Pronto para votação pela Comissão de Meio Ambiente (CMA), o projeto de lei (PL 2.326/2022) que concede porte de arma de fogo aos funcionários da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em atividades de fiscalização teve sua votação adiada para daqui a duas semanas. A proposta estava na pauta da reunião da quarta-feira (24), mas um pedido de vista impediu a deliberação.
Apresentado pela Comissão Temporária Externa que investigou em 2022 as causas do aumento da criminalidade e de atentados na Região Norte (CTENorte), o projeto recebeu parecer favorável do relator, senador Fabiano Contarato (PT-ES), que estendeu o porte para servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio).
O pedido para adiamento da votação partiu do senador Ireneu Orth (PP-RS), que defendeu o apoio de órgãos de segurança nas ações de fiscalização.
— A concessão de porte de armas para os agentes da Funai implica custos significativos, incluindo treinamento especializado, manutenção das armas e supervisão rigorosa para garantir o uso adequado e seguro. Uma alternativa sólida reside na colaboração estreita com os órgãos policiais e a possibilidade de solicitar apoio à escolta durante as missões que a Funai tiver que proceder — afirmou.
Ao ler seu relatório, Contarato apontou que o projeto objetiva evitar a ocorrência de crimes bárbaros como os assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, no Amazonas, em junho de 2022.
— Nós tivemos ali infelizmente a morte do Dom Phillips e do Bruno. Então, em síntese, esse projeto objetiva conceder o porte de arma para os funcionários que estão na fiscalização (não a todos os funcionários) da Funai, do Ibama e do ICMBio — assinalou.
A presidente da CMA, senadora Leila Barros (PDT-DF), afirmou que o projeto será colocado em votação na próxima reunião do colegiado, que deve ocorrer no próximo dia 8.
— Na semana que vem nós temos feriado. Então, na sequência, traremos à pauta novamente o projeto — disse.
Já aprovada pela Comissão de Segurança Pública (CSP), a proposta ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Plásticos biodegradáveis
Outro projeto que estava na pauta da CMA e foi adiado por um pedido de vista foi o PL 780/2022, que zera as alíquotas da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para o PIS/PASEP sobre a venda de plásticos biodegradáveis. Apresentado pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), o projeto teve a sua votação postergada a pedido do senador Beto Faro (PT-PA), que alegou necessidade de avaliar os impactos econômicos da proposta.
— Embora, no conteúdo, a questão ambiental seja extremamente positiva e correta no relatório e no projeto, tem um impacto financeiro. E, por conta disso, a pedido do Ministério da Fazenda, eu estou pedindo vista para que a gente possa analisar melhor e trazer numa próxima oportunidade um parecer sobre este projeto.
O relator, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou uma emenda para aprimorar a proposta, uma vez que, segundo ele, grande parte das sacolas plásticas, copos e utensílios biodegradáveis oferecidos não são bioplásticos, compostos por matéria-prima renovável.
Dessa forma, ele preferiu refinar o escopo do benefício fiscal, incentivando as tecnologias e soluções mais sustentáveis com maiores deduções de imposto. A indústria também seria beneficiada com crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra desses plásticos.
Apresentado pela Comissão Temporária Externa que investigou em 2022 as causas do aumento da criminalidade e de atentados na Região Norte (CTENorte), o projeto recebeu parecer favorável do relator, senador Fabiano Contarato (PT-ES), que estendeu o porte para servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio).
O pedido para adiamento da votação partiu do senador Ireneu Orth (PP-RS), que defendeu o apoio de órgãos de segurança nas ações de fiscalização.
— A concessão de porte de armas para os agentes da Funai implica custos significativos, incluindo treinamento especializado, manutenção das armas e supervisão rigorosa para garantir o uso adequado e seguro. Uma alternativa sólida reside na colaboração estreita com os órgãos policiais e a possibilidade de solicitar apoio à escolta durante as missões que a Funai tiver que proceder — afirmou.
Ao ler seu relatório, Contarato apontou que o projeto objetiva evitar a ocorrência de crimes bárbaros como os assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, no Amazonas, em junho de 2022.
— Nós tivemos ali infelizmente a morte do Dom Phillips e do Bruno. Então, em síntese, esse projeto objetiva conceder o porte de arma para os funcionários que estão na fiscalização (não a todos os funcionários) da Funai, do Ibama e do ICMBio — assinalou.
A presidente da CMA, senadora Leila Barros (PDT-DF), afirmou que o projeto será colocado em votação na próxima reunião do colegiado, que deve ocorrer no próximo dia 8.
— Na semana que vem nós temos feriado. Então, na sequência, traremos à pauta novamente o projeto — disse.
Já aprovada pela Comissão de Segurança Pública (CSP), a proposta ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Plásticos biodegradáveis
Outro projeto que estava na pauta da CMA e foi adiado por um pedido de vista foi o PL 780/2022, que zera as alíquotas da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para o PIS/PASEP sobre a venda de plásticos biodegradáveis. Apresentado pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), o projeto teve a sua votação postergada a pedido do senador Beto Faro (PT-PA), que alegou necessidade de avaliar os impactos econômicos da proposta.
— Embora, no conteúdo, a questão ambiental seja extremamente positiva e correta no relatório e no projeto, tem um impacto financeiro. E, por conta disso, a pedido do Ministério da Fazenda, eu estou pedindo vista para que a gente possa analisar melhor e trazer numa próxima oportunidade um parecer sobre este projeto.
O relator, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou uma emenda para aprimorar a proposta, uma vez que, segundo ele, grande parte das sacolas plásticas, copos e utensílios biodegradáveis oferecidos não são bioplásticos, compostos por matéria-prima renovável.
Dessa forma, ele preferiu refinar o escopo do benefício fiscal, incentivando as tecnologias e soluções mais sustentáveis com maiores deduções de imposto. A indústria também seria beneficiada com crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra desses plásticos.
Fonte: Agência Senado
O post “CMA adia votação de porte de arma de fogo para servidores da Funai” foi publicado em 25/04/2024 e pode ser visto original e