O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,78% em fevereiro e ficou 0,47 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,31%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,09% e, em 12 meses, de 4,49%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,76%.
Período | Taxa |
---|---|
Fevereiro de 2024 | 0,78% |
Janeiro de 2024 | 0,31% |
Fevereiro de 2023 | 0,76% |
Acumulado do ano | 1,09% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,49% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito registraram alta em fevereiro. A exceção foi Vestuário, cujos preços recuaram 0,39% após a alta de 0,22% em janeiro. A maior variação (5,07%) e o maior impacto (0,30 p.p.) vieram de Educação. Outros destaques foram os grupos Alimentação e bebidas (0,97% e 0,20 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,76% e 0,10 p.p.). As demais variações ficaram entre o 0,14% de Habitação e o 1,67% de Comunicação.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
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Janeiro | Fevereiro | Janeiro | Fevereiro | |
Índice Geral | 0,31 | 0,78 | 0,31 | 0,78 |
Alimentação e bebidas | 1,53 | 0,97 | 0,32 | 0,20 |
Habitação | 0,33 | 0,14 | 0,05 | 0,02 |
Artigos de residência | 0,26 | 0,45 | 0,01 | 0,02 |
Vestuário | 0,22 | -0,39 | 0,01 | -0,02 |
Transportes | -1,13 | 0,15 | -0,24 | 0,03 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,56 | 0,76 | 0,08 | 0,10 |
Despesas pessoais | 0,56 | 0,46 | 0,06 | 0,05 |
Educação | 0,39 | 5,07 | 0,02 | 0,30 |
Comunicação | -0,03 | 1,67 | 0,00 | 0,08 |
Em Educação (5,07%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (6,13%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino médio (8,58%), do ensino fundamental (8,23%), da pré-escola (8,14%) e da creche (5,91%). Curso técnico (6,01%), Ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%) também registraram altas.
No grupo Alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cenoura (36,21%), da batata-inglesa (22,58%), do feijão-carioca (7,21%), do arroz (5,85%) e das frutas (2,24%).
A alimentação fora do domicílio (0,48%) acelerou em relação ao mês de janeiro (0,24%). Tanto a refeição (0,35%) quanto o lanche (0,79%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,32% e 0,16%, respectivamente).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,76%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,61%) e pelos itens de higiene pessoal (0,70%). Destacam-se as altas do produto para pele (1,67%) e do perfume (1,34%).
No grupo Habitação (0,14%), o resultado da taxa de água e esgoto (0,27%) foi influenciado pelo reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (3,06%), a partir de 1º de janeiro. Em gás encanado (-0,90%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: no Rio de Janeiro (-0,87%), reduções médias de 0,45% a partir de 1° de janeiro e de 1,30% a partir de 1º de fevereiro; em Curitiba (-4,81%), reduções de 6,82% a partir de 1º de janeiro e de 2,29% a partir de 1º de fevereiro.
No grupo Transportes (0,15%), houve queda na passagem aérea (-10,65% e -0,10 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,77%), houve alta nos preços do gás veicular (3,83%), da gasolina (0,84%) e do etanol (0,32%), enquanto o óleo diesel (-0,32%) registrou queda. O subitem táxi apresentou alta de 0,98% devido aos seguintes reajustes: a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (2,19%) e de 4,61% em Salvador (2,38%); e, a partir de 8 de fevereiro, de 8,31% em Belo Horizonte (2,15%).
Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (2,14%) foi influenciada pelo reajuste médio de 16,67% em Belo Horizonte (6,71%), a partir de 29 de dezembro; e em São Paulo (7,34%), após aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro. Ainda em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (6,84%) e metrô (6,84%) a partir de 1º de janeiro. Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público subiu 6,90% nessa área. No Rio de Janeiro, houve redução de 4,05% nas tarifas de trem (-1,89%), a partir de 2 de fevereiro.
Em Comunicação (1,67%), o resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%).
Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em fevereiro. A maior variação foi registrada em Goiânia (1,07%), por conta das altas da gasolina (7,28%) e dos cursos regulares (4,56%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (0,11%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-16,59%) e da gasolina (-1,59%).
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
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Janeiro | Fevereiro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,96 | 0,24 | 1,07 | 1,31 | 4,54 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,88 | 1,02 | 1,91 | 5,19 |
São Paulo | 33,45 | 0,10 | 0,93 | 1,02 | 4,53 |
Salvador | 7,19 | 0,35 | 0,90 | 1,25 | 3,67 |
Recife | 4,71 | 0,36 | 0,78 | 1,14 | 3,46 |
Fortaleza | 3,88 | 0,69 | 0,75 | 1,45 | 4,88 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,43 | 0,74 | 1,17 | 4,19 |
Belém | 4,46 | 0,63 | 0,74 | 1,38 | 4,88 |
Brasília | 4,84 | -0,41 | 0,59 | 0,18 | 4,83 |
Curitiba | 8,09 | 0,28 | 0,54 | 0,82 | 4,65 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,42 | 0,11 | 0,53 | 4,45 |
Brasil | 100,00 | 0,31 | 0,78 | 1,09 | 4,49 |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de janeiro a 15 de fevereiro de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de dezembro de 2023 a 15 de janeiro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Fonte
O post “IPCA-15 é de 0,78% em fevereiro” foi publicado em 28/02/2024 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte IBGE – Agência de Notícias