Conforme divulgado no último boletim de culturas do USDA, a Europa está enfrentando uma situação climática marcante neste verão
O sul do continente sofre com ondas de calor intensas, enquanto o norte experimenta temperaturas mais frias e períodos de chuva. Essa divergência climática tem impactos significativos nas culturas agrícolas da região.
As temperaturas da semana tiveram uma média de 3 a 7°C acima do normal, desde o centro e sul da Espanha até a Grécia e os Bálcãs.
As temperaturas máximas durante o dia rotineiramente ultrapassaram os 35°C nessas mesmas terras agrícolas. Com marcas de 40°C ou mais registradas no centro e sul da Espanha (chegando até 45°C), na metade sul da Itália (pico de 42°C) e na Grécia ocidental (43°C).
Os impactos da onda de calor foram variados. Na Espanha, girassóis e algodão irrigado cultivados no sul foram submetidos a um estresse térmico significativo. Na Andaluzia, as máximas diárias atingiram ou ultrapassaram os 38°C em 25 dias desde 15 de junho, enquanto houve 9 dias com máximas de 42°C ou mais desde 25 de junho.
Altas temperaturas
Em contraste, as principais áreas de milho mais ao norte (Castilla y Leon) em grande parte evitaram as altas temperaturas. O vale do rio Pó na Itália — uma grande área de milho e soja — experimentou 8 dias com 35°C ou mais desde 10 de julho, coincidindo com a progressão da reprodução do milho. Mas, ao mesmo tempo, essa mesma região recebeu chuvas fortes, e às vezes severas, e trovoadas (10-105 mm durante a semana passada, com vários relatos de granizo grande). Na Grécia, o calor abrasador ajudou o algodão a compensar os atrasos de desenvolvimento causados por um junho muito frio. Mas também levantou a possibilidade de estresse térmico à medida que a cultura se aproxima da floração.
Nos Bálcãs, as culturas de verão reprodutivas no oeste e norte inicialmente conseguiram resistir às altas temperaturas (35-39°C) devido aos solos úmidos das fortes chuvas de maio e junho. Enquanto o milho em silagem, soja em floração e girassóis do vale inferior do Danúbio estiveram mais secos e mais suscetíveis a perdas de rendimento devido ao calor intenso desta semana (37-40°C).
Enquanto isso, chuvas generalizadas e trovoadas (5-40 mm) em grande parte do centro e norte da Europa melhoraram a umidade do solo para os grãos de primavera e as culturas de verão após a recente seca. Embora a França tenha permanecido majoritariamente seca. As temperaturas ficaram perto da média normal do norte da França até a Polônia e os estados bálticos, mas até 3°C abaixo do normal na Inglaterra, Dinamarca e Escandinávia.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*
Fonte: AgroLink
ÚLTIMAS NOTÍCIAS: EMISSÃO GLOBAL DE TÍTULOS VERDES ATINGE RECORDE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2023
ÚLTIMAS NOTÍCIAS: HIDROGÊNIO VERDE GERA CORRIDA POR EÓLICAS NO MAR E PREOCUPA PESCADORES NO CEARÁ
O post Calor extremo e seca no Sul da Europa apareceu primeiro em Tratamento de Água .
Fonte
O post “Calor extremo e seca no Sul da Europa” foi publicado em 28/07/2023 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Tratamento de Água