela” foi publicado em 19/12/2024 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Agência Pública