Em julho de 2023, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,5% frente a junho, na série com ajuste sazonal. Foi o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador, período em que acumulou ganho de 2,2%. O setor de serviços está 12,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,9% abaixo de dezembro de 2022 (auge da série histórica).
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Julho 23 / Junho 23* | 0,5 | 0,2 |
Julho 23 / Julho 22 | 3,5 | 4,6 |
Acumulado Janeiro-Julho | 4,5 | 8,5 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 6,0 | 11,0 |
*série com ajuste sazonal |
Na série sem ajuste sazonal, frente a julho de 2022, o volume de serviços teve a 29ª taxa positiva consecutiva (3,5%). O acumulado do ano chegou a 4,5% frente a igual período de 2022. O acumulado em doze meses, que foi de 6,2% em junho para 6,0% em julho de 2023, mostrou perda de dinamismo e o resultado menos intenso desde agosto de 2021 (5,1%).
Pesquisa Mensal de Serviços – Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação – Junho 2023 – Variação (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
MAI | JUN | JUL | MAI | JUN | JUL | JAN-MAI | JAN-JUN | JAN-JUL | Até MAI | Até JUN | Até JUL | |
Volume de Serviços – Brasil | 1,5 | 0,2 | 0,5 | 5,1 | 4,0 | 3,5 | 4,9 | 4,7 | 4,5 | 6,4 | 6,2 | 6,0 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,1 | 1,7 | 1,0 | 2,4 | 5,3 | 4,9 | 5,8 | 5,7 | 5,6 | 11,8 | 10,2 | 8,7 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 0,1 | 1,4 | 1,8 | 2,3 | 5,2 | 5,8 | 6,1 | 6,0 | 6,0 | 11,7 | 10,1 | 8,7 |
1.1.1 Alojamento | – | – | – | 0,8 | 2,3 | 1,7 | 12,6 | 11,1 | 9,5 | – | – | – |
1.1.2 Alimentação | – | – | – | 1,3 | 3,7 | 4,0 | 5,9 | 5,5 | 5,2 | – | – | – |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 0,7 | 4,3 | -1,5 | 3,0 | 5,5 | -0,5 | 4,2 | 4,4 | 3,6 | 12,3 | 10,9 | 8,8 |
2. Serviços de informação e comunicação | 1,0 | -0,1 | -0,2 | 5,3 | 5,1 | 3,6 | 5,3 | 5,3 | 5,1 | 4,1 | 4,5 | 4,6 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 1,6 | 0,0 | -0,3 | 5,1 | 5,7 | 4,3 | 5,6 | 5,6 | 5,4 | 4,5 | 4,9 | 5,0 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,6 | -0,6 | 0,4 | 3,8 | 2,3 | 4,8 | 2,2 | 2,3 | 2,6 | -2,9 | -2,1 | -1,0 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 1,3 | -0,4 | 0,8 | 6,3 | 9,3 | 3,8 | 9,4 | 9,4 | 8,5 | 13,1 | 12,9 | 11,8 |
2.2 Serviços audiovisuais | 4,3 | -3,6 | -1,6 | 7,4 | 1,2 | -1,8 | 3,7 | 3,2 | 2,5 | 1,2 | 1,7 | 1,4 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | -0,6 | 1,1 | -1,1 | 3,8 | 4,0 | 3,2 | 4,7 | 4,5 | 4,3 | 6,2 | 5,8 | 5,7 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | -8,5 | 4,3 | -0,7 | 1,6 | 4,3 | 5,3 | 6,4 | 6,0 | 5,9 | 6,9 | 6,4 | 7,0 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 2,6 | -0,7 | -0,5 | 5,6 | 3,8 | 2,7 | 4,4 | 4,3 | 4,0 | 6,1 | 5,7 | 5,4 |
3.2.1 Aluguéis não imobiliários | 3,9 | -0,5 | 0,2 | 20,6 | 14,2 | 17,9 | 23,8 | 22,0 | 21,4 | 27,9 | 25,9 | 25,1 |
3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais | 1,7 | -0,4 | -0,9 | 1,4 | 0,8 | -1,5 | -0,7 | -0,4 | -0,6 | 0,7 | 0,7 | 0,4 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 2,2 | -0,4 | 0,6 | 7,2 | 4,6 | 2,5 | 5,7 | 5,5 | 5,1 | 9,5 | 9,1 | 8,2 |
4.1 Transporte terrestre | 2,0 | 0,9 | 0,7 | 9,3 | 6,8 | 6,7 | 10,8 | 10,1 | 9,6 | 15,7 | 14,5 | 13,4 |
4.1.1 Rodoviário de cargas | – | – | – | 17,4 | 20,9 | 20,8 | 9,4 | 11,4 | 12,8 | – | – | – |
4.1.2 Rodoviário de passageiros | – | – | – | -1,8 | -8,0 | -11,2 | 10,9 | 7,3 | 4,3 | – | – | – |
4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre | – | – | – | 2,0 | -8,2 | 0,1 | 6,0 | 3,3 | 2,8 | – | – | – |
4.2 Transporte aquaviário | 9,9 | -7,6 | 0,5 | 15,7 | 4,2 | 1,4 | 12,6 | 11,1 | 9,6 | 12,5 | 11,6 | 10,4 |
4.3 Transporte aéreo | 10,0 | -4,2 | 1,0 | 14,2 | 13,5 | 9,8 | -3,7 | -1,2 | 0,4 | 2,9 | 4,2 | 3,9 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,9 | -2,7 | 0,3 | -1,0 | -3,2 | -8,1 | -1,9 | -2,1 | -3,0 | 0,8 | 0,8 | -0,1 |
5. Outros serviços | 0,8 | -0,4 | 0,3 | 0,5 | -1,6 | 4,2 | 0,2 | -0,1 | 0,5 | -0,3 | 0,0 | 1,4 |
5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação | – | – | – | 6,1 | 2,3 | 2,2 | 4,4 | 4,1 | 3,8 | – | – | – |
5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros | – | – | – | -7,5 | -5,7 | 0,1 | -5,6 | -5,6 | -4,8 | – | – | – |
5.3 Atividades imobiliárias | – | – | – | 11,8 | 14,8 | 9,8 | 14,3 | 14,4 | 13,7 | – | – | – |
5.4 Outros serviços não especificados anteriormente | – | – | – | -1,4 | 4,8 | 7,3 | 10,0 | 9,1 | 8,8 | – | – | – |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior; (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores. |
A alta do volume de serviços (0,5%), de junho para julho de 2023, foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para os transportes (0,6%), que se recuperaram da queda (-0,4%) de junho. Os demais avanços do mês vieram dos serviços prestados às famílias (1,0%) e de outros serviços (0,3%), com o primeiro acumulando ganho de 4,9% no período abril-julho e o último recuperando quase todo revés de junho (-0,4%). Em sentido oposto, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e informação e comunicação (-0,2%) registraram os resultados negativos do mês.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral foi de 0,7% no trimestre encerrado em julho frente ao nível do mês anterior, maior resultado desde dezembro de 2022 (0,8%). Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, quatro das cinco atividades avançaram frente ao trimestre terminado em junho: serviços prestados às famílias (1,3%); transportes (0,8%); informação e comunicação (0,2%); e outros serviços (0,2%). O único revés foi em serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2%).
Frente a julho de 2022, o volume do setor de serviços avançar 3,5% em julho de 2023, sua 29ª taxa positiva seguida. Houve altas nas cinco atividades de divulgação e em 50,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,5%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume de serviços, impulsionado pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; transporte por navegação interior de carga; armazenamento; transporte dutoviário; e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram de informação e comunicação (3,6%); profissionais, administrativos e complementares (3,2%); serviços prestados às famílias (4,9%) e outros serviços (4,2%), com alta na receita em: telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; consultoria em tecnologia da informação; e atividades de exibição cinematográfica, no primeiro setor; locação de automóveis; atividades de intermediação de negócios em geral; cobranças e informações cadastrais; aluguel de máquinas e equipamentos; e locação de outros meios de transporte (exceto automóveis), no segundo; restaurantes; serviços de bufê; atividades de condicionamento físico; e hotéis, no terceiro; e corretoras de títulos e valores mobiliários; atividades auxiliares dos seguros, de previdência complementar e de planos de saúde; atividades imobiliárias; e serviços de apoio à agricultura, no último.
No índice acumulado no ano, frente a igual período de 2022, o setor de serviços cresceu 4,5%, com taxas positivas nas cinco atividades de divulgação e em 59,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,1%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; armazenamento; transporte por navegação interior de carga; navegação de apoio marítimo e portuário; e rodoviário coletivo de passageiros.
Os demais avanços vieram de informação e comunicação (5,1%); de serviços profissionais, administrativos e complementares (4,3%); de serviços prestados às famílias (5,6%); e de outros serviços (0,5%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita das empresas de telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, no primeiro ramo; de locação de automóveis; serviços de engenharia; atividades de intermediação de negócios em geral; cobranças e informações cadastrais; e agências de viagens, no segundo; de restaurantes; hotéis; serviços de bufê; atividades de condicionamento físico; e espetáculos teatrais e musicais, no terceiro; e de atividades auxiliares dos seguros, da previdência complementar e dos planos de saúde; corretoras de títulos e valores mobiliários; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana e industrial; e as atividades de apoio à produção florestal e à agricultura, no último.
Serviços avançam em 13 das 27 unidades da Federação em julho
Houve altas em 13 das 27 unidades da federação em julho de 2023, frente ao mês imediatamente anterior. Entre os locais com taxas positivas, os impactos mais importantes vieram do Rio de Janeiro (1,4%) e de Goiás (5,6%), seguidos por Bahia (2,9%), Mato Grosso (3,0%) e Ceará (3,3%). As principais influências negativas vieram do Distrito Federal (-2,9%), São Paulo (-0,1%), Pará (-3,0%), Rio Grande do Sul (-0,6%) e Espírito Santo (-1,8%).
Frente a julho de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (3,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. As principais contribuições positivas vieram de Minas Gerais (10,7%), Paraná (13,7%) e Mato Grosso (30,5%), seguidos por Rio de Janeiro (3,7%), Santa Catarina (8,9%) e Bahia (10,3%). Em sentido oposto, São Paulo (-2,1%) assinalou o resultado negativo mais relevante do mês.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. Os principais impactos positivos vieram de Minas Gerais (9,4%), Rio de Janeiro (5,3%) e Paraná (12,1%), seguidos por São Paulo (0,8%), Santa Catarina (10,7%) e Rio Grande do Sul (7,2%). As influências negativas vieram de Mato Grosso do Sul (-0,6%) e Amapá (-1,0%).
Atividades turísticas crescem 0,7% em julho
Em julho de 2023, o índice de atividades turísticas apontou crescimento de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, após ter mostrado decréscimo de 0,1% em junho. Com isso, o segmento de turismo se encontra 6,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,4% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Regionalmente, nove dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (0,7%). A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (4,2%), seguido por Bahia (4,4%), Rio de Janeiro (1,4%) e Rio Grande do Sul (1,9%). Os principais recuos foram do Distrito Federal (-3,7%) e do Espírito Santo (-4,4%).
Na comparação julho de 2023 / julho de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil subiu 7,8%, 28ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita dos ramos de transporte aéreo de passageiros, locação de automóveis; restaurantes; serviços de bufê; transporte rodoviário coletivo de passageiros; hotéis; e agências de viagens.
Os serviços voltados ao turismo cresceram em apenas seis das doze unidades da federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (9,4%), seguido por Rio de Janeiro (14,0%), Minas Gerais (16,1%) e Bahia (21,5%). Os principais impactos negativos do mês vieram de Ceará (-5,1%) e Distrito Federal (-3,0%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 8,4% frente a igual período de 2023, impulsionado pelos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; agências de viagens; serviços de bufê; transporte aéreo e rodoviário coletivo de passageiros. Houve altas nos 12 locais investigados, com destaque para São Paulo (7,7%), seguido por Minas Gerais (18,7%), Rio de Janeiro (9,9%), Bahia (13,7%) e Paraná (11,3%).
Transporte de cargas avança e o de passageiros tem variação negativa em julho
Em julho de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou variação negativa de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, segundo resultado negativo seguido. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 0,1% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,0% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou crescimento de 1,4% em julho de 2023, terceiro resultado positivo seguido, período em que acumulou ganho de 5,8%. Dessa forma, o segmento alcança, em julho de 2023, o ponto mais alto de sua série. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 44,1% acima de fevereiro de 2020.
No confronto com igual mês do ano anterior, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros recuou 1,1% em julho de 2023, após registrar duas taxas positivas seguidas. O transporte de cargas, no mesmo confronto, cresceu 10,3%, sua 35ª alta consecutiva.
No acumulado no ano, o transporte de passageiros cresceu 3,0% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 10,8% no mesmo intervalo investigado.
Fonte
O post “Volume dos Serviços cresce 0,5% em julho” foi publicado em 16/09/2023 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte IBGE – Agência de Notícias