Por César Núñez*
Em todo o mundo, as organizações dirigidas por pessoas vivendo com HIV ou afetadas pelo vírus defendem os direitos humanos e oferecem serviços de prevenção, tratamento, cuidados e apoio. Essas organizações comunitárias ajudaram a garantir que mais de 23 milhões de pessoas tivessem acesso ao tratamento em 2018 .
As comunidades fazem a diferença e desempenham um papel fundamental na resposta à epidemia de AIDS nos níveis local, nacional e internacional.
Essas comunidades incluem educadores de pares, pessoas que vivem com HIV ou que são afetadas pelo vírus, pessoas LGBTI, pessoas que usam drogas, profissionais do sexo, jovens, promotores e promotoras de saúde e ativistas populares, entre outros.
Este Dia Mundial contra a AIDS oferece uma plataforma importante para destacar o papel das comunidades em um momento em que a redução de financiamento e o espaço dedicado à sociedade civil comprometem a sustentabilidade de seus serviços com populações vulneráveis.
Hoje, a forte defesa liderada pelas comunidades é, mais do que nunca, necessária para garantir que a AIDS continue presente na agenda política, que os direitos humanos sejam respeitados e que as pessoas que tomam as decisões e as colocam em prática assumam suas responsabilidades.
Em uma sociedade onde são crescentes as desigualdades, a fragilidade e a discriminação, a liderança comunitária garante que a resposta ao HIV permaneça relevante, que as pessoas permaneçam no centro e que nenhuma delas seja deixada para trás.
*Diretor regional do UNAIDS para a América Latina e o Caribe
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