Integrantes da Mesa do Senado, líderes partidários e vários outros senadores e senadoras acompanham o início do resgate de cidadãos brasileiros que estão em Israel. Nesta quarta-feira (11) chegaram os primeiros 211, em voo da Força Aérea Brasileira (FAB). A guerra na região está em seu quinto dia, mas o histórico de conflitos no Oriente Médio remete ao começo do século passado. No domingo (7), o grupo terrorista Hamas começou um ataque a Israel, que vem respondendo com bombardeios à Faixa de Gaza.
Senadores ouvidos pela TV Senado, durante a manhã desta quarta, lamentaram as mortes e pediram paz. Alguns parlamentares cobraram do governo federal um posicionamento mais contundente sobre os ataques do Hamas e disseram que a repatriação dos brasileiros em Israel e em territórios palestinos deve ser prioridade para o país.
A diplomacia brasileira tem capacidade de ajudar nas negociações de paz, disse a senadora Leila Barros (PDT-DF).
— Lamentável as cenas que temos visto, estarrecedoras, civis sendo mortos, crianças e mulheres sendo mortas na rua, é algo estarrecedor (…). Exigimos que o governo entre nas negociações — afirmou Leila.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse que o conflito vem repercutindo no grupo dos senadores e senadoras no WhatsApp.
— O Parlamento está com o olhar voltado para lá. O Senado ontem aprovou uma moção de repúdio ao Hamas, a esse ato de terrorismo cometido pelo Hamas. Daqui para a frente nós temos que acompanhar tudo e torcer pela paz na região. Vamos acompanhar, observando nossos limites diplomáticos — afirmou Damares.
Líder do governo Lula no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que o Hamas é uma organização terrorista que merece o repúdio dos brasileiros pelo “ataque covarde” e garantiu que o governo federal está atuando. Lembrou que cerca de 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Cisjordânia e Faixa de Gaza.
— Desde os primeiros instantes do conflito, a prioridade do governo brasileiro tem sido resgatar todos os nossos compatriotas, estejam onde estiverem, seja em Israel, seja na Palestina. (…) A orientação do nosso governo é não deixar nenhum brasileiro para trás — afirmou Randolfe.
Ex-ministro da Justiça, o senador Sergio Moro (União-PR) pediu para que o governo federal negocie com o governo israelense para garantir o retorno seguro de brasileiros. Ele também condenou os ataques do Hamas.
— O grupo Hamas é um grupo terrorista, ele não se confunde com o povo palestino. O povo palestino tem reivindicação legítima de ter um Estado. O que o Hamas fez em Israel foram atos terroristas, bárbaros, crimes contra a humanidade — avaliou Moro.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) relatou que conheceu Israel e a Faixa de Gaza no começo do ano em viagem de 15 dias. Ele disse que o Brasil tem que aproveitar o prestígio internacional de sua diplomacia, que já participou de tentativas de paz no Oriente Médio.
— É lamentável o que está ocorrendo, atos de terrorismo e barbárie, matando crianças e mulheres, é muito triste (…). A gente tem que torcer para que termine logo esta guerra e estes atos terroristas (…). o Brasil precisa usar sua diplomacia para resgatar brasileiros em territórios palestinos e em Israel — disse Izalci.
O senador Paulo Paim (PT-RS) registrou que o governo Lula já colocou vários aviões da FAB à disposição. Ele disse que “o governo brasileiro sempre teve postura de paz e diálogo” e que mais de mil brasileiros devem retornar nos próximos dias.
— No meio desta guerra os inocentes é que morrem (…). Nós queremos que acabe a guerra e retorne a paz — pontuou Paim.
Rogério Marinho (PL-RN) avaliou que o governo federal precisa rever seu posicionamento inicial e fazer uma declaração enfática de combate ao terrorismo.
— O governo precisa afirmar que repudia a ação do grupo terrorista Hamas (…). O conflito que recrudesceu agora não é um fim em si mesmo, é resultado de um processo histórico (…). O que nós queremos é paz — disse Rogério Marinho.
Por sua vez, o senador Jorge Seif (PL-SC) lamentou que cidadãos brasileiros também tenham sido mortos quando Israel foi “brutalmente atacado” pelo Hamas.
— Ninguém é contra o Estado da Palestina. O povo da Palestina, infelizmente, é dominado por um grupo de terroristas chamado Hamas que tem aproximadamente 40 mil soldados. (…) Israel tem que destruir esses terroristas que usam o povo palestino como massa de manobra — ressaltou Seif.
Defesa da paz
Neste ano, o Plenário do Senado Federal sediou homenagens aos povos israelense (75 anos de Israel) e palestino (75 anos da Nakba). A relação de senadores com a questão do Oriente Médio é antiga.
Em janeiro de 2009, por exemplo, o então senador Eduardo Suplicy pedia paz na região, após Israel começar uma incursão na Faixa de Gaza no mês anterior. Em nota oficial, o então presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, lamentou a escalada da violência. Antes, em 1998, ao homenagear os 50 anos de Israel, Suplicy já havia discursado pela paz entre judeus e árabes.
No ano de 2000, os então senadores Tião Viana e Maguito Vilela apelaram pelo fim das hostilidades entre judeus e palestinos.
Em abril de 2002, o Senado aprovou voto de censura a Israel, que à época havia invadido a Cisjordânia. Em novembro do mesmo ano, o Senado promoveu exposição fotográfica sobre Yitzhak Rabin, ex-primeiro-ministro de Israel que havia sido assassinado sete anos antes. No mês seguinte, o Plenário do Senado homenageou o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino.
Em 2003, senadores cobraram a criação do Estado da Palestina e Suplicy visitou o Oriente Médio. No ano seguinte, houve lamentos pela morte do líder palestino Yasser Arafat, com voto de pesar e homenagem no Plenário.
Em 2008 houve homenagem aos 60 anos de criação do Estado de Israel e ao dia de solidariedade aos palestinos e defesa da criação do Estado Palestino.
Em 2009, houve visita do então presidente de Israel, Shimon Peres, e do então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O presidente do Senado era José Sarney. Também houve nova homenagem ao povo palestino.
Em julho de 2010, o Senado aprovou ajuda de R$ 25 milhões para a reconstrução da Faixa de Gaza. O Brasil doou um terreno em Brasília para a Delegação Especial da Palestina.
Em abril de 2012, uma audiência pública no Senado debateu a paz no Oriente Médio. Participaram do debate o ex-ministro da Justiça de Israel Yossi Beilin e o então secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abbed Rabbo.
Em 2014, o então presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu o embaixador da Palestina no Brasil.
No ano de 2018, o Senado aprovou doação para a reconstrução da Igreja da Natividade. Especialistas, entretanto, avisavam que a paz no Oriente Médio estava distante. Já em 2019, o Senado comemorou os 40 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Palestina.
Senadores ouvidos pela TV Senado, durante a manhã desta quarta, lamentaram as mortes e pediram paz. Alguns parlamentares cobraram do governo federal um posicionamento mais contundente sobre os ataques do Hamas e disseram que a repatriação dos brasileiros em Israel e em territórios palestinos deve ser prioridade para o país.
A diplomacia brasileira tem capacidade de ajudar nas negociações de paz, disse a senadora Leila Barros (PDT-DF).
— Lamentável as cenas que temos visto, estarrecedoras, civis sendo mortos, crianças e mulheres sendo mortas na rua, é algo estarrecedor (…). Exigimos que o governo entre nas negociações — afirmou Leila.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse que o conflito vem repercutindo no grupo dos senadores e senadoras no WhatsApp.
— O Parlamento está com o olhar voltado para lá. O Senado ontem aprovou uma moção de repúdio ao Hamas, a esse ato de terrorismo cometido pelo Hamas. Daqui para a frente nós temos que acompanhar tudo e torcer pela paz na região. Vamos acompanhar, observando nossos limites diplomáticos — afirmou Damares.
Líder do governo Lula no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que o Hamas é uma organização terrorista que merece o repúdio dos brasileiros pelo “ataque covarde” e garantiu que o governo federal está atuando. Lembrou que cerca de 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Cisjordânia e Faixa de Gaza.
— Desde os primeiros instantes do conflito, a prioridade do governo brasileiro tem sido resgatar todos os nossos compatriotas, estejam onde estiverem, seja em Israel, seja na Palestina. (…) A orientação do nosso governo é não deixar nenhum brasileiro para trás — afirmou Randolfe.
Ex-ministro da Justiça, o senador Sergio Moro (União-PR) pediu para que o governo federal negocie com o governo israelense para garantir o retorno seguro de brasileiros. Ele também condenou os ataques do Hamas.
— O grupo Hamas é um grupo terrorista, ele não se confunde com o povo palestino. O povo palestino tem reivindicação legítima de ter um Estado. O que o Hamas fez em Israel foram atos terroristas, bárbaros, crimes contra a humanidade — avaliou Moro.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) relatou que conheceu Israel e a Faixa de Gaza no começo do ano em viagem de 15 dias. Ele disse que o Brasil tem que aproveitar o prestígio internacional de sua diplomacia, que já participou de tentativas de paz no Oriente Médio.
— É lamentável o que está ocorrendo, atos de terrorismo e barbárie, matando crianças e mulheres, é muito triste (…). A gente tem que torcer para que termine logo esta guerra e estes atos terroristas (…). o Brasil precisa usar sua diplomacia para resgatar brasileiros em territórios palestinos e em Israel — disse Izalci.
O senador Paulo Paim (PT-RS) registrou que o governo Lula já colocou vários aviões da FAB à disposição. Ele disse que “o governo brasileiro sempre teve postura de paz e diálogo” e que mais de mil brasileiros devem retornar nos próximos dias.
— No meio desta guerra os inocentes é que morrem (…). Nós queremos que acabe a guerra e retorne a paz — pontuou Paim.
Rogério Marinho (PL-RN) avaliou que o governo federal precisa rever seu posicionamento inicial e fazer uma declaração enfática de combate ao terrorismo.
— O governo precisa afirmar que repudia a ação do grupo terrorista Hamas (…). O conflito que recrudesceu agora não é um fim em si mesmo, é resultado de um processo histórico (…). O que nós queremos é paz — disse Rogério Marinho.
Por sua vez, o senador Jorge Seif (PL-SC) lamentou que cidadãos brasileiros também tenham sido mortos quando Israel foi “brutalmente atacado” pelo Hamas.
— Ninguém é contra o Estado da Palestina. O povo da Palestina, infelizmente, é dominado por um grupo de terroristas chamado Hamas que tem aproximadamente 40 mil soldados. (…) Israel tem que destruir esses terroristas que usam o povo palestino como massa de manobra — ressaltou Seif.
Defesa da paz
Neste ano, o Plenário do Senado Federal sediou homenagens aos povos israelense (75 anos de Israel) e palestino (75 anos da Nakba). A relação de senadores com a questão do Oriente Médio é antiga.
Em janeiro de 2009, por exemplo, o então senador Eduardo Suplicy pedia paz na região, após Israel começar uma incursão na Faixa de Gaza no mês anterior. Em nota oficial, o então presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, lamentou a escalada da violência. Antes, em 1998, ao homenagear os 50 anos de Israel, Suplicy já havia discursado pela paz entre judeus e árabes.
No ano de 2000, os então senadores Tião Viana e Maguito Vilela apelaram pelo fim das hostilidades entre judeus e palestinos.
Em abril de 2002, o Senado aprovou voto de censura a Israel, que à época havia invadido a Cisjordânia. Em novembro do mesmo ano, o Senado promoveu exposição fotográfica sobre Yitzhak Rabin, ex-primeiro-ministro de Israel que havia sido assassinado sete anos antes. No mês seguinte, o Plenário do Senado homenageou o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino.
Em 2003, senadores cobraram a criação do Estado da Palestina e Suplicy visitou o Oriente Médio. No ano seguinte, houve lamentos pela morte do líder palestino Yasser Arafat, com voto de pesar e homenagem no Plenário.
Em 2008 houve homenagem aos 60 anos de criação do Estado de Israel e ao dia de solidariedade aos palestinos e defesa da criação do Estado Palestino.
Em 2009, houve visita do então presidente de Israel, Shimon Peres, e do então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O presidente do Senado era José Sarney. Também houve nova homenagem ao povo palestino.
Em julho de 2010, o Senado aprovou ajuda de R$ 25 milhões para a reconstrução da Faixa de Gaza. O Brasil doou um terreno em Brasília para a Delegação Especial da Palestina.
Em abril de 2012, uma audiência pública no Senado debateu a paz no Oriente Médio. Participaram do debate o ex-ministro da Justiça de Israel Yossi Beilin e o então secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abbed Rabbo.
Em 2014, o então presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu o embaixador da Palestina no Brasil.
No ano de 2018, o Senado aprovou doação para a reconstrução da Igreja da Natividade. Especialistas, entretanto, avisavam que a paz no Oriente Médio estava distante. Já em 2019, o Senado comemorou os 40 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Palestina.
Fonte: Agência Senado
O post “Senadores acompanham resgate de brasileiros e pedem paz no Oriente Médio” foi publicado em 11/10/2023 e pode ser visto original e