A taxa de desocupação do país no 4° trimestre de 2021 foi de 11,1%, caindo 1,5 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre de julho a setembro de 2021 (12,6%) e 3,0 p. p. frente ao mesmo trimestre de 2020 (14,2%). Já a taxa média anual caiu de 13,8% em 2020 para 13,2% em 2021.
Ante o trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em 15 unidades da federação, com estabilidade nas demais. As maiores quedas foram em Alagoas (2,6 p. p.) e Sergipe (2,5 p. p.). As maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (17,5%), Bahia (17,3%), Pernambuco (17,1%) e as menores, de Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%). A taxa de desocupação por sexo foi de 9,0% para os homens e 13,9% para as mulheres no 4° trimestre de 2021. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (9,0%) e acima para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%). A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (18,4%) superava as taxas dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 11,8%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (5,2%).
As maiores taxas médias anuais de desocupação foram observadas em Pernambuco (19,9%), Bahia (19,5%) e Sergipe (17,9%) e as menores, em Santa Catarina (5,5%), Mato Grosso (8,0%), Paraná (8,4%).
No 4° trimestre de 2021, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 24,3%. Piauí (42,8%) teve a maior taxa, seguido por Maranhão (40,5%), Sergipe (39,6%) todas acima de 39%. As menores taxas foram de Santa Catarina (8,6%), Mato Grosso (12,3%) e Rondônia (15,0%).
A taxa média anual de subutilização para o Brasil ficou em 27,2%. Entre as Unidades da Federação, as maiores taxas ficaram com Piauí (45,4%), Maranhão (44,5%) e Alagoas (42,6%) e as menores com Santa Catarina (10,2%), Mato Grosso (14,2%) e Paraná (17,4%).
O número de desalentados no 4° trimestre de 2021 foi de 4,8 milhões de pessoas. O maior número estava na Bahia (682 mil desalentados, ou 14,2% do contingente nacional). Já a média anual de desalentados foi de 5,3 milhões de pessoas em 2021, sendo os maiores contingentes observados na Bahia (715 mil pessoas), Maranhão (619 mil) e São Paulo (519 mil) e os menores, em Roraima (16 mil), Mato Grosso (25 mil) e Rondônia (27 mil).
O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no 4º tri de 2021 foi de 4,3%. Maranhão (17,0%) e Alagoas (14,1%) tinham os maiores percentuais, Santa Catarina (0,6%), Mato Grosso (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,3%), os menores. Na média anual, o percentual de desalentados ficou em 4,9% em 2021, com maiores proporções no Maranhão (18,8%), Alagoas (15,9%) e Piauí (13,7%) e menores proporções em Santa Catarina (0,8%), Mato Grosso (1,4%) e Rio Grande do Sul (1,5%).
O percentual de empregados com carteira assinada era de 73,5% dos empregados do setor privado. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,5%), Rio Grande do Sul (80,9%) e os menores no Piauí (48,6%), Maranhão (50,0%) e Pará (51,1%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 27,1%. Os maiores percentuais foram do Amapá (38,0%), Amazonas (36,2%) e Pará (35,0%) e os menores, do Distrito Federal (20,9%), Mato Grosso do Sul (23,6%) e São Paulo (23,7%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,7% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).
A taxa média anual de informalidade para o país foi de 40,1% da população ocupada. As maiores médias anuais ficaram com Pará (61,0%), Maranhão (60,2%) e Amazonas (59,5%) e as menores, com Santa Catarina (26,5%), São Paulo (30,4%) e Distrito Federal (31,3%).
Taxas de desocupação recuaram em 20 UFs frente ao ano anterior
Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação caiu em 15 unidades da federação, com estabilidade nas demais. As maiores quedas foram em Alagoas (2,6 p.p.) e Sergipe (2,5 p.p.).
Já frente ao mesmo trimestre de 2020, 20 unidades da Federação tiveram queda na taxa e as demais mantiveram estabilidade no indicador. As maiores quedas foram observadas em Alagoas (-5,9p.p.), Rio de Janeiro (-5,4p.p) e Roraima (-5,3p.p).
frente ao trimestre móvel anterior (%) – 4° trimestre de 2021
UF | 3T 2021 | 4T 2021 | situação |
---|---|---|---|
Rondônia | 7,8 | 6,8 | ⇥ |
Acre | 13,8 | 13,2 | ⇥ |
Amazonas | 13,4 | 13,1 | ⇥ |
Roraima | 10,6 | 9,2 | ⇥ |
Pará | 11,9 | 11,0 | ⇥ |
Amapá | 17,5 | 17,5 | ⇥ |
Tocantins | 10,8 | 9,6 | ⇥ |
Piauí | 11,9 | 11,9 | ⇥ |
Paraíba | 14,5 | 13,0 | ⇥ |
Espírito Santo | 10,0 | 9,8 | ⇥ |
Rio Grande do Sul | 8,4 | 8,1 | ⇥ |
Mato Grosso | 6,6 | 5,9 | ⇥ |
Paraná | 8,0 | 7,0 | ↓ |
Santa Catarina | 5,3 | 4,3 | ↓ |
Mato Grosso do Sul | 7,6 | 6,4 | ↓ |
Minas Gerais | 10,7 | 9,4 | ↓ |
Ceará | 12,4 | 11,1 | ↓ |
Goiás | 10,0 | 8,7 | ↓ |
Bahia | 18,7 | 17,3 | ↓ |
Brasil | 12,6 | 11,1 | 🠗 |
Maranhão | 15,0 | 13,4 | ↓ |
Rio de Janeiro | 15,9 | 14,2 | ↓ |
Rio Grande do Norte | 14,7 | 12,7 | ↓ |
Pernambuco | 19,3 | 17,1 | ↓ |
São Paulo | 13,4 | 11,1 | ↓ |
Distrito Federal | 14,5 | 12,1 | ↓ |
Sergipe | 17,0 | 14,5 | ↓ |
Alagoas | 17,1 | 14,5 | ↓ |
PI tem a maior taxa de subutilização (42,8%) e SC a menor (8,6%)
No 4° trimestre de 2021, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 24,3%. Piauí (42,8%) apresentou a maior taxa, seguido por Maranhão (40,5%) e Sergipe (39,6%). Já as menores taxas ficaram com: Santa Catarina (8,6%), Mato Grosso (12,3%) e Rondônia (15,0%).
Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 4° trimestre de 2021
AP tem a maior proporção de conta própria (38,0%) e DF a menor (20,9%)
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 27,1%. Os maiores percentuais ficaram com as regiões Norte (33,9%) e Nordeste (30,5%). As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (38,0%), Amazonas (36,2%) e Pará (35,0%) e os menores, Distrito Federal (20,9%), Mato Grosso do Sul (23,6%) e São Paulo (23,7%).
UF | Valor |
---|---|
Distrito Federal | 20,9 |
Mato Grosso do Sul | 23,6 |
São Paulo | 23,7 |
Mato Grosso | 23,8 |
Santa Catarina | 25,2 |
Minas Gerais | 25,3 |
Alagoas | 25,4 |
Goiás | 25,5 |
Paraná | 25,5 |
Espírito Santo | 26,0 |
Rio Grande do Sul | 26,8 |
Tocantins | 27,0 |
Rio Grande do Norte | 27,1 |
Brasil | 27,1 |
Ceará | 29,1 |
Rio de Janeiro | 29,2 |
Sergipe | 29,5 |
Acre | 29,6 |
Bahia | 30,5 |
Paraíba | 30,7 |
Rondônia | 30,9 |
Piauí | 32,3 |
Maranhão | 32,4 |
Pernambuco | 33,1 |
Roraima | 33,6 |
Pará | 35,0 |
Amazonas | 36,2 |
Amapá | 38,0 |
Menor percentual de trabalhadores com carteira é do PI (48,6%) e o maior, de SC (87,9%)
No 4º tri de 2021, 73,5% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (59,4%) e Nordeste (56,9%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 24,6% tinham carteira de trabalho assinada no país.
Dentre as unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,5%), Rio Grande do Sul (80,9%) e os menores no Piauí (48,6%), Maranhão (50,0%) e Pará (51,1%).
UF | Valor |
---|---|
Piauí | 48,6 |
Maranhão | 50,0 |
Pará | 51,1 |
Paraíba | 54,9 |
Bahia | 54,9 |
Ceará | 56,0 |
Sergipe | 57,7 |
Alagoas | 59,2 |
Tocantins | 62,6 |
Pernambuco | 64,0 |
Roraima | 64,9 |
Rio Grande do Norte | 65,5 |
Amazonas | 66,4 |
Acre | 66,7 |
Amapá | 70,3 |
Goiás | 70,5 |
Rondônia | 72,6 |
Brasil | 73,5 |
Minas Gerais | 73,8 |
Espírito Santo | 74,7 |
Mato Grosso | 75,2 |
Distrito Federal | 75,4 |
Rio de Janeiro | 77,7 |
Mato Grosso do Sul | 77,9 |
Paraná | 80,1 |
Rio Grande do Sul | 80,9 |
São Paulo | 81,5 |
Santa Catarina | 87,9 |
Frente ao trimestre anterior, rendimento médio recua em quatro regiões
No 4º trimestre de 2021, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.447. Este resultado apresentou redução de 3,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.538) e de 10,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.742).
Na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2021, apenas a Região Centro-Oeste apresentou estabilidade estatística e as demais tiveram queda. Em relação ao 4º trimestre de 2020, todas as regiões apresentaram queda do rendimento médio.
A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 229,4 bilhões de reais, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior (R$ 230,7 bilhões de reais) e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 233,6 bilhões de reais).
PA tem a maior taxa de informalidade (62,7%) e SC, a menor (27,3%)
A taxa de informalidade no 4° trimestre de 2021 ficou em 40,7% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).
Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar.
UF | Valor |
---|---|
Pará | 62,7 |
Maranhão | 59,4 |
Amazonas | 58,7 |
Piauí | 57,4 |
Bahia | 55,3 |
Ceará | 53,9 |
Sergipe | 53,7 |
Paraíba | 52,6 |
Pernambuco | 52,6 |
Amapá | 50,4 |
Alagoas | 47,8 |
Roraima | 47,5 |
Acre | 47,4 |
Rondônia | 47,0 |
Tocantins | 45,2 |
Rio Grande do Norte | 45,2 |
Goiás | 41,0 |
Brasil | 40,7 |
Minas Gerais | 39,4 |
Mato Grosso | 38,5 |
Rio de Janeiro | 38,4 |
Espírito Santo | 38,2 |
Mato Grosso do Sul | 35,6 |
Distrito Federal | 33,7 |
Paraná | 33,5 |
Rio Grande do Sul | 33,0 |
São Paulo | 31,2 |
Santa Catarina | 27,3 |
Fonte
O post “PNAD Contínua Trimestral: desocupação recua em 15 das 27 UFs no 4° trimestre de 2021” foi publicado em 25th fevereiro 2022 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte IBGE – Agência de Notícias