No dia 16 de agosto, uma pesquisadora do Datafolha finalizava sua última entrevista do dia em Belo Horizonte (MG) quando quatro homens começaram a correr atrás dela chamando o instituto de “comunista” e “esquerdista”, tentando pegar o tablet que ela usava para realizar as pesquisas. Com a perseguição, a pesquisadora caiu no chão, machucando os joelhos e trincando o tablet. Os homens que a perseguiram só foram embora quando uma mulher parou para ajudá-la. Devido à fuga e à impossibilidade de identificá-los, o boletim de ocorrência não foi registrado.
Ataques como esse se avolumaram nas últimas semanas e se tornaram uma das marcas do pleito de 2022. Desde o início da campanha, em 16 de agosto, até a sexta-feira, 30 de setembro, a Agência Pública mapeou e checou 75 ocorrências de violência eleitoral contra pesquisadores, eleitores, candidatas, candidatos e jornalistas. Neste levantamento, consideramos apenas ataques presenciais, excluindo ataques por telefone, por email e pelas redes sociais. Como fizemos em 2018 e 2020 , continuaremos monitorando os casos de violência eleitoral até o segundo turno. Se você presenciar algum caso, conte para nós neste questionário , mande um WhatsApp para (11) 98886-9401 ou envie email para participe@apublica.org.
Ao menos 8 casos envolveram armas de fogo e 2 resultaram em assassinatos de eleitores. Em mais de um terço dos casos (36%), os agressores eram apoiadores do presidente Bolsonaro, enquanto em 9% dos casos a violência foi cometida por apoiadores de Lula. Não foi possível identificar quem o agressor apoia para presidente em 57% dos casos e nem sempre o apoio a determinado candidato motivou o ataque.
Entre ofensas, agressões e perseguições, pelo menos 31 ataques envolveram trabalhadores de institutos de pesquisas, na esteira da rotina de questionamentos e discursos odiosos do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores contra as pesquisas de opinião que semana após semana têm o colocado em segundo lugar nas intenções de voto para as eleições deste ano. “Aqui não tem a mentirosa Datafolha, aqui é datapovo”, disse Bolsonaro enquanto discursava na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no último dia 7 de setembro, repetindo uma frase que se tornou um bordão entre seus apoiadores.
Pesquisadores do Datafolha foram os mais visados. O instituto enviou à reportagem uma lista de ocorrências contra seus funcionários, que foram registradas em todas as regiões do país e em 11 estados. A maioria dos episódios aconteceu na região Sudeste.
Em entrevista à Pública, a diretora geral do Datafolha, Luciana Chong, conta que o número de ataques a trabalhadores do instituto aumentou, principalmente desde o início de setembro. Ela disse que nas eleições de 2018 foram registrados alguns casos de ataques, mas não tão frequentes quanto este ano. “Agora de fato é um dos piores momentos que a gente está vivendo aqui”, declarou Chong.
Muitos pesquisadores relatam que foram abordados por pessoas pedindo para serem entrevistadas, o que é proibido pelas regras das pesquisas eleitorais do instituto a fim de garantir credibilidade da amostra. A partir daí, essas pessoas se exaltam e partem para o ataque. “Realmente não pode entrevistar quem se oferece, independentemente de qual posição política”, explica Chong. A técnica possibilita que a amostragem da pesquisa seja de fato aleatória, sendo regra na maioria dos institutos tradicionais de pesquisa.
Para Chong, o caso mais grave ocorreu no dia 20 de setembro em Ariranha, no interior de São Paulo. Um pesquisador do instituto foi agredido com chutes e socos após negar entrevista a um homem que se ofereceu para ser ouvido. O agressor, após a recusa, disse que o pesquisador “só pega Lula” e o chamou de “vagabundo”. Ele foi identificado pela Delegacia de Polícia de Ariranha como sendo Rafael Bianchini. O filho dele também se juntou aos ataques contra o pesquisador, mas teve que conter o pai quando esse ameaçou partir para cima da vítima com uma peixeira, conforme noticiou a Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, Bianchini é apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro.
Outras empresas especializadas em pesquisas eleitorais também relataram episódios de violência contra os seus trabalhadores. O CEO da Quaest Pesquisa e Consultoria, Felipe Nunes, disse que, infelizmente, tem recebido muitos relatos de assédio aos entrevistadores. Em 21 de setembro em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, um motorista perseguiu um pesquisador que realizava a coleta de dados na cidade. Após tentar se esquivar, o pesquisador embarcou no primeiro ônibus que passou, relatou Nunes à Pública.
Já o Ipec Inteligência – o antigo Ibope – informou à reportagem dois casos de violência. No dia 28 de agosto, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), um homem que estava em uma moto pediu para ser ouvido por uma pesquisadora do instituto que trabalhava no local. Após ter o pedido negado, ele a perseguiu “com ofensas pesadas, aos gritos”, segundo a nota enviada à reportagem.
“Em um dado momento ele parou a moto e foi para cima da entrevistadora, tentou arrancar seu crachá. Um senhor que estava passando foi ajudá-la e, com isso, o motoqueiro foi embora”, informou o Ipec. Um boletim de ocorrência foi registrado. Já no dia 18 de setembro, moradores de Dona Emma, pequena cidade no interior de Santa Catarina, ameaçaram pesquisadores do Ipec com vassouras. Para conseguir realizar a coleta dos dados, eles precisaram da ajuda da prefeitura da cidade, relatou o instituto.
Assassinatos
O brutal assassinato de Marcelo Arruda durante a sua festa de aniversário com temática petista em junho, no interior do Paraná, por um apoiador de Bolsonaro prenunciou o clima hostil que dominaria a eleição. Pelo menos dois eleitores já morreram em decorrência da violência relacionada ao pleito de 2022 – a morte de Arruda ficou fora do levantamento por ter ocorrido antes do início oficial da campanha.
Um dos casos mais brutais foi o assassinato de Antônio Carlos Silva de Lima, de 39 anos, morto a facadas em Cascavel, no interior do Ceará, por se declarar eleitor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O suspeito do assassinato, Edmilson Freire da Silva, de 59 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil.
Segundo testemunhas, na noite de 24 de setembro Edmilson entrou em um bar perguntando quem no local era eleitor de Lula. Antônio Carlos respondeu afirmativamente, o que teria levado Freire a assassiná-lo. Em depoimento à polícia, o suspeito negou motivações políticas, mas o delegado titular da Delegacia Metropolitana de Cascavel, Josafat Filho, informou que todas as testemunhas indicaram que o crime foi motivado por “desentendimento por opinião política divergente”.
Embora faltem dados para afirmar que a violência está maior neste ciclo eleitoral, é a primeira vez que a violência política se torna um tema de campanha, observa o cientista político Felipe Borba. Ele coordena o Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), que desde 2019 monitora casos de violência contra lideranças políticas.
Para ele, há dois fatores que contribuem para o aumento da violência eleitoral: a violência social característica da sociedade brasileira e o uso político de discursos de ódio por lideranças como Jair Bolsonaro. “Se no dia a dia a sociedade é violenta, a política também vai ser. Isso se acirra quando você tem lideranças políticas que fazem da violência um discurso de campanha. É um gatilho a mais para as pessoas entenderem que a violência é um mecanismo legítimo para a resolução do conflito político”, diz.
Uma das consequências da escalada dos casos de violência é o medo, como mostram pesquisas recentes. Sete em cada dez brasileiros sentem medo de serem agredidos por expor suas visões políticas, de acordo com pesquisa recente da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base em dados coletados pelo Datafolha. Outra pesquisa feita pela Quaest revelou que 57% dos entrevistados consideraram que este ano está mais perigoso declarar em quem vão votar. E de acordo com uma terceira pesquisa feita pelo Datafolha, 9% dos entrevistados disseram que poderiam não sair para votar por medo da violência política.
Uma das coordenadoras da primeira pesquisa da Raps, Isabelle Rodrigues explica que o medo da violência é um sinal de que algo não está funcionando bem. “A disfunção vem a partir do momento que as pessoas estão com receio de se manifestar. E a gente não sabe até que ponto isso pode prejudicar inclusive o exercício dela de votar no dia 2 de outubro”, diz. “Quando a gente não tem as condições necessárias para as pessoas exercerem seus direitos, a gente vai contribuindo para a fragilização desse processo democrático.”
Divergências políticas motivaram maioria dos ataques
O levantamento aponta que divergências políticas foram o componente principal dos ataques a candidatas e candidatos, equipes de campanha e eleitores. É o caso de Estefane Laudano, de 19 anos, que foi agredida com pauladas na cabeça no dia 23 de setembro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, depois de fazer críticas ao governo Bolsonaro em um bar.
“Expulsaram o agressor do bar no início da discussão. Ele saiu, subiu o morro e voltou com um pedaço de madeira”, contou Laudano à Pública. “Além da dor de cabeça, estou muito traumatizada. Não consigo sair de casa sozinha. Lembrar do caso me dá muita vontade de chorar”, disse. Ela trabalhava como bandeirista em campanhas de deputados de esquerda. O agressor, identificado como Robson Dekkers Alvino, foi autuado em flagrante e liberado após prestar depoimento.
Episódios de violência foram protagonizados tanto nas campanhas de rua quanto em debates entre candidatos. No primeiro debate entre presidenciáveis na Band, no dia 28 de agosto, ocorreram discussões entre apoiadores de Lula e Bolsonaro. Os candidatos a deputado federal André Janones, do Avante-MG, apoiador de Lula, e o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro Ricardo Salles, candidato a deputado federal pelo PL-SP, trocaram ofensas nos bastidores do programa e precisaram ser contidos por seguranças e por outros convidados.
O ex-BBB bolsonarista Adrilles Jorge, denunciado pelo Ministério Público em abril por saudação nazista durante programa da Jovem Pan News, juntou-se ao ex-ministro nas ofensas contra Janones, com gestos obcenos.
A reportagem encontrou também registros de desentendimentos entre aliados. Em 10 de setembro, uma discussão entre os candidatos conservadores Bruno Roberto (PL), que concorre ao Senado pela Paraíba, e Pastor Jader (PRTB), que tenta vaga como deputado federal, por pouco não acabou em tiros no município de Soledade, no interior do estado. Enquanto Roberto discursava, o pastor Jader questionou os vínculos dele com o candidato ao governo estadual Veneziano (MDB), alinhado à campanha de Lula.
As indagações irritaram o pai de Roberto, Wellington Roberto (PL), candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados, e outros candidatos a deputado federal como o Cabo Gilberto (PL) e o Policial Caio (PL) se envolveram na discussão. O Policial Caio teve que ser contido para não sacar sua arma, mostra um vídeo .
A Pública procurou todos os envolvidos no caso. Apenas o Pastor Jader respondeu, afirmando por meio de sua assessoria que “considera o assunto encerrado”.
Agressões nas ruas e uso de armas de fogo
No dia 25 de setembro, a reportagem da Pública estava acompanhando uma atividade de campanha de Guilherme Boulos, candidato a deputado federal pelo Psol por São Paulo, para uma reportagem sobre políticos que estão andando com escolta nestas eleições, quando militantes do partido agrediram um adolescente que seria ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) que provocava integrantes da campanha. Boulos quase foi detido pela Polícia Militar de São Paulo. A reportagem não presenciou a agressão protagonizada pelo candidato, embora, no boletim de ocorrência, o adolescente tenha afirmado que Boulos o agrediu fisicamente.
No dia 9 de setembro, Boulos e Ediane Maria, que concorre a deputada estadual pelo Psol em São Paulo, relatam ter sido ameaçados por uma pessoa armada, não identificada, enquanto distribuíam panfletos em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. “Aqui é Bolsonaro”, teria dito o homem, que, segundo Ediane, colocou a mão no cabo do revólver que carregava na cintura.
“A intolerância está chegando num nível de você não poder falar de partido, do que você acredita, do que você defende. A gente sabe muito bem que existe um líder que estimula tudo isso”, disse a candidata. O Psol apresentou uma notícia-crime sobre o caso no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
No Rio de Janeiro, o candidato a deputado estadual Marcus Vinícius Boquinha (Solidariedade) sofreu atentado a tiros em Duque de Caxias no dia 27 de agosto após evento de campanha. Vereador do município, ele afirma que quatro homens armados fecharam seu carro e efetuaram disparos contra o automóvel. Ele estava acompanhado de um policial e de um funcionário da campanha. Nenhum deles ficou ferido.
Na tentativa de escapar do ataque, eles pularam do veículo em movimento, que acabou batendo em outro carro e em um poste. Os autores dos disparos, que não foram identificados, fugiram. Boquinha registrou boletim de ocorrência na 59ª DP de Duque de Caxias, que investiga o caso. Ele diz não ter certeza sobre a motivação política do ataque, nem saber quem poderia ser o mandante. Temendo novos ataques, o candidato decidiu adquirir um veículo blindado.
A região da Baixada Fluminense tem acumulado casos de violência em contexto político-eleitoral nos últimos anos. Um deles foi relatado no levantamento de casos que a Pública realizou em 2020. A cidade de Duque de Caxias também registrou três assassinatos de vereadores em 2021. “Eles matam o político e a população é que é sacrificada porque botou o seu voto ali, pensando num futuro melhor pro seu bairro, pra sua cidade, confiando no cara”, disse Boquinha à Pública.
Ataques a jornalistas
Mais uma vez, jornalistas estão sendo vítimas de ataques durante a cobertura das eleições. Profissionais da imprensa foram alvo de pelo menos seis casos, e em dois deles a vítima foi a jornalista Vera Magalhães. A apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura, e colunista do jornal O Globo foi atacada duas vezes por candidatos durante as eleições de 2022.
No debate promovido pela TV Bandeirantes e outros veículos, em 28 de agosto, Magalhães ouviu do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) , que ela devia “dormir pensando nele” e que ela era “uma vergonha para o jornalismo”. O ataque ocorreu após Magalhães mencionar, em uma pergunta para outro candidato, a desinformação propagada por Bolsonaro sobre as vacinas contra a covid-19.
Dez dias depois, durante as manifestações bolsonaristas de 7 de setembro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, um imenso banner com o rosto de Vera Magalhães foi erguido em um guindaste acompanhado da frase proferida pelo presidente.
Na semana seguinte, na madrugada de 14 de setembro, o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), candidato a deputado federal, atacou a jornalista logo após o debate entre os candidatos ao governo de São Paulo promovido pela TV Cultura. Garcia, que já atacara Magalhães em 2020 , dizendo que ela recebia R$ 500 mil da emissora “para atacar Bolsonaro”, voltou a repetir a acusação, e repetiu a ofensa emitida por Bolsonaro enquanto gravava o momento com seu celular. A discussão foi interrompida quando Leão Serva, diretor de jornalismo da TV Cultura, tomou o celular da mão de Garcia e arremessou o aparelho longe .
Vera Magalhães, que saiu escoltada do canal de televisão, apresentou representação criminal contra o deputado. Garcia, por sua vez, afirmou ter registrado boletim de ocorrência contra a jornalista. A Procuradoria Eleitoral de São Paulo denunciou o parlamentar por difamação por conta das ofensas, enquanto a Procuradoria Geral de Justiça do estado abriu um procedimento criminal . Já na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputados de quatro partidos apresentaram um total de oito representações perante o Conselho de Ética, pedindo a cassação do mandato de Garcia , que vem utilizando estratégias protelatórias para adiar o processo.
Além da representação criminal contra Garcia, a jornalista entrou com ações judiciais recentemente contra Silas Malafaia, Damares Alves (candidata ao senado do DF pelo Republicanos) e Carla Zambelli (candidata à reeleição para a Câmara dos Deputados em São Paulo, pelo PL), que propagaram acusações contra ela após as ofensas proferidas pelo presidente.
Em entrevista à Pública, ela diz que o ataque de Bolsonaro funciona como “um chamamento para a tropa agir”. “É a mesma frase, ela aparece em sucessivas mensagens que eu recebo todos os dias de anônimos, de haters, de robôs. É algo muito violento porque parte do presidente da República”, afirma.
Para Magalhães, os ataques carregam também um componente machista e têm o intuito de intimidar o exercício do jornalismo. “É uma coisa dirigida à pessoa física, geralmente a jornalistas mulheres. Quase nunca você vê algum homem sofrendo um ataque desse tipo na pessoa física. E é, ao meu ver, uma tentativa clara de realmente intimidar e impedir você de continuar fazendo o seu trabalho, e de autorizar os demais a fazerem o mesmo”, diz.
Respostas à violência
Em um gesto inédito, oito relatores da ONU se uniram para pedir que autoridades e lideranças políticas garantam que as eleições no Brasil sejam “pacíficas e que a violência relacionada com as eleições seja prevenida”. “Estamos cientes dos informes sobre a violência política e estamos fortemente preocupados com o relato de violência contínua que envolve partidos políticos, apoiadores e candidatos”, disse a porta-voz do escritório da ONU para Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, de acordo com o UOL .
O governo americano também manifestou preocupação com os casos de violência política e instou os brasileiros a fazerem suas vozes serem ouvidas de forma pacífica. “Como uma democracia parceira do Brasil, nós continuaremos monitorando as eleições com a expectativa de que elas sejam conduzidas de forma livre, justa, transparente e com credibilidade, com todas as instituições relevantes operando de acordo com a Constituição”, disse a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre no dia 27 de setembro.
Com o intuito de proteger o exercício do voto e prevenir “confrontos armados derivados da violência política”, o Tribunal Superior Eleitoral proibiu o transporte de armas e munições por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) no final de semana da eleição e na segunda-feira após o primeiro turno. Quem descumprir a medida poderá ser preso em flagrante por porte ilegal de arma.
Fonte
O post “Exclusivo: campanha teve ao menos 75 casos de violência eleitoral” foi publicado em 30th September 2022 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Agência Pública