Em outubro de 2024, vendas no varejo variam 0,4%

Em outubro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista avançou 0,4% na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, havia tido variação positiva de 0,6%. A média móvel trimestral variou 0,3% no trimestre encerrado em outubro.

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 6,5% em relação a outubro de 2023, 17ª taxa consecutiva no campo positivo. O acumulado no ano chegou a 5,0%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 4,4%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas subiu 0,9% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral cresceu 0,8%. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado teve alta de 8,8%, acumulando no ano alta de 4,9% ante o mesmo período de 2023 e de 4,3% em 12 meses.

Seis das oito atividades avançam na comparação com setembro

Em termos setoriais, houve predominância de taxas positivas, atingindo seis das oito atividades pesquisadas. Móveis e eletrodomésticos (7,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%) registraram taxas positivas. Já Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,5%) tiveram queda na passagem de setembro para outubro.   

No âmbito do comércio varejista ampliado, as duas atividades tiveram crescimento de setembro para outubro: Veículos e motos, partes e peças, com 8,1%, e Material de construção, com 0,7%.   

Sete atividades do varejo avançam frente a outubro de 2023

Em relação a outubro de 2023, sete dos oito setores investigados ficaram no campo positivo: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (16,1%), Móveis e eletrodomésticos (9,9%), Tecidos, vestuário e calçados (7,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,7%) e Combustíveis e lubrificantes (2,2%).

No campo negativo, ficou apenas Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,3%).

No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças obteve crescimento de 27,4%, Material de construção teve alta de 12,2% e Atacado especializado de produtos alimentícios bebidas e fumo caiu 5,8% em outubro de 2024, na comparação com outubro de 2023. 

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou apresentou aumento de 16,1% nas vendas frente a outubro de 2023, vigésimo ponto positivo consecutivo de crescimento (o último mês a registrar variações negativas na base interanual foi fevereiro: -0,5%). O setor teve a segunda maior influência no total do varejo, somando 1,6 p.p. de 6,5%. Em relação ao acumulado no ano até outubro, ao passar de 14,7% até setembro para 14,9% no mês de referência, a atividade mostra manutenção no ritmo de crescimento. Nos últimos 12 meses, o resultado de 13,3% até outubro de 2024 é maior em 0,6 p.p. ao acumulado até setembro.

O grupo de Móveis e eletrodomésticos apresentou crescimento de 9,9% no indicador de volume de vendas de outubro de 2024, comparado a outubro de 2023, após registrar variação de -0,2% na comparação de setembro de 2024 com o mesmo mês do ano anterior. O indicador acumulado do ano até outubro de 2024 apresenta ganhos de 3,9%, o que representa 0,6 p.p. acima do registrado até setembro (3,3%). Para os últimos 12 meses, até outubro o resultado foi de 3,6%, décimo sexto mês consecutivo a registrar ganhos.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados apresentou alta de 7,9% nas vendas frente a outubro de 2023 (-3,4%), sexto ponto não negativo consecutivo. No indicador interanual, dos dez meses apurados em 2024, apenas três apresentaram resultados negativos: fevereiro, com -0,5%;  março, com -0,9%; e -3,7% em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior. No ano, o acúmulo é positivo e crescente: 0,6% até julho, 1,2% até agosto, 1,5% até setembro e 2,1% até outubro. O mesmo cenário se apresenta para o acumulado dos últimos 12 meses: 0,9% até agosto, 1,3% até setembro e 2,2% até outubro.

No caso de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, houve alta de 6,3% em outubro de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, primeiro resultado positivo após dois meses registrando queda (-2,8% em agosto e -4,9% em setembro). No ano, até outubro, o setor acumula resultado de 1,7%, acima do estabelecido até setembro (1,2%). Para o indicador dos últimos 12 meses o cenário é similar, já que registra 3,0% até outubro, maior do que o acumulado até setembro de 2024 (2,0%).

O segmento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou seu sexto mês consecutivo de crescimento para o indicador interanual: 5,6% em outubro. Nos últimos 27 meses, inclusive, o único, no indicador interanual, a ter resultado negativo foi em abril de 2024 (-1,3%). O setor representa a maior contribuição dentre todos os oito setores, somando 3,0 p.p. do total de 6,5% do varejo em outubro. Com isso, no ano, o acúmulo é de 5,2% até outubro, mesmo valor até setembro. Nos últimos 12 meses, o acúmulo também é positivo até outubro (5,2%).

O grupamento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, apresentou alta de 4,7% nas vendas frente a outubro de 2023, totalizando nove meses de resultados positivos consecutivos. O setor apresenta recuperação em 2024, após sofrer com a crise contábil de grandes empresas do setor, o que afetou os resultados de receita assim como reduziu o número de lojas físicas no país ao longo de 2023. No ano, o acúmulo de ganhos, até outubro, é de 6,9%, enquanto nos últimos 12 meses o resultado também é positivo: 3,2%.

A atividade de Combustíveis e lubrificantes apresentou elevação de 2,2% nas vendas de outubro de 2024 frente a outubro de 2023, primeiro resultado positivo após cinco meses registrando quedas. Em termos de resultado acumulado no ano até outubro, ao passar de -2,4% até setembro para -2,0% no mês de referência, a atividade mostra diminuição no ritmo de perdas. O mesmo se dá em relação ao acumulado nos últimos 12 meses que, ao passar de -2,8% até setembro para -1,8% em outubro, demonstra arrefecimento na intensidade de perdas também para esse indicador.

Em relação ao setor de Livros, jornais, revistas e papelaria, houve queda de 9,3% nas vendas frente a outubro de 2023, contra -10,5% em setembro de 2024 frente a setembro de 2023. Para este indicador, o setor totaliza seis meses consecutivos de quedas. Ainda na leitura interanual, nos últimos 21 meses, apenas um registrou crescimento: abril, com 2,4%.  Em relação ao acumulado no ano, as perdas até outubro (-7,8%) têm intensidade similar do que até setembro (-7,7%). Em termos de resultado acumulado nos últimos 12 meses, o cenário também é de perdas: de -7,3% até setembro para -7,6% até outubro de 2024.

No varejo ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças apresentou crescimento de 27,4% nas vendas frente a outubro de 2023, décima oitava alta consecutiva e a segunda maior, em termos de amplitude no ano (a primeira foi em abril: 29,0%). A contribuição setorial ao cômputo geral do varejo ampliado foi a mais efetiva, com 5,0 p.p. do total de 8,8%. Em relação ao acumulado do ano, o indicador registra ganhos ao longo de todo o ano de 2024, com aumento de intensidade nos últimos meses: 13,4% em julho, 12,7% em agosto, 12,9% em setembro e 14,4% em outubro. No acumulado dos últimos 12 meses a série se encontra no campo positivo desde junho de 2023, atingindo 14,0% até outubro de 2024.

O setor de Material de construção apresentou crescimento de 12,2% no volume de vendas frente a outubro de 2023, quinto mês seguido a registrar altas no indicador interanual. Com isso, os ganhos acumulados do ano aumentaram: 4,2% até setembro contra 5,0% até outubro. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é também de ganhos, sendo de 4,1% até outubro.

Por fim, a atividade de Atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, na comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, teve queda de 5,8% em outubro, em volume de vendas, terceira consecutiva para este indicador. No acumulado do ano o cenário é de perdas (-6,6%) até outubro, vindo de uma série de perdas acumuladas até setembro (-6,7%). O mesmo se dá para o acumulados dos últimos 12 meses: -3,7% até setembro e -4,8% até outubro.

Comércio varejista cresce 4,4% no quinto bimestre de 2024

O comércio varejista registrou alta de 4,4% no quinto bimestre de 2024, na comparação com o mesmo bimestre de 2023. O crescimento no período de setembro e outubro de 2024 representa o décimo terceiro ponto consecutivo no indicador de volume, com taxas no campo positivo. Em termos setoriais, sete atividades registraram crescimento no quinto bimestre: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (16,1%), Tecidos, vestuário e calçados (5,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,2%), Móveis e eletrodomésticos (4,9%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,1%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%). Por outro lado, apenas Livros, jornais, revistas e papelaria obteve queda no bimenstre: -9,9%.

Para o varejo ampliado, o quinto bimestre apresentou alta (6,1%) e variações positivas para duas das atividades complementares (20,8% para Veículos e motos, partes e peças, e 10,8% para Material de construção) e uma queda (-7,4% para Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo).

Comparado a setembro, vendas aumentam em 19 unidades da federação em outubro

Na passagem de setembro para outubro de 2024, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista avançou 0,4%, com resultados positivos em 19 unidades da federação, com destaque para Roraima (4,3%), Espírito Santo (3,1%) e Mato Grosso (2,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram oito das 27 unidades da federação, com destaque para Amazonas (-3,0%), Piauí (-1,1%) e Amapá (-1,0%).

No comércio varejista ampliado, a variação entre setembro e outubro de 2024 foi de 0,9%, também com predominância de resultados positivos, em 22 das 27 unidades da federação, com destaque para Tocantins (4,6%), Roraima (4,4%) e Rondônia (3,6%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram cinco das 27 unidades da federação, com destaque para Goiás (-0,9%), Paraíba (-0,9%) e Paraná (-0,9%).  

Em relação a 2023, vendas sobem em todas as unidades da federação

Frente a outubro de 2023, a variação das vendas no comércio varejista, no corrente mês, foi de 6,5%, com predominância de resultados positivos em todas as 27 unidades da federação, com destaque para Paraíba (19,0%), Roraima (18,1%) e Alagoas (12,1%).

Já no comércio varejista ampliado, a variação entre outubro de 2024 e outubro de 2023 foi de 8,8%, com resultados positivos também em todas as 27 unidades da federação, com destaque para Paraná (26,5%), Rio Grande do Sul (16,8%) e Paraíba (16,4%).